Sem um ponto final

360 20 1
                                    


A morte sorria para mim, enquanto compunha uma bela melodia em seu piano…

Ela só tocava enquanto me observava a chorar…

E o que eu mais gostava nela, eram seus tons suaves, acompanhados de leves toques graves…

Um drama e tragédia com um toque de esperança…

Ela sorri pra mim novamente como se quisesse compreender minha dor…

Sinto o oxigênio em meus pulmões, mais é na dor de minha alma que me concentro…

Violinos começam a soar seguindo a melodia do piano…

Assim começa uma bela orquestra entre a vida e a morte…

A vida não parece se importar, porém se preocupa, só não gosta de demonstrar…

Já a morte, mais elegante, se porta adoravelmente, gostando de servir a todos e deixar seu bom humor predominar, mais claro sem deixar de lado sua elegância…

Morte e vida, se encaram, cumprimentam-se, e começam a sinfonia de eterna paz e dor…

Sento-me ao chão, as observo, gosto do que ouço…

Tento não me importar com o medo que sinto…

Acendo um cigarro, dou a primeira tragada e vejo a fumaça sumir, olho pra ele queimando…

Ele está diminuindo…

E então se apaga…

Nada é pra sempre…

Mais nunca se tem um ponto final…

Apenas reticências….

-Adi Rios

Poemas De Uma Garota Estranha Onde histórias criam vida. Descubra agora