Ei, Eu Te Amo!

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Mannu

Quando acabamos de comer, subimos pra dar inicio ao tal trabalho.

Não gosto que ninguém entre no meu quarto, e em minha casa tem uma mini biblioteca que não é tão mini assim, então achei mais favorável ir-mos estudar lá, tem alguns livros que vão nos ajudar .

-E ai?

-O que? -Alice

-O que vamos fazer?

....

Fize-mos todo o plano do trabalho no resto da tarde, tava tudo pronto pra expor pra turma.

Minha mãe voltou pra o trabalho e ficamos em casa sós.

-Lanche? -Perguntei.

-Opa! tou com fome mesmo. - Disse Alice

-vou fazer algo pra gente. Espera por ai ou vem comigo?

-Vai lá, vou ao banheiro, daqui a pouco apareço lá.

Alice

Enquanto Mannu fazia o nosso lanche eu fui ao banheiro... A curiosidade matou o gato e agora iria me matar com certeza. Passei em frente a porta do quarto dela e tinha uma placa bem chamativa escrito NÃO ENTRE.

Sabe aquela vontade insuportavel que dá quando você sabe que não pode fazer algo e por isso essa vontade almenta em 100%? Apois pronto...

Abri a porta e...

-Teimosa em?

-Quase infartei quando ouvi a voz dela.

-Desculpa.

-Eu não gosto que entrem no meu quarto. Vem vamos comer.

Descemos em silêncio até a cozinha onde tinha sanduíches e suco.

-Você vai me desculpar? -Quebrei o silêncio.

-Tudo bem. -Ela falou, só que deu pra perceber que ela estava triste. Triste só porque eu tentei entrar no quarto dela?

-O que aconteceu? Porque você mudou de repente ?

-Eu estou normal.

-O que tem no seu quarto que eu não posso ver.

-Convenhamos que não somos amigas, certo? Então não tem minha confiança pra entrar lá.

-Desculpa Emanuela . Vou embora. Obrigada por me receber em sua casa.

Mannu

Tenho meus motivos de não deixar ninguém, a não ser mãe, entrar em meu quarto.

Desde que meu pai morreu, nenhum amigo meu veio aqui, não tive amigos pra isso. Coloquei um placa no caso de alguém aparecer, mas ninguém gosta de mim, então nunca prescisou... Até hoje.

Bom, ela também não gosta de mim, mas veio aqui e tentou invadir uma área restritamente privada minha.

No meu quarto tem muitas coisas que recordam meu pai, por isso não quero que ninguém as veja.

-Não prescisa ir agora. Fica mais um pouco. -Falei.

-Não somos amigas, e o que eu tinha de fazer aqui, já fiz. -Ela estava meio chateada.

-Por favor. Espera mais um pouco. Come antes de ir pelo menos.

-Você é muito sinistra, eu achei que a gente estava nos dando bem, até achei você legal em alguns momentos. Mas não.

-Só não quero que entre lá.

-Tudo bem, não vou entrar. Tchau. -Ela ia saindo e eu acompanhei.

-Espera! Tente me entender...

-Eu não tenho que entender nada... Isso é, eu já entendi... Você é rica, mas se veste parecendo uma mendiga... Tem uma mãe super linda e educada, certo de você seguir o exemplo fica se comportando desse jeito ai.... Eu já entendi, você é uma garota revoltada que quer chamar a atenção dos seu pais, sua mimada.

-Você não sabe de nada. Melhor você ir mesmo.

Alice

Eu em! garota psíquica, cheia de mistérios, revoltada... Fiquei p da vida com ela.

Falei um monte de coisa e quando ia embora...

-Poxa Mannu, porquê ta chorando?

-Vai embora. -Ela falava entre lágrimas. -Nunca precisei de ninguem, não é você que vai fazer mudar isso.

-Me diz o que tá acontecendo, porque ta chorando? -Tentei me aproximar, mas foi em vão.- Desculpa. Desculpa de verdade. Não chora.

O que será que eu fiz? Ela saiu correndo e eu fui atrás... Não podia deixa-la chorando.

-Mannu, abre. Vamos conversar. -falava batendo na porta do quarto dela.

Continuei chamando e batendo por um tempo, e ela nada de responder, desiti e já ia embora quando a mãe dela aparece na escada.

-O que aconteceu? -Ela pergunta

-Ela ficou chateada porquê eu tentei entrar no quarto dela.

-Áh! Então foi isso. Vem comigo querida.

Mannu

Ela não tinha o direito de dizer aquilo comigo... Ela nem me conhece, só sabe julgar... E pra piorar eu não consegui segurar as lágrimas.

Corri pro meu quarto, o lugar que eu me sinto mais proxima do meu pai, eu sei que ele me amava. E ainda bem que meu cachorro estava aqui pra ficar comigo... Ela chamava e batia a porta e eu me agarrava com meu jack. Muito tempo depois ficou tudo em silêncio, ela foi embora.