Supernatural - O Anjo Caído

O Começo de Tudo

Acordei em lugar estranho com dois homens me encarando, um alto de cabelo longo e o outro mais baixo e soltando uma piadinha "parece que um anjo caiu do céu", por algum motivo sabia o nome de ambos, não entendi muito bem, mas quando fui levantar, senti uma dor enorme e logo voltei a cair, Sam, o mais alto, me segurou, e agora, entendia a piadinha, fiquei pasma, eu tinha asas, não sabia quem eu era, onde estava nem porque sabia o nome daqueles dois e logo desmaiei de novo. Quando voltei a mim, além da dor, sentia um frio que não me deixava parar de tremer, minha visão estava turva mas consegui ver que os dois ainda estavam ali, pareciam preocupados e, por mais que eu pensasse que estava louca vi eles segurando armas e falando algo sobre vampiros e leviatãs ou algo assim, meus olhos não paravam abertos e ouvi Dean dizendo que tínhamos que ir antes que eles nos vissem, Sam me pegou no colo e fomos embora.
Ao chegar em um hotel, onde acho que eles estavam ficando, tive mais algumas memórias sobre os dois, estava confusa e fugindo e eles, atrás de mim com armas, como se estivessem me caçando. Depois de lembrar disso, com a ajuda das minhas asas, consegui descer da cama onde me colocaram, peguei uma arma na mesa e fui para o canto de uma parede até conseguir sair daquele lugar. Quando perceberam que eu não estava mais na cama e que a arma que chamaram de Colt não estava mais lá, foram me procurar e obviamente me encontraram, pareciam obcecados com o tal colt e pediram pra que eu ficasse calma e os entregasse a arma, que eu estava confusa e que eles não fariam nada comigo, mesmo assim, estava desconfiada e continuei com a arma, foi então que Dean gritou "Castiel, merda, vem aqui", aquele nome... foi só ouvi-lo que minhas penas arrepiaram e minhas pupilas dilataram, Castiel apareceu do nada e continuei sem reação, ele também pareceu surpreso ao me ver e sem se importar se eu estava com uma arma ou uma bomba nuclear correu até mim e me abraçou com tanta força que mal podia respirar, tanto que soltei a arma e Dean a pegou mais que depressa do chão, depois de literalmente minutos sem me soltar do abraço, Castiel parou e olhou alguns instantes nos meus olhos assustados, me colocou de volta na cama e foi conversar com os dois.
Não consegui ouvir muito da conversa, só que eu era pelo visto, ou no caso, ouvido, uma velha amiga deles, estava desaparecida a meses, e o que quer que tivesse feito isso comigo provavelmente não desistiria tão fácil assim.
Por mais que tentassem conversar e me fazer sentir bem, não conseguia confiar neles, principalmente depois de lembrar da tal perseguição que eles teriam feito atrás de mim, estava exausta e por isso pouco a pouco meus olhos foram fechando e dormi. Quando acordei já estava no carro, Dean no volante, Sam ao seu lado e eu com a cabeça deitada no colo de Castiel, que me encarava de uma forma que me assustava, mas ainda estava fraca demais para me levantar ou ter qualquer reação. Bem, em menos de dois dias já tínhamos ido a sei lá, duas ou três cidades, e eu ainda não havia melhorado.

****

Em uma noite, quando pensaram que eu estava dormindo, eles começaram a discutir:
_Enquanto ela dormia faz uma noite, tentei de todas as formas curar aquelas marcas, mas não teve o menor efeito.- Castiel

_Mas não podemos deixar ela com aquilo, já faz dois dias e continua drenando toda a sua energia, ela nem consegue ficar de pé.-Sam

_Amanhã precisamos procurar algum caçador, talvez já tenham visto aquela marca antes.-Dean

Não fazia ideia do que estavam falando, não notei nenhuma marca em mim, então continuei a escutar...

_Ótima ideia, vamos sair com um anjo que todos podem ver as asas pelo meio de uma cidade que ninguém vai notar.-Sam

_Precisamos de algo para esconder as asas dela, tem alguma ideia Castiel?-Dean

_Acho que nisso posso ajudar.-Castiel

Pelo meio dessa parte da conversa fiquei com medo que me vissem e sai de perto da porta. Fiquei só pensando, e uma das coisas que me vieram à mente, Castiel é um anjo, se eu posso ver minhas asas, porque não vemos a dele? Dentre outras coisas fúteis, só para fugir do meu medo de não saber quem eu sou ou quem são eles, e assim foi minha noite.