Pronólogo

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(Durante Guerra Civil)

- Oh, vá lá Sarah, é simplesmente idiota não assinar. - disse o Tony desapontado com a minha decisão.

- Não é idiota! Eu sempre fui controlada por superiores e na maior parte das vezes não foi para limpar o chão. Acredita, tu não fazes ideia do que eu fiz...nem queiras saber. Pensava que ser dos vingadores significava que teriam a liberdade de intervir se quiséssemos e da maneira que achássemos necessária. - Ripostei.

Atirei-me para o maior sofá da sala do Tony. Já à meia hora que ele me tentava convencer a ajudá-lo nesta. Eu tornei-me uma grande amiga do Stark, mas mesmo assim não é por isso que irei fazer o que não quero, nem que ele implore. O pior é que a Casy aliou-se ao Capitão e depois de tanto esforço para a ter de volta ao meu lado não vou simplesmente virar-me contra ela.

- Sarah...isso é muito egoísta! Nós precisamos de entrar na linha. - Afirmou o Stark, desta vez de forma mais violenta.

- Egoísta? Bem...não é mentira de todo. Talvez seja verdade. Talvez precisamos de entrar na linha, mas não pela mafia. Quero dizer, pelo governo. Desculpa o engano, muitas vezes não distingo os dois.

Dito isto levantei-me e sai da torre graciosamente. Ia ter com a Casy. Íamos sair e ir ao shopping como pessoas normais. Iria ser muito estranho. Tinha feito a decisão de desistir desta vida como se não fosse fazer nenhuma diferença na minha vida. Mas no fundo eu sabia que não iria conseguir viver assim durante muito tempo.

***

- Sarah, o que fazes aqui? - Perguntou o Capitão América levemente inervado.

Estávamos num aeroporto na Alemanha. Tinha visto o Stark com a sua equipa a dirigir-se para cá, talvez também tenha ouvido algumas conversas aleatórias. Decidi fazer alguma coisa. Decidi ajudar o Bucky, um dos meus antigos quase-amigos e a Casy.

- Eu? Eu vim ajudar-vos. - Disse confiante.

- Como não sabemos que estas a fazer de agente dupla? - Perguntou o Capitão desconfiado.

Reparei que a Casy ainda não estava com ele. Só estavam lá o Bucky, o Steve e o Sam.

- Dah, eu não precisaria disso para nada, eu não assinei! - Relembrei-o.

Quando falei o capitão ficou com uma cara de desapontado. O Sam e o Bucky tentaram ficar fora da conversa virando-se para trás, parece que já sabiam o que iria suceder e não estavam dispostos a participar.

- Tu és a única deste mundo que devia ter assinado os acordos. Ao contrário de nós Sarah, tu és um monstro. E não digas que só fizestes o que fizeste porque foste obrigada. Eu sei muito bem do teu pequeno trabalho como mercenária. Tu não salvas pessoas, tu não mereces estar aqui! Tu aprecias tortura! Tu, e somente tu, devias ser a pessoa que devia ser contida e julgada pelos seus crimes!

Nesse momento eu senti-me ofendida. Sim, eu senti-me ofendida! Isso acontece muito raramente aviso já. Bem, na verdade, ele não disse nenhuma mentira. Sim, eu trabalhei como mercenária mas foi a melhor forma que encontrei para conseguir dinheiro. Claro que o estrelinha não iria entender. A Casy ficou furiosa, mas acabou por aceitar esse facto. Já o Steve...ele e eu sempre tivemos problemas e ao longo do tempo a nossa relação só ficou pior. Não percebo a obsessão dele pela moralidade. Honra, lealdade, honestidade, acho que nunca entendi esses conceitos éticos muito bem, no entanto o capitão é feito deles.

- Ouve lá estrelinha, tu não tens qualquer direito de tirares a liberdade que eu tenho só porque eu cometi erros no passado. Então faz-me um favor, aceita a minha ajuda e proíbe-me de fazer mais um grande erro. - Disse o mais calma possível.

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