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Quando eu soube que fui adotada aos meus um ano de idade eu surtei, surtei por mim, pelos meus pais e por tudo que já passei naquele lugar. Desde então, venho tentando descobrir quem foi a vadia que me abandonou em um orfanato. Quando descobri passei a não ter mais todo respeito pelos meus pais, eles mentiram para mim, e isso não se faz, mentiram sobre minha origem e isso não é inaceitavél ao meu ponto de vista. Gosto do que me deixa livre, gosto de jogo aberto, ou é ímpar ou é par, ou é 8 ou é 80, comigo não tem essa de talvez, quem sabe, ou vamos ver. Liberdade. Certeza. Confiança. Autoridade. Isso faz de mim a mulher que sou hoje. Gosto de sexo e dinheiro, me identifico muito com o trabalho que tenho, mas não recomendo, corremos riscos que nenhum outro trabalho corre, as vezes é por querer, e as vezes é a vida que lhe obriga. Prefira fazer por querer.

Acordei com ânimo, era um ano novo, dia novo, tudo novo, principalmente clientes. Vesti um sobre-tudo cáqui que valorizava cada curva do meu corpo, e fiz uma maquiagem que realçava minhas longas palpébras e minhas maçãs á frente das bochechas. Calcei um sapato agulha preto e fui para o meu escritório, quando cheguei lá vi a Flávia olhando alguma coisa no computador e estranhei por as meninas não estarem presentes.

–Ué, cadê a Mel, a Luíza e Beks ?–Perguntei olhando o local vazio, só com a Flávia iponente na mesa cusculhando algo no computador.
–Se você estivesse chegado mais cedo, saberia.–Ela não me olhou nem em cada vogal da frase, apenas disse curta e grossa e focando no computador.
–Oxê, eu fiz o que ?–Não entendi, eu estava no horário, pelo menos achava.
–Sabe que horas são Gabriela ?–Neste momento ela me olhou.–Uma da tarde, uma Gabriela. Meio dia tinhamos que passar o show da noite para os clientes da noite, tínhamos que fechar a agenda das meninas antes delas irem pras festas com os clientes, e separar a quantia para faxina do bordel e roupas para as meninas. Você atrasou tudo, menos as meninas que tiveram de ir para não deixar os clientes esperando. E tu ainda vem me perguntar o que fez ? Oras!–Ela bufou e suspirou e voltou a olhar para o computador.
–Oh céus, eu perdi o horário completamente. Me perdoa Flá, não ocorrerá novamente, prometo.–Me desculpei, pois sempre que me atraso a Flávia fica puta da vida.
–Vai se foder Gabriela, você sempre diz a mesma coisa, e sempre é a mesma coisa.–Ela retrucou impaciente.
–Prometo ser diferente.–Caminhei até ela e comecei a encher de beijinhos.–Prometo, prometo, prometo.–Disse e ela me olhou.
–Quero sexo!–Ela gritou e se levantou.–Perdi um menage, um menage com aquele gostosão da empresa Steinfield.–Ela se jogou na cadeira a frente da minha mesa e eu me sentei na cadeira que ela estava antes.
–Uou, um menage com o Sr. Steinfield até eu queria.–Sorri malicioso pra ela e ela sorriu de volta, olhei no computador e vi que a Luíza tinha sido contratada por uma lésbica, e era comum, não temos essa, somos todas bissexuais quando se trata de trabalho. A Mel pelo velhote do Paolo, e a Beks pelo gostosão do Vilares.
–Oh meu Deus, a Beks se deu bem.–Disse com uma cara de "palmas para ela sociedade."
–Eu teria me dado bem.–Ela revirou os olhos.–Você acredita que o Sr. Steinfield gritou comigo ? Fiquei indignada. Esse cara precisa muito de sexo.–Ela fez cara de indignada e ri.
–Dá para ele amiga.
–Poderia se ele me pagasse.–Ela fez cara de cachorro sem dono.
–Eu te como sem você me pagar e você não fala nada.–Sorri torto pra ela.
–Ah é né, não tem ninguém aqui mesmo. Vem cá então..–Ela se levantou e me puxou pelo sobretudo e entrelaçou nossos lábios fazendo com que um beijo lésbico tomasse conta de nós duas.

Ela tirou meu sobre-tudo e eu o vestido vermelho dela, chupei os seios dela com vontade a fazendo gemer baixo, ela me olhou com cara de piedade, por isso a fui dando poucos chupões por toda extensão de sua barriga, ela passou a mão em meus cabelos e deu leves apertos fazendo com que eu me arrepiasse, quando eu cheguei na sua vagina passei a lingua por toda sua extremidade e depois fui dando longos e duradouros chupões, ela gemeu alto de prazer e eu meti dois dedos de vez, fazendo um estocamento em sua vagina; comecei devagar, depois fui aumentando o volume. Ela apertava seus seios prazeirosa e eu sorria maliciosa. Quando vi que ela ia gozar parei e fui passando a língua pelo seu clitóres, ela gemia a cada linguada que eu dava e sorria maliciosamente. Em menos de minutos ela gozou e sorriu malicioso pra mim novamente e se vestiu.

–Fica me devendo uma linguada dessa vez.–Disse e voltei para mesa.
–Caprichou hein, fez pelo Sr. Steinfield.–Ela mordeu seu lábio inferior.
–Sempre caprichei.–A olhei maliciosa e ela me olhou de volta.

Eu e a Flávia sempre nos pegamos de vez em quando, nada serio para não atrapalhar os negócios, é algo gostoso e diferente e não pretendemos parar, já pensei na hipótese de está gostando dela, mas acho meio impossivel.

–O que temos para mim ?–Perguntei, pois não vi meu nome no quadro de registros.
–Cliente novo, só ligou e agendou, você era a única que não tinha clientes, então lhe passei.–Ela me explicou.–Se chama Alex Vouse. É um menage, pelo que sei. Mas, você vai a uma festa beneficente e depois o menage.
–Ah, entendi, e quanto ficou?–Fui ao que me interessa.
–Relaxa, boa grana.–Ela sorriu de canto e eu já imaginava a quantia.

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