Capítulo 2

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  Laura

Depois de entrar e me instalar, decido ir conhecer a fazenda, afinal já que estou aqui vamos lá.

Tomo um banho longo para lavar as frustrações de um dia e uma noite longas. Vasculho minhas malas e encontro um jeans justo uma blusa branca pólo e  umas botas de montaria, visto tudo e desço as escadas para encontrar meu tio e sair por aí explorar tudo.

Chego a cozinha encontro uma mesa farta com todas as guloseimas que meu tio sabe que eu amo.

-Tio não precisava e o senhor sabe disso. - falo quando vejo ele entrando na cozinha.

-  Claro que precisava minha pequena grande mulher. - fala me dando um Beijo na testa.

Nessa hora entra a cozinheira do meu tio uma senhora branquinha com um olhar doce que me conhece desde que eu era um pingo de gente Maria é um amor de pessoa.

-Oh, menina vejo que já desceu, fiz tudo que você gosta de comer, estava com saudades suas. -fala passando a mão no avental e me dando um abraço daqueles bem gostosos.

-Maria não precisava se incomodar, você sabe que eu amo sua comida.

-Vamos comer, menina aquela Bah não está lhe alimentando direito? Ora veja só, você tá muito magrinha só pele e osso. - Fala Maria me fazendo sorrir.

Depois de comer um pouco de cada coisa que tinha na mesa saio a pé sem destino, decido ir às baias dos cavalos, fico admirando um a um, acho lindo porém nunca montei em um na vida.

Ando mais um pouco e vejo atrás do celeiro provavelmente o mais lindo que vi na vida ele tem a pelagem branca e sedosa, enorme muito grande mesmo morro de medo dele, fico admirada, e como um imã me vejo atraída para cada vez mais perto.

-Se eu fosse você , não chegaria mais perto, tempestade ainda não aceita a aproximação de pessoas. - Fala uma voz próxima o suficiente para fazer eu me assustar e dar de cara com um peito sem camisa musculoso.

- Sou Jake, você deve ser a Barbie. - fala me fazendo olhar pra cima acabo por ficar sem falar e apenas aperto a mão que me foi estendida.

-Barbie é o caramba, meu nome é Laura, para você senhorita Laura, senhor brutamontes. - falo ofendida.

-Calma aí Barbie, não se irrita não você pode quebrar uma unha. - diz se achando o fodão

  - Eu não sou a barbie. - Falo com raiva e dou um passo para frente, tentando empurrar ele.

  - Mas me parece com uma, toda super produzida em uma fazenda. - Fala rindo, na minha tentativa de o empurrar minha bota acaba presa e eu vou com tudo para o chão.

   Caio em cima de um monte de cocô de cavalo e o cheiro é a pior coisa do mundo. O idiota se abaixa, para tentar me ajudar. Ele não consegue parar de dar risada e isso está me fazendo focar com mais raiva ainda. Quando estou me levantando eu pego um monte de cocô na minha mão e aproveitando que estou perto dele passo em seu peito.

  - Sua maluca, estou tentando te ajudar e você me faz isso? - Pergunta com raiva.

  - Isso foi por ter rido da minha cara. - Falo.

  - O que você espera que eu faça?  Caiu de cara na merda e eu tenho que ficar em silêncio? - Diz estreitando os olhos.

  - Isso foi péssimo. - Falo.

  - Péssima foi a idéia do seu tio, coitado pensa que pode mudar uma praga como você. - Diz. - Tenho dó dele.

  - Você não sabe nada sobre mim para falar essas coisas. - Cutuco o peito dele.
  - Tem certeza que não? Vai dizer que não é uma garota festeira e mimada que tem tudo o que quer e gosta de brincar com o sentimento dos outros? - Fala e eu fico congelada. - Não minta para você mesma.

  - Quem disse que estou mentindo? - Falo com as mãos no quadril. - Eu posso até ser tudo isso, mas não sabe nada sobre a minha vida os meus problemas.

  - Posso ter uma idéia do tipo de problemas seus. - Ele diz.

  - Pensa mesmo que só me importo com roupas e festas? Eu não penso assim e posso muito bem fazer o meu trabalho nessa fazenda.

  - Então prove. - Diz.

  - Eu vou, e você vai se arrepender por ter falado assim comigo.

  Passo por ele e vou direção a casa grande, se esse imbecil pensa que vou deixar ele falar dessa forma está enganado. Agora mais do que nunca eu vou esfregar a minha vitória na cara dele.

   Desculpe a demora com as postagens, as coisas estão bem corridas para nós.

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