Capítulo 16

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Quando dei por mim, meu punho estava cerrado e ia em rápida velocidade ao rosto dela. Assim que minha mão se chocou ao lado do olho dela, senti a mesma arder. Ela levou a mão no mesmo lugar que eu tinha lhe dado um soco a cinco segundos atrás.

- Sua filha da...

- Continua que você vai sair daqui sem nunca mais conseguir falar! - meu tom de voz era de pura raiva.

Ela levantou a mão e estava prestes à me dar um tapa, rapidamente eu a empurrei e ela caiu no chão.

- Antes de falar que vai bater em alguém, é melhor aprender a brigar.

Sai do banheiro a deixando no chão. Kath, Gany e Bia vinham em direção à porta do banheiro.

- Estávamos preocupados, você demorou muito tempo. O que houve? - Kath perguntou se aproximando, preocupada.

- Aquela piranha da Lucy, chegou me chamando de vadia, falou o monte de merdas e eu lhe dei um soco. Ainda rasgou a minha blusa, eu adorava essa blusa.

- Ela te bateu?

- Não, Gany, ela nem me tocou. - eu sorri de lado. - Ela nem sabe brigar, se ela tivesse convivido a vida toda com meninos e aprendido a brigar pelo controle remoto, ela pelo menos ia saber arranhar. Nem isso a coitadinha sabe fazer.

- Lembro das vezes que eu, você e os meninos fazíamos maratonas de filmes e ficávamos até de manhã acordados. Nós sempre brigávamos e caíamos na porrada.

Nós andamos até onde os meninos estavam.

- O que aconteceu? Sua blusa está rasgada. - Jack G pegou a parte rasgada da minha blusa com a ponta dos dedos.

- Nem vão querer saber... - Eu e as meninas sorrimos sorrateiramente uma para a outra e deixamos os meninos sem entender nada.

***

- Vocês brigaram? Emma, eu disse pra você não falar com ela e você briga por minha causa?

- E quem disse que eu briguei por sua causa? Ela me xingou, ela pode ter brigado por sua causa, mas eu não.

Peguei uma regata preta no guarda-roupa, tirei minha blusa rasgada e vesti a mesma. Mandei Nash fechar os olhos para eu poder trocar de blusa enquanto ele estava deitado na minha cama.

- E o que você fez com ela? - Nash abriu os olhos, me encarando.

- Eu dei um soco nela e quando ela ia me dar um tapa, eu empurrei ela e ela caiu no chão. - sorri com a lembrança e me deitei do lado dele. Ele me abraçou e eu deitei a cabeça no peito dele.

- Que horas devem ser? - levantei a cabeça para olhar seus olhos que fitavam o teto.

- Deve ser umas três horas e meia da manhã. Porquê? - perguntei, curiosa.

- Você consegue se arrumar em quanto tempo? Quero levá-la em um lugar.

- Eu me arrumo rápido. Que lugar?

- Você vai ver. Acho melhor levar uma peça de roupa. Voltaremos pela manhã, tudo bem? - assenti e ele seguiu para o quarto dele.

Troquei novamente de blusa, coloquei uma vermelha de mangas curtas, um short jeans escuro, um coturno preto e coloquei uma peça de roupa qualquer, meu celular, minha carteira e algumas coisas à mais na bolsa. Deixei um bilhete para que não se preocupassem.

Ele não é o caraOnde histórias criam vida. Descubra agora