Medo por Medo

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Acordei em uma cadeira dura , da qual eu senti que machucava. Tentei me mover mas eu estava amarrada, tentara falar algo mas, eu estava amordaçada. Tentei mexer com a cadeira para tentar me soltar. Observei o ambiente onde eu estava e procurava o sinal de alguém, ouvi passos no canto esquerdo da sala.

- Você acha mesmo , que trazendo-a para cá vai mudar alguma coisa Jeff? O Chefe ficará furioso!

- Não consegui matá-la.

- Então deixasse-a ir.

- Não consegui.

- Você não consegue nada, você já foi muito melhor Jeff, muito melhor mesmo.

Eu os observei, e percebi que havia um garoto de cabelos pretos, olhei para o outro lado em busca de algo que cortasse as cordas que me amarravam. Voltei a me virar quando dei de cara com o mesmo.

-Ah, você acha mesmo que eu deixaria você escapar ? - O olhei com desprezo.

- Me olhar assim não vai mudar os fatos.- ao final da frase , sentir meu corpo estremecer.

- Você está com bastante medo, mas quando perguntou de meu perfume ontem não estava não é? - Ele retirou a mordaça de minha boca.

-O que você quer de mim?!

- Nada!

- Porque me prendeu aqui?

- Por Nada!

- Para me ver relutar ?

- Sua dor é o meu prazer.

- Você é louco!

- É o que me dizem, minhas vítimas afirmam muito isso.

- Me solta , me deixa ir , eu não vou dizer nada. - Ele começara a rir novamente.

- Garotinha, Garotinha. Não não, não mesmo. - Ele seguiu até o outro lado da sala , retira um pano da gaveta , e pegar sua faca , virou-se para mim , e limpou o sangue que ela tinha.

- Você vai me matar? - Perguntei com a voz falhando. - Se for, acabe logo com isso.

- Bem que eu queria ter o prazer de enfia-la em seu pescoço, mas , por algum motivo, não consigo.

- Porque não consegue? - Ele se virou novamente.

- Não sei!

- Me mate logo!

- Eu não consigo!- Ele jogou a faca com força contra a parede que estava atrás de mim. Arregalei os olhos e gritei.

- O medo, ah, o medo de morrer das pessoas. Um doce som para os meus ouvidos.

- Deixe-me ir, por favor , nunca mais irei me colocar em seu caminho. - Ele começou a rir medonhamente , virou-se e saiu da sala sem nada a dizer. Eu havia perdido a noção do tempo, não conseguia mas mover nenhum músculo meu, meu tornozelo que tinha torcido na noite passada , estava inchado . A dor lancinante, perpassou pelo meu corpo, estremecia a cada fisgada que dava. Não aguentei e gritei.

- Aiii!- Senti minhas mãos se afrouxarem nas cordas .

- Vai , você tem que comer , e também tem que dar um jeito nesse tornozelo. - Ouvi Jeff dizer.

- Porque agora está me ajudando? Não queria me matar ?

- Se falar demais , vou mata-la mesmo.- Ele me dera comida , e logo em seguida um saco de gelo para por em meu tornozelo. O fiquei observando e ele sempre cabisbaixo.

- Porque não me olha nos olhos ?

- Não posso...

- Porque?

Caminhos sombriosOnde histórias criam vida. Descubra agora