Capítulo Cinco

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Drew

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Drew

Estou em um salão cheio de desconhecidos, tentando descobrir qual foi o momento entre a ligação do meu irmão Adam, hoje de manhã e as dezenas de mensagens que ele me enviou durante o dia; em que eu aceitei estar aqui. No aniversário de sua namorada June. Que eu nem conhecia há cinco minutos, preciso ressaltar.

Há uma grande chance de eu ter perdido a cabeça, eu detesto festas e não sou do tipo sociável ao ponto de me sentir à vontade em lugares assim, diferente de Adam. Ele é o simpático da família, eu sou o sério.

Na verdade, somos opostos completos, filhos dos mesmos pais, porém, não poderíamos ser mais diferentes. Embora sejamos bem semelhantes fisicamente, o que torna nosso parentesco tão evidente, nossas personalidades são tão distintas quanto a água e o vinho.

— Está gostando da festa?— Adam pergunta, interrompendo meus pensamentos.

Estou de costas para o salão, tentando ignorar o burburinho e fixando meu olhar na parede cinza claro e me esforçando para encontrar algo de interessante nela e não morrer de tédio... Então sim, estou adorando a festa.

— Da próxima vez, prefiro ir ao bingo com a vovó. — Respondo, fingindo beber o meu uísque quase intocado.

— Da próxima vez, eu convido a vovó. — Ele diz rindo. — Ela é muito mais animada que você.

—Nisso eu preciso concordar. — Não posso evitar meu riso também.

— O que achou da June? — ele me questiona com interesse. Eu temi esse pergunta desde que a conheci.

Viro a cabeça lentamente e fixo meus olhos em seu rosto, antes de colocar uma das mãos no bolso.

— Ela parece legal. — Digo simplesmente. Essa é a resposta segura.

— Não gostou dela, não foi? — ele me interpela, sem se abalar.

— Eu não disse isso, — me defendo. — como posso ter uma opinião em tão pouco tempo?

— Você é observador, acho que legal não é realmente legal.

— Ela é bonita. — Complemento.

O que não deixa de ser verdade: morena, olhos azuis, alta, sorriso bonito. Parece fútil demais e a voz é um pouco irritante, eu não conseguiria ouvi-la por mais de dez minutos sem me irritar. Mas, não sou eu quem precisa gostar dela, Adam é quem precisa e ele, aparentemente, gosta muito.

— Eu gosto dela. — Ele afirma sério, como se lesse meus pensamentos. — Acho que agora é para valer.

— Isso é bom... — aceno com a cabeça. O que mais posso dizer?

Adam é do tipo namorador, Não de um jeito ruim, ele é mais do tipo romântico. Poderíamos dizer que ele é a versão masculina da mulher que vive em busca do príncipe encantado, no caso dele; princesa. Pena que suas princesas não sejam tão encantadas assim, essa é a terceira namorada que eu conheço em menos de um ano.

Minha Doce Menina   CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora