Capítulo 6

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Com o impacto dos nossos corpos eu iria cair se ele não tivesse me segurado.

Aquele homem loiro, alto, forte, todo de preto e de óculos escuros me fez estremecer.

Eu não o via a seis anos.

E agora ele estava aqui na minha frente segurando meus braços.

- Tampinha, é você mesma? - ele perguntou.

- Me solte seu filho da puta.

- Podemos conversar. Por favor. - ele disse me soltando.

- Por que eu iria querer conversar com você, seu babaca?

- Nós temos muito o que conversar Emma. Eu quero arrumar as coisas do passado.

- Você é um desgraçado. Um fantasma do passado, você voltou pra nos assombrar.

Eu iria lhe dar um tapa se ele continuasse me infernizando.

- Tampinha, eu te prometo, eu não vou fazer nada com você.

- Se você tocar um dedo em mim eu mato você Jason, e eu não estou brincando. - eu disse e um pequeno sorriso brotou em seus lábios. - Tenho que avisar aos meus amigos.

- Vamos lá.

Andamos rápido em direção  as pessoas loucas que brincavam como crianças.

- Emma, o que ele está fazendo aqui? - Bia perguntou sem nenhuma reação. - Você está bem?

Todos nos olharam sem entender nada e eu puxei ela pra um pouco longe deles.

- Eu estou bem. Por favor, não fale nada com eles sobre Jason. Eu vou conversar com ele.

- Em, eu não confio nele. Ele é um filho da puta. Você sabe disso.

- Vai ficar tudo bem. Ele é só um fantasma do passado, eu vou dar um jeito dele sair da minha vida. Não me espere, acho que essa conversa vai demorar. E não conte nada para eles, por favor.

- Tudo bem, tudo bem. Mas, tome cuidado e me ligue qualquer coisa.

Assenti com a cabeça e dei um abraço rápido nela. Passei rápido  pelo pessoal, dei um aceno e disse:

- A gente se vê depois em casa. - Olhei para os olhos azuis agora descobertos de Jason e disse:

- Vamos, antes que eu me arrependa.

Nós fomos em direção à sua moto e ele me ofereceu seu capacete.

- Onde nós vamos?

- A uma cafeteria aqui perto. - Disse ele montando na moto.

                             ***

BIA P.O.V

- Meu Deus, ela está demorando muito e não atende o celular. Eu estou ficando preocupada. - Eu disse enquanto andava de um lado para o outro com o celular na mão.

Já tem quatro horas que Emma saiu com aquele pilantra do Jason e não me liga.

- Eu não entendo o porque que ela saiu com ele, você mesma disse que ela odeia ele. - Disse Gany.

- Deve ser um namoradinho da adolescência que traiu ela ou coisa assim. - Disse Nash enquanto teclava em seu celular.

- Emma nunca ficaria com um cara que tem quase o dobro da idade dela. - Disse Carter.

- Cara, ela ficou com o Nash. Acho que ela ficaria com aquele cara sim. - Disse Gilinsky.

- Emma nunca iria ficar com um homem tipo Jason, ela odeia ele. - Eu disse já me estressando.

Ouvi a porta da frente ser aberta e virei o rosto imediatamente na direção.

Uma Emma com o rosto um pouco inchado e olhos meio vermelhos apareceu e encostou na porta olhando para o chão, paralisada.

- Em, o que aconteceu? - Eu perguntei e todos se levantaram e a encararam.

- Ele... Ela... Eu não sei o que fazer Bia... - Ela respirou fundo e levou as mãos ao rosto.

Ela estava a ponto de chorar na frente de todo mundo, e ela não fazia isso.

Só depois de três anos da nossa amizade, que ela chorou na minha frente.

Eu a abracei forte e a puxei para o quarto. Não antes de avisar para não virem junto.

- Quer falar?

- Não. Só quero um abraço.

E então eu abracei ela. Ela afundou o rosto no meu pescoço e chorou.

- Obrigada, você é a melhor amiga que alguém poderia ter. - Ela disse.

- Se quiser falar, eu estou sempre aqui. Por que não me atendeu?

- Meu celular descarregou.

- Só preciso saber de uma coisa Emma!

- O quê?

- Ele não te violentou né?

- Ele não ousaria tocar um dedo em mim. Ele já foi preso por isso uma vez. Voltar para aquele lugar pela mesma razão, seria morte na certa.

- Ótimo.

Ela secou o rosto, pegou algumas roupas e foi para o banheiro.

Desci as escadas e encontrando Gany, Jacob, Carter, Hayes e Aaron.

- Cadê o pessoal?

- Foram para o quarto. - Disse Aaron.

- O que aconteceu com a Em? - Hayes perguntou.

- Como ela mesma me disse, um fantasma do passado voltou para assombrar ela.

Todos desceram, menos Emma e Nash.

Ficamos um tempo vendo um filme até que sinto meu celular vibrar.

Em: Eu que não vou ficar aqui sofrendo, ainda mais em uma sexta.

B: É assim que se fala! O que pretende fazer? 

Em: Fala pra todos se arrumarem! Nós vamos sair pra beber!!!

Ele não é o caraOnde histórias criam vida. Descubra agora