Hee-sun nunca quis deixar sua família para trás mas quando sua vida é posta em risco,fugir é o único meio de sobreviver. Taehyung não queria confiar numa estranha,mas como ele seria capaz de abandonar aquela garota na chuva? Uma promessa irá uni-los...
— Vem aqui — Tae me puxa para perto e passa o braço ao meu redor.
Sinto um frio na barriga,ele nos cobre com o edredom e eu tento me conter não demonstrando como ele me afeta.
— Ficar assim te incomoda? — ele sussurra — você está tensa.
— Não, é só que...nunca estive assim com ninguém antes.
— Ah — a mão dele acaricia meu braço — é estranho que em tão pouco tempo eu já goste de você?
— Não — me viro ficando de frente para ele — eu também gosto de você.
— Da próxima vez que eu der ataque de ciúme pode me bater — ele se ajeita na cama.
— Você tá melhor?
— Sim, o remédio já tá fazendo efeito — ele começa a ficar sonolento — vou ficar bem, boa noite, Sunny.
— Boa noite,Tae.
Ele acaba pegando no sono e eu fico apenas observando. Seu cabelo cai pela frente dos olhos, ele tem um leve sorriso no rosto que me faz querer apertar sua bochecha ou acariciá-lo.
Nós começamos ao contrário, as pessoas se apaixonam e depois casam, eu e Tae nos casamos antes de sentir qualquer coisa ou talvez a gente já sentisse e não soubesse. Começo a me questionar se fomos rapidos demais, conheci Tae mês passado e já estou na cama dele, é como se estivéssemos pulando as coisas, eu tenho medo de acabar me machucando.
*** Acordo e percebo que Tae não está mais na cama, me levanto e tomo um banho rápido. Quando chego a cozinha encontro apenas um bilhete de :
" Fui comprar algo pra nós comermos,já volto."
Vou até a sala, me sento no sofá, fico assistindo ao jornal, parece que não tem nada de interessante acontecendo e preciso desesperadamente que algo me tira do tédio. Minutos depois Tae entra em casa, ele usa jeans escuros, uma camisa preta de mangas compridas e um casaco branco.
— Bom dia, solzinho — ele sorri enquanto tanta fechar a porta sem derrubar os sacos com a comida.
— Bom dia — vou até ele e o abraço.
Ele me aperta só com um braço já que o outro segura as sacolas e me dá um beijo na testa.
— Esqueci de ir ao supermercado, quando acordei vi que tudo que a gente tinha era leite e ovos. Por sorte consegui comprar bibimbap pra nós dois.
( Esse prato aqui)
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— Vamos comer antes que esfrie.
Nós comemos sem muita pressa já que hoje não precisamos trabalhar, Tae diz que precisamos ir ao supermercado e eu concordo, logo começando a fazer uma lista do que precisamos.
***
— O que ainda falta? — Tae para o carrinho no meio da sessão de conservas.
— Verduras e macarrão — eu checo a lista.
— Então vamos.
Pego todo tipo de verduras, Tae some e quando volta tem alguns doces e biscoitos em mãos. Nós compramos uma quantidade de macarrão suficiente para o mês todo e vamos até o caixa.
— A Irene amava esses bolinhos de arroz doce — Taehyung comenta enquanto colocamos tudo na sacola.
— Aah
Qual a necessidade de falar dela agora?
— Quer ? — ele me oferece um dos bolinhos e de repente eu odeio todos os bolinhos de arroz doce — eles são ótimos, eu e ela sempre comíamos viários desses. A Irene era louca por doces.
— Não quero — digo seca.
Ligo o rádio do carro e não digo mais nada até estarmos em casa. " A Irene amava bolinhos de arroz doce " A Irene, sempre a Irene !
Quando chegamos em casa começo a por tudo no armário, Taehyung tem a infeliz idéia de voltar a falar sobre a Irene e eu começo a ter vontade de jogá-lo pela janela.
— Você devia ter casado com a Irene já que gosta tanto dela!
— Desculpa, eu não percebi que estava chateando você.
— Imagina se eu começasse a falar do Vernon,do Jin ou melhor imagina se eu começasse a te contar de todas as vezes que saí com o Dino!?
— Quem é Dino?
— Agora as coisas ficaram interessantes, não é? — ponho o último pacote de macarrão no armário.
— Quem é Dino?
— Um amigo, um ótimo amigo, ele quase me beijou uma vez — encaro Taehyung — eu deveria ter deixado.
— Para com isso — ele se aproxima fazendo com que eu me encoste ao armário.
Taehyung me beija, não delicadamente como da última vez, agora ele me beija como se quisesse mostrar que sou dele, sua mão percorre meu corpo e para em minha cintura me puxando para perto. Ele começa a distribuir beijos por meu pescoço e eu arfo.
Quando ele começa a me puxar mais para perto e a fazer o caminho para meus lábios, eu lembro daquela noite, de como Vernon me segurava com força e de como eu queria sair de lá.
— Eu fiz algo errado? — Taehyung se afasta quando eu começo a chorar do nada — Sunny, fala comigo você tá me assustando. Se você não queria que eu te beijasse era só me impurrar ou dizer não, eu...
— Não é você — enxugo as lágrimas que descem por meu rosto — eu só lembrei daquela noite, eu tenho nojo só de lembrar.
