Como Se Fosse Em Um Romance Clichê

Cap4: O Barraco

Eu e Otávio olhamos um pra cara do outro,respiramos fundo e então ele bate na porta, Minha mãe atende.

-Sim?

Apareço atrás dos ombros dele.

-sou eu mãe.

-há tudo bem pode entrar.

Otávio entra e me coloca no sofá,e depois se senta ao meu lado.
Minha mãe se senta em sua cadeira e nos olha com uma cara assustadora.

-quem vai começar a explicar??

Vocês podem achar que eu estou exagerando mais minha mãe é a pessoa mais difícil de lidar.
Ela é super mal educada,desbocada, briguenta,e sem paciência.
Ela era desse jeito desde quando eu era pequeno.

-Ian,Ian,Iiiiiiaaaaaaaaaannnnn,venha aqui agora e não me faça ir te buscar.

Eu nunca disse que fui uma criança fácil,pois era bastante levado,mais isso acabou quando Gustavo nasceu.

-Ian,chega aqui.
Vou pra perto dela e do bebê.

-Esse é seu irmãozinho Gustavo.

-Oi Gustavo (acaricio sua cabecinha)

-Viu como ele é bonito?

-Sim mamãe, ele é muito bonito.

Mais parece que sua paciência foi mudando perto do nascimento de Isabelle.
Já Gravida de quase nove meses, minha mãe vivia no bar,bebendo fumando e arrumando confusão.

-Laura.vamos pra casa os meninos precisam de você.

-Nao me enche Luís,não ta vendo que to me divertindo?

-É,mais enquanto isso seus filhos estão lá sozinhos.

-Seus não Nossos,eu não fiz eles com o dedo.

Mais tudo piorou quando meu pai foi embora sem ninguém perceber.
Poucos dias depois que Isabelle nasceu,dona Julieta veio destilar seu veneno,minha mãe não aguentou e partiu pra cima dela.

-QUEM É A LARGADA?, SUA VELHA MISERÁVEL.

Enquanto minha mãe gritava e puxava os cabelos de dona Julieta, ela ainda esbravejava.

-A culpa é minha de você ter sido largada por não ser uma boa esposa?

Alguns dos outros vizinhos vieram e separaram as duas, mais mesmo assim minha mãe deu muito trabalho pra quem tava segurando ela.
Daí em diante ela só foi piorando,tinha dias que ela não aguetava nem ficar de pé,sua beleza também foi sumindo,minha mãe era uma bela jovem, mais a bebida e o cigarro foi acabando com ela.
Os dias que ela passa em casa foi sendo cada vez mais raros e os dias que eu tinha que buscar ela bêbada no bar ficaram cada vez mais frequentes.

-vem mãe,melhor tomar um banho gelado.

-me larga,não deixa eu me divertir mais,muleque chato.

Mais hoje ela teve que ficar em casa,porque aconteceu o que vocês já sabem.

-e então desenbucha,vão me falar ou não?

Ficamos um olhando pro outro e então decidi:

-eu conto.então mãe...

Contei tudo o que aconteceu comigo,ela escutava tudo atentamente, as vezes olhava para o Otávio e outras prestava atenção em mim.
Depois de ter terminado de contar ela falou:

-Quanto tempo mais ou menos você terá que ficar de repouso?

-15 dias o médico disse.

-Bem como não ha o que fazer,é esperar os 15 dias, e você....,qual seu nome mesmo??

-Otávio(ele responde sem graça)

-Então Otávio quer alguma coisa?,agua,café,suco....

-Um pouco de água estaria ótimo.

Minha mãe se levanta e vai buscar um copo de água,enquanto isso eu permaneço conversando com ele.

-Ian,estou meio envergonhado de dizer,mais será que poderíamos ser amigos?

-claro (respondo sorrindo)

-posso pegar seu número?

-sim

Trocamos nossos números e continuamos a conversa, mais minha mãe chega.

-aqui sua água.

Ele pega a agua e bebe.

-Obrigado dona Laura.

-De nada,já esta ficando meio tarde acho melhor você ir.

-Mãe(olho com uma cara feia pra ela)

-que foi?,você sabe como o morro é perigoso.

-tem razão,é melhor eu ir mesmo (diz ele se levantando),tchau Ian(ele aperta minha mão e sorri)

Dou um sorriso devolta, ele aperta a mão da minha mãe, ela abre a porta ele sai e vai embora, depois de um tempo ela fecha a mesma e me olha.

-quie que você veio aprontar Ian,15 dias de repouso,bem pelo menos ele comprou os remédios, agora já está tarde então vai dormir, eu ligo pra escola cedo avisando que você não vai.

-tudo bem(respondo tentando me levantar)

-seu idiota não esta lembrando do que o medico disse?senta ai

Disse ela empurrando meu ombro contra o sofá de um "jeitinho tão fofo".

-aiii mãe.

-xiu não grita, foi difícil por Gustavo pra dormir, e você sabe como é por ele pra dormir.

-sim eu sei, então vou passar a noite por aqui mesmo.

-tá, boa noite.

-boa noite.

Depois disso ela apaga a luz,entra pro seu quarto e fecha a porta então me deito e meu telefone vibra,era uma mensagem do Otávio.

Boa noite,espero que melhore logo,desculpa por tudo ta.
Abraços Otávio.

Dou um sorriso de leve e então fecho os olhos e acabo caindo no sono.