Prólogo

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Laura

Depois de umas semana sem aparecer em casa. Estava em Ibiza chego em casa bem cansada,porém feliz, foi uma semana ótima perfeita uma das melhores da minha vida, foram exatos 8 dias de festa, regada a bebida, homens lindos e muito dinheiro gasto.
Tento entrar na mansão na ponta dos pés para não ser notada, porem minhas esperanças vão para o ralo quando vejo meu pai com cara de poucos amigos me esperando sentado.
-Laura, onde você esteve esse tempo todo? e não me diga que estava no convento!- fala meu pai com voz de trovão e cara de poucos amigos.
Meu pai é jovem um quarentão com tudo em cima. Meus pais são divorciados, a muito tempo para ser sincera quase não lembro da minha mãe que nos abandonou para ir embora com um magnata petrolífero e me deixou com 4 anos de idade aos cuidados de meu pai e muitas babás, recentemente ele arrumou uma namorada e a trouxe para morar conosco, sempre fui a queridinha do papai sempre tive tudo que eu quis e toda sua atenção, aí essa vaca holandesa plastificada vem e quer tomar meu pai de mim e ainda por cima quer fazer a cabeça dele para me mandar para uma fazenda! Onde tem côco de animal pra tudo quanto é lado além de ter mosquito, sinceramente vou colocar cola no shampoo da siliconada.
-Paizinho querido estava em Ibiza com uns amigos, já que vou voltar as aulas da faculdade decidi me despedir dessa vida de balada, sabe como é né.- falo na esperança de enganar ele, para a mentira não ser mais grave cruzo os dedos pelas costas.
-Festinha? Tem certeza ? Porque pelo vídeo que tem seu no YouTube você estava dançando sob a mesa em umas das mais badaladas casas noturnas de lá filha, como me explica isso?.- esbraveja ganhando um tom de vermelho nada legal e saudável.
-Cachaça? - falo baixinho.
-OK, você conseguiu está de castigo sem mesada sem carro, sem poder sair de casa, apenas casa faculdade, faculdade casa estamos entendidos? - fala em um tom que deixa claro que não existe espaço para negociação.
-Sim Senhor falo de cabeça baixa, já querendo ir em direção ao meu quarto,mas quando chego a escada sou interrompida por ele me dando um abraço afetuoso.
-Sabe filha, você melhor que ninguém sabe que eu não queria fazer isso, mas você exagerou dessa vez, de uns tempos para cá você vem ficando rebelde demais,você quase matou seu velho de preocupação, prometa não fazer isso minha pequena bailarina? Sim? -Diz com uma mão no meu queixo levantando meu rosto para que eu pudesse olhar em seus olhos.
-Eu te amo minha pequena espoleta, agora vá descansar temos que conversar mais tarde.- fala me dando um beijo na testa.
Vou para o quarto tomo um banho relaxante, durmo um pouco acordo com gritos vindo da sala de baixo, levanto passo a mão nos cabelos atordoadas e vou pra escada quando vejo e escuto uma coisa que me deixa chocada.
-Jorge, quando vai contar para sua filha que casamos? Quando vai colocar moral nela? - Fala a plastificada.
Eu fico só observando o que meu pai vai falar.
-Cale-se minha filha, minha criação, dela cuido eu, eu saberei o momento certo não se meta.- fala sério.
É isso aí, papai 1 megera 0 chupa siliconada.
-Mas amor ela tem que saber e criar bons modos. - fala abraçando ele é ficando na ponta dos pés para beija-lo.
-Não se meta ja falei, eu sei o que é melhor pra ela.- dito isso a bruxa sai soltando fogo pelas ventas e eu desço a escada meu pai percebe que eu ouvi a conversa.
-Parabéns, papai pena que não tive como está aqui no seu casamento mas tenho o presente perfeito é um filme o nome é: Como treinar seu dragão. Garanto que lhe será bastante útil. - falo séria.
Meu pai tenta segurar um sorriso mas acaba falhando e gargalhando ruidosamente.
-Vamos jantar fora eu e você como não fazemos a muito tempo, o que acha? Assim conversaremos melhor- pergunta meu pai mudando de assunto.
-Claro vou me vestir já volto.
Ao passar pela porta do quarto do meu pai ouço uma conversa estranha
-Vou ter que dá um jeito de tirar a fedelha daqui, não aguento mais, estou convencendo Jorge a manda-la para a fazenda de um primo dele,assim teremos uma lua de mel digna de mim, além de não ter a maldita peste atrapalhando todos os meus planos.- diz a plastificada para alguém, deduzo que seja por telefone isso, mas agora com quem? Essa é a pergunta.
Corro me visto em tempo recorde, pego uma calça jeans simples e uma camiseta preta calço uma sapatilha, sem make penteio os cabelos que graças a genética da minha mãe é liso como o de uma índia e corro em direção a meu pai que me espera com um sorriso no rosto.
-Vamos? - fala ele estendendo a mão.
-Vamos e logo antes da silico.. Ops da Pâmela. - falo e ele me lança um olhar intimidador.
Vamos conversando amenidades no carro e quando chegamos no nosso lugar favorito em todo mundo, uma franquia subway que tem próximo de casa, pedimos nossos lanches eu como estou de dieta peço hj um de 30 cm.
-Filha o que você acha de passar uma temporada em uma fazenda? - fala meu pai me fazendo ver que a cobra já começou começou a destilar o seu veneno.
-Paizinho querido quem lhe deu essa brilhante ideia? -falo sarcasticamente.
-Foi a Pâmela filha ela acha assim como eu que você merece respirar um ar puro. - fala.
-Não sem chance esqueça. - falo já com raiva.
-Mocinha então se comporte porque senão você vai nem que seja a força.- fala olhando nos meus olhos.
Comemos calados e vamos embora do mesmo modo.
Subo tomo um banho desço pra beber água e encontro a coisa siliconada na cozinha.
-ooo tadinha ta de castigo? Que dó sua.- fala a criatura.
Finjo que não ouvi ela falando e volto para meu quarto bolando um plano

Na manhã seguinte eu já tenho tudo pronto para a minha surpresa ou melhor, o meu presente de casamento para a siliconada. Se aquela vaca pensa que vai me provocar e sair impune dessa está muito enganada.
- Ei lindo dia hoje. - Falo descendo para tomar café da manhã.
- Acordou animada. - Diz meu pai com um sorriso quando eu dou um beijo na testa dele.
- Na certa está aprontando uma. - Se mete a siliconada.
- Viu papai, como eu vou ser boa com uma pessoa que pensa assim de mim? - Pergunto fazendo beicinho, meu pai sempre cai nessa.
- Pare de sempre achar o pior da minha filha Pâmela. - Ele diz para ela.
- Tudo bem, eu tenho que sair. - Diz a vaca e sai da mesa dando um beijo na boca do meu pai.
- Querida aqui é a cozinha não o prostibulo de onde você saiu. - Lembro.
- Hora sua...
- Já chega. - Fala meu pai. - Vamos Pâmela, eu te dou uma carona.
Quando os dois saem Bah a empregada da minha família, uma mulher que cuidou de mim desde pequena entra e coloca meu copo de suco de laranja na mesa.
- Você menina, vai acabar entrando em encrenca com essas suas atitudes. - Fala ela passando a mão em meus cabelos.
- Posso até ir para a droga da fazenda, mas antes eu vou fazer da vida da Vaca siliconada um verdadeiro inferno. - Falo estreitando meus olhos. - E se meu pai me mandar mesmo para a fazenda, preciso que você fique de olho nas coisas por aqui. Alguma coisa me diz que Pâmela vai aprontar.
- Não se preocupe menina, eu vou ficar de olho e qualquer coisa eu te aviso. - Diz.
- Obrigado, agora deixa eu ir porque eu tenho algumas ligações para fazer. - Me levanto da mesa e ando para o andar de cima. No meu caminho escuto Bah gritando para mim.
- Senta e come primeiro. - Diz.
- Agora não dá. - Falo, contrariando meu estômago que se tivesse pernas já estaria na mesa.
Quando eu entro no meu quarto vou direto para o meu celular e começo a mandar mensagens para todos os meus contatos, quero que eles tragam até mesmo alguns mendigos para a festa que vou dar.
- Sua madrasta não vai gostar disso. - Fala meu melhor amigo.
- Quem disse que é para ela gostar? - Pergunto indo em direção à sacada do quarto dos meus pai com um bolo de roupa nas mãos.
- Seu pai vai surtar. - Diz.
- Ele sempre faz. - Falo e paro, olhando para a multidão de pessoas que está no meu quintal. - Aí cambada. - Grito. - Minha querida madrasta está se desapegado de uma roupas e queria saber se vocês querem?
- SIIIIIIM...- todos gritam animados.
- Tudo o que vocês pegarem é de vocês. - Falo e lanço roupas e mais roupas pela sacada.
As pessoas começam a pegar, desesperadas para conseguir o maior número de roupas. A última remessa de roupa são as que estão com etiquetas e quando eu as lanço pela sacada a minha madrasta chega e da um grito.
- MINHAS ROUPAAAAAS...- Ela começa a brigar com as pessoas, puxando em um cabo de guerra engraçado.
- Laura, dessa vez você passou de todos os limites. - Meu pai fala, em baixo da janela. - Você vai para a fazenda do seu tio.
Eu já esperava por isso, mas totalmente vale a pena ir para a fazenda depois de ver essa cena bizarra e engraçada da minha madrasta com os mendigos.
- Eu sinto muito por você amiga. - Fala a minha amiga que está ao meu lado.
- Não sinta, vai que eu encontro um cowboy gato por lá? - falo, mas sem esperanças.
- Ou você pode encontrar um gordo, velho e com palha entre os dentes. - Provoca.
- Vadia. - Falo.
Algumas horas depois de toda a bagunça, minha madrasta está sentada na sala soluçando. Meu pai anda de um lado para o outro, ele está nervoso e eu estou com medo de que ele acabe passando mal.
- Ela...D..Deu minhas roupas para mendigos. - Fala Pâmela entre soluços.
- Eu estava ajudando você a se desapegar dos bens materiais. - Me defendo.
- Laura, cale a boca. - Diz meu pai.
- Mas...
- Eu disse para calar a boca. - Repete.
- Sua filha é um monstro. - Diz Pâmela.
- Você também Pâmela. - Briga e a vaca fica com a boca aberta.
- Você comprou várias roupas hoje é ia precisar de lugar para por, Laura resolveu seu problema. - Diz e eu sorrio, até que ele olha para mim. - Mas sua ação foi ridícula e por esse motivo, você vai ir para a fazenda do seu tio amanhã de manhã. Arrume suas malas hoje e nem pense em falar nada.
Depois de dar uma bronca em nós duas meu pai sobe para o quarto dele e eu subo para meu. Quando abro a porta encontro Bah com os olhos vermelhos e arrumando minhas roupas em uma mala.
- Eu te avisei menina. - Diz Bah e eu vou abraçar ela.
Bah é o mais perto que eu tive de uma mãe e a única pessoa que eu permito me dizer o que fazer.
- Não fique assim. - Falo. - Eu vou mais eu volto.
- Essa mulher é uma vibora. - Diz.
- Eu sei e eu vou dar um jeito nela quando eu voltar.
Ah se vou, se aquela vaca pensa que vai sair ilesa dessa merda, está enganada.

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