Entregas de comida, Sr.Bô.

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Já era noite e Larissa havia terminado suas últimas tarefas de casa. Ela não desejava sair da escola sem ter a consciência limpa.

-LARI vem comer ! -sua irmã chamou.

Antes de sair do quarto, ela se olhou no espelho e desceu em encontro com a comida.
Na cozinha viu que na mesa de mármore so havia dois pratos com um liquido esverdeado.

-AH,Laylow, o que é isso?- falou demostrando repugnância ao que estava nos pratos.

-É a receita para manter a forma e uma bela barriguinha. -falou ela sorrindo.

Larissa deu passos para trás, discordando com a cabeça.
-Literalmente isso não deve ser bom para nada, olha só a cor disso. -ela pega o telefone, disca alguns números e o inclina próximo ao ouvido.

- Esta ligando para quem?-falou Laylow ,pondo uma colher de sua "comida excêntrica" na boca -hmm. -tentou mastigar mas não aguentou e colocou para fora, pondo de volta ao prato.

Então Larissa a mostra o cartão do Restaurante do Bô.
-Peça dois pelo amor de Deus! -falou Laylow ,correndo para o banheiro tentando não vomitar no caminho.

Rindo, Larissa percebe ter sido atendida.
-Alô. Boa noite Senhor Bô, sim é a Larissa. -sorrindo pelos elogios -Eu gostaria de pedir duas porções de lasanha, sim completo e com os molhos. Obrigado. -desligando e seguindo para sala, onde pretendia esperar pela chegada do pedido.
Quase 1 hora depois a buzina de uma motocicleta avisava sobre a chegada da entrega.
Olhou pelo olho mágico na porta e via que o entregador era quem ela esperava. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e abriu a porta.

Johnny desceu da garupa da motocicleta, desprendeu a caixa que carregava com a entrega. Andou pela passarela entre a grama que o levava a entrada da casa, viu a porta ser aberta e esperou ate poder ver Larissa.
-Aqui seu pedido. -estendeu os braços com a caixa para entrega-la.
-Você não acha que esta pesado não? -disse ela sem se aproximar, encostada no arco da porta.

Ele sorrio e sem muitas escolhas entrou na casa. Passando por ela , indo ate a cozinha.
Larissa ao velo entrar, sorriu de volta. Fechando a porta o seguindo ate a cozinha.
-Johnny... - quis desistir de falar sobre o que havia pensado mas não se conteve- Você estava mesmo saindo com aquela garota do segundo ano?

Ele poem a caixa sobre a mesa e se vira para ela, estendendo a mao para receber o pagamento.
-Não, não me interesso por meninas desconhecidas. -falou erguendo uma de suas sobrancelhas.
-Ah. -ela retirou o dinheiro do bolso do short curto que usava em casa, de cor branca ,feita de um velho jeans.- Você vai ter que vim pegar - fechava bem a mao que estava com o dinheiro, a pondo nas costas e andando para trás. Uma velha brincadeira de criança.

Ele sorriu de lado. -Não somos mais crianças. -disse se aproximando dela.
-Quem disse?-falou ela já quase encostando na parede da porta.

Então, numa sutil risada, ele em tom baixo disse:
- Você sabe, nossos corpos cresceram e ficamos maduros.

Ela se encosta por completa na parede. -Então você não fala mais por ai que aquela menina dos cabelos cor de mar é sua namoradinha?- disse ela rindo.

Ele se mantém sério e fica a menos de 2 metros dela.
-Isso mesmo, não brinco mais disso. -falou tentando pegar o dinheiro sem toca-la.
Os dois se esbarraram por alguns segundo ate que ele estava tão encostado nela quanto ela na parede.
-Eu não gosto de brincar de mentirinha. -falou olhando-a nos olhos.

Ela ficou sem ação ao ver que ele realmente não era mais o inocente de antes. E quando voltou a si, o viu saindo com o dinheiro na mao.
-Ah - ele se virou para ela- Boa noite.- falou rindo, vendo que ela estava tão vermelha quanto um tomate.
-T-a, ta. - ela fechou a porta , e ao se ver no espelho da sala, viu a expressão vergonhosa de alguém que foi pega de surpresa, por seu comparsa de brincadeiras e molecagens da época de criança.

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Nathan andava pelas arvores tentando encontrar uma saída donque ele pensou ser uma mini floresta. Até que ouviu barulho de moto e pois se a seguir o som. Parou na estrada e observou a pista  de um lado não outro. Até ver que realmente havia uma moto, na verdade uma motocicleta vindo pela pista, ou seja, na sua direção.

Escutando uma de suas musicas prediletas do AC/DC. Johnny, notou uma silhueta no meio da escuridão da pista e percebeu que estava de farol desligado. Ao liga-lo, viu aquele garoto, que não lhe sairá da memoria, o qual le fazia falta todos os dias.
Ele ficou parado, até ver que a motocicleta havia parado na sua frente com uma luz forte sobre seu rosto.
-Nathan!?- falou Johnny descendo e indo ate ele.
- Como você me conhece?- falou Nathan, com a mão sobre a testa, tentando diminuir a luz quetentava o cegar.
-Johnny! Não se lembra de mim.- falou o loiro parado na frente dele .

-Você pode me ajudar?- falou não lembrando do garoto, mas precisava de ajuda.
-Claro! -voltou até a motocicleta, subiu  e acenou para que ele se aproximasse. -Pode subir.

Nathan subiu sem jeito, tentou ficar calmo com essa nova sensação, e se concentrou em lembrar de sua vida.

-Vou leva-lo para minha casa, ok?
-Ok. -falou Nathan, sentindo o vento começar a soprar seus cabelos, enquanto o garoto o levava para o lugar que chamará de casa.

A Linhagem da Esperança( 1°edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora