Capítulo 9

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Alguns dias depois.

Estava indo para minha próxima aula com meus fones de ouvido e alguns livros nos braços.

Senti alguém puxar meu braço direito e todos os meus livros caírem.

Quem era a maldita pessoa que fez eu derrubar os meus livros?

Me agachei para pegar os livros resmungando todo tipo de palavrão.

- Essa deve ser a centésima vez que eu te peço perdão. Por favor, me desculpe. - Ouvi a voz de Nash e levantei o olhar para encara-ló.

Desde o dia em que eu ouvi a conversa dele com Cameron no quarto sobre a tal aposta, a cinco dias, eu não havia trocado meia dúzia de palavras com ele. Ele todos os dias me pedia desculpas, porém eu me recusava a aceitar. Eu sempre odiei mentiras e traições.

- Está desculpado. - Eu disse secamente e continuei a caminhar.

- Eu sei que você não me desculpou, Emma. Caralho, eu fui um idiota, eu sei. Eu quero mudar, porra.

- Nash, eu tenho que entrar na sala se não eu vou me atrasar pra aula.

- Podemos conversar depois? - Ele perguntou.

- Claro. Nos vemos em casa. - Eu entrei na sala e logo o professor chegou.

***

Cabulei uma das minhas aulas do turno da tarde e fui para casa. Estava com muita fome.

Cheguei em casa e não tinha ninguém. O silêncio estranho por toda aquela grande casa me deixava desanimada.

Botei a água do macarrão instantâneo para ferver e fui até o quarto botar o celular pra carregar. Quando abri a porta do meu quarto, um buquê de rosas amarelas com um cartão da cor bege com algumas flores desenhadas em dourados estavam na minha cama.

Senti o cheiro agradável das minhas flores favoritas e abri o cartão.

" Quero me desculpar por tudo. Quero que saia comigo Emma. Sim, eu estou te chamando pra sair. Esteja pronta as 14:00 horas, de sábado.

Obs: Eu nunca tive um encontro sério, então pode se achar especial. Coisa que você já é.

Com carinho,
Nash. "

Como assim?

Hamilton Nash Grier está me chamando pra sair e ainda me deu flores?

O mundo realmente está acabando!

Quantos malditos dias faltam para sábado? Caralho, é amanhã! Olhei no meu celular e ele marcava 14:58 da tarde. Ótimo, eu tinha só um dia para me preparar fisicamente e psicologicamente. Fui até minha bolsa para ver quantas aulas eu ainda tinha, uma, graças aos céus.

Pelos deuses, a água do macarrão. Corri pelo corredor e desci as escadas como um foguete, passei pela sala ainda correndo e cheguei a cozinha arfando. Já estava desligado? Será que eu esqueci de ligar? Ó aroma estava muito bom, e já estava pronto?

- Quer colocar fogo na casa, minha menina? - Carter apareceu se encostando no batente da porta e me dando um pequeno susto.

- Eu me distraí por um momento.

- Com o quê? - Ele perguntou curioso.

- Um cara me chamou pra sair, mas não sei se aceito.

- Você, gosta dele? - Ele perguntou arqueando as sobrancelhas. - Se você gostar, é bom que aceite.

- Tudo bem. Vou pensar nessa possível possibilidade.

- Carter, nós vamos estudar ou não? A gata da sua futura namorada deve estar esperando no dormitório dela! - Um moreno alto dos olhos escuros chegou na cozinha e me encarou. - Quem é sua bela amiga? - Ele perguntou com um sorriso malicioso.

Ele não é o caraOnde histórias criam vida. Descubra agora