Conteúdo - Parte 1

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Introdução

Jonathan Edwards foi um dos principais instrumentos de Deus no grande avivamento havido nos EUA no século XVIII.

Seus escritos sobre o avivamento são muito conhecidos, especialmente o seu "Tratado Sobre as Afeições Religiosas".

Não de menor importância, mas muito pouco conhecida é a sua exposição sobre o décimo terceiro capítulo de I Coríntios, que traduzimos e adaptamos, do original em inglês, em domínio público, para apresentá-la neste livro.

Esta obra foi um verdadeiro refrigério para o meu espírito na ocasião em que estive debruçado sobre a mesma para traduzi-la, pois mais do que o fruto de um trabalho de tradução, ela significou para mim, um grande alimento para a minha alma faminta do amor de Deus, e que se encontrava então, peregrinando num deserto áspero que a estava sufocando.

O amor é a soma de todas as virtudes (I Cor 13)

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." (I Cor 13.1-3).

Nestas palavras nós observamos primeiro, que é dita a importância especial, da virtude que é essencial aos cristãos e que o apóstolo chama de amor. E este amor é citado abundante e insistentemente no Novo Testamento por Cristo e seus apóstolos, muito mais do que qualquer outra virtude.

Então, a palavra "amor", como usada no Novo Testamento, é de significado muito mais extenso do que como é geralmente usada na pregação. As pessoas costumam fazer um uso errado daquilo que compreendem por amor em sua conversação, pensam que é uma disposição para esperar e pensar o melhor de qualquer pessoa; e às vezes a palavra é usada como a disposição para dar aos pobres. Mas estas coisas são somente certos aspectos daquela grande virtude do amor. E cabe destacar que mesmo nos dois exemplos destacados anteriormente para uma compreensão limitada do significado da palavra, devem ser considerados determinados aspectos para que ambas atitudes sejam válidas e aceitas diante de Deus, conforme estaremos estudando mais adiante. A palavra significa corretamente a disposição ou afeto por meio dos quais uma pessoa é querida por outra; e o original "ágape" que é traduzido por "caridade", em algumas versões, é melhor traduzido por "amor", porque encerra uma significação muito mais completa para o termo, conforme abrange de fato muitas outras virtudes, conforme o apóstolo descreve neste capítulo, de maneira que o amor, no Novo Testamento, tem o significado de amor cristão, embora seja usado não somente em relação ao amor aos homens, mas também ao amor a Deus, como também ao próprio amor de Deus.

Em I Cor 8.1 Paulo afirma que: "O saber ensoberbece, mas o amor edifica.". Aqui a comparação é feita entre o conhecimento e o amor, e a preferência é dada ao amor, porque o conhecimento incha, mas o amor edifica. E o uso que o apóstolo faz da palavra amor nesta passagem é o mesmo que ele faz no décimo terceiro capítulo; porque ele está aqui comparando as mesmas duas coisas que ele compara no início deste capítulo, a saber: amor e conhecimento. "Embora...conheça todos os mistérios e toda a ciência...se não tiver amor nada serei.".; e ainda "havendo ciência, passará;" (I Cor 13.8), isto é, o conhecimento desaparecerá. De forma que, por amor, nós devemos entender o amor cristão em toda a sua plena extensão, e que é operado por Deus em relação às suas criaturas.

Em segundo lugar é mencionado que tudo é vão sem isto, as coisas mais excelentes que pertencem aos homens naturais; os privilégios e ações mais excelentes.

Jonathan Edwards e o Amor - EvangelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora