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Aviso: Não queria ter passado isto tão rápido mas se não o fizesse, não ficaria bem. Enjoy the big cap ;)

Previously on Brothers:

"-Tenho saudades tuas Sarah- murmuro contra a almofada

Tenho saudades dela"

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Sarah POV

Passado 3 dias- Sexta feira

O meu sono é quebrado por um estrondo metálico, seguido de um palavrão.

Os meus olhos abrem se rapidamente, piscando várias vezes para aclarar o lugar.  A porta da cozinha encontra se aberta, o que me dá visão sobre Samantha. Esta encontra de joelhos no chão a apanhar a panela antes cheia de água.

-Precisas de ajuda?- pergunto ouvindo os seus resmungos enquanto apanha a panela.

Samantha ignora me e levanta se, pegando na esfregona no canto da cozinha, não visível ao meu olhar. Esta rapidamente volta e uma troca de olhares é feita entre nós antes de esta começar a tratar do chão.

-Estás presa, acho que não conseguirias fazer nada por mim- reviro os olhos ao seu comentário desnecessário. Eu sei que estou presa mas era apenas para ser bem educada.

Três dias se tinham passado desde aquela noite. A rapariga loira andava mais calma o que ajudou bastante estes dias. Não nos posso considerar melhor amigas mas acho que as nossas conversas normais e civilizadas já são alguma coisa.

Raras são as vezes em que falamos dos nossos pais ou do dia do acidente. Não queria pressioná la a falar mas Samantha sabia perfeitamente que eu estava a morrer de curiosidade,e de medo também, para saber todos os pormenores desse dia. Ao fim do segundo dia, a rapariga loira sentou se de novo na cadeira à minha frente.
Nesse momento Samantha contou me tudo o que eu queria saber: As saídas frequentes dos nossos pais e as "famosas" viagens de negócio. Com lágrimas nos olhos, pensei em todos os momentos em que via o meu pai a sair pela porta depois de prometer que voltaria cedo. Até que um dia ele não cumpriu essa promessa.

Samantha sabia que este assunto me tinha tocado bastante e apenas se manteve calada quando perguntei se achava que ambos ainda sentiam algo pelos nossos pais. Aceitei essa resposta como um não.
Quando perguntei como ela sabia disto tudo, esta apenas me respondeu que o seu pai, que não queria saber nem dela nem da mãe, já sabia de tudo pois tinha descoberto ao longo dos anos e como Samantha tinha dito, ele não quis saber.
Acho que isso a magoou mais a ela do que a mim.

- Já é tarde por isso vou logo fazer o almoço- sou acordada dos meus pensamentos pela voz da rapariga- Tens fome?

Assinto e depois lembro me que me encontro ainda a uma grande distancia da rapariga e que esta se encontra de costas para mim. Murmuro o "sim" suficientemente alto para a rapariga assentir e pegar em mais um prato.

Olho para o relógio por cima da lareira, vendo as horas.

13:00

Desvio o olhar de novo para Samantha, ouvindo a cantarolar uma musica qualquer enquanto prepara o nosso almoço. Supiro observando a.

Sempre tão arranjada que eu nem me quero imaginar a mim. Três dias sentada numa cadeira a não ser para ir à casa de banho mas na qual eu nem tive coragem de me olhar ao espelho e sem tomar banho.

Supiro de novo. Devo estar um farrapo mal cheiroso.

Samantha finalmente acaba de preparar a comida e sai da cozinha, entrando no mesmo compartimento onde eu me encontrava. Pousa tudo na pequena mesa de madeira e como todos os dias, puxa a cadeira para perto da mesa e desata me as mãos para poder comer. Eu até podia tentar fugir nestes momentos mas Samantha pensou no mesmo e logo no segundo dia, ontem, amarrou me os pés.

Brothers || Luke Hemmings [EDITING]Onde histórias criam vida. Descubra agora