Capítulo 3

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Jake

Quem aquela patricina pensa que é para me esfregar bosta de cavalo? Quando fui contratado e o tio dela me pediu para ajudar eu não esperava que a garota fosse uma peste.

   Mas cá entre nós, uma peste muito da gostosa. Só aqueles olhos e a boca cheia dela foram o suficiente para trazer meu pau a vida.

- Então vejo que encontrou com a minha sobrinha. - Fala o meu amigo e tio dela.

  - Jose, sua sobrinha está mais para o capeta encarnado do que uma garota com problemas. - Diz.

  - Ela passou por muita coisa, ainda nova a mãe a abandonou e então virou o centro das atenções do pai. - Explica. - Mesmo que o meu irmão seja um pouco ocupado com o trabalho.

  Começo a arrumar o Trovão, ele é um garanhão enorme, um campeão de equitação. Adoro animais e não penso em sair da fazenda nunca, ainda mais agora que meu pai quer que eu herde as terras da família.

  - Sua sobrinha sabe o que faz, ela não é uma criança. - Lembro. - A única razão para ela ser assim é o fato de vocês pegarem leve com ela.

  - No lugar dela eu também ia querer que pegassem leve comigo depois de ser renegada pela mãe em um aeroporto e a ver partir com a nova família e filhos. - Diz.

  Engulo em seco tudo o que ele disse, eu sinto uma pontada de simpatia pela garota mas prefiro me manter calado. Não quero arrumar brigas e nem ficar com dó da maluca.

   Com o cavalo pronto eu pego e o levo para dar uma volta, não sabia que tinha demorado tanto tempo lá dentro do estábulo, pois quando eu saio vejo Laura correndo atrás dos primos dela.

  - Vamos lá, quem chegar por último no lago vai ter que comer a salada do outro. - Fala e sai na frente das crianças.

  - Laura sua trapasseira. - As crianças saem atrás dela gritando.

   Dou risada com o que estou vendo, quando percebo o que estou fazendo fecho a cara e me viro para levar Trovão para seu passeio.

   Não posso cair por essa pequena mimada, tudo bem sentir tesão por ela mas cair no amor nunca.

Enquanto passeio pelas terras da fazenda fico olhando ao longe ela igual uma criança pulando com os primos no lago, sorrindo e brincando como se não houvesse o amanhã.

Continuo meu passeio, vou ao meu lugar favorito na fazenda, quase ninguém sabe da sua existência, é uma nascente um lugar escondido e em paz com muitos animais em volta um local onde me sinto conectado com a natureza e mais próximo de Deus e de mim mesmo.

Desço do trovão e solto meu companheiro pra pastar por ali sei que ele não vai muito longe, pois é acostumado a estar por ali comigo, vou até onde a nascente forma um caminho d'agua estreito, molho minha mãos e meu rosto começo a repensar em minha vida.


Flashback on

...
-Vamos Jake vai ser divertido. - Fala Vanessa uma menina que eu fico ocasionalmente.

-Não Vanessa, prefiro ficar aqui no bar estou dirigindo não quero beber. - Falo tirando a mão dela do meu braço.

-Deixa de ser careta, vai ser divertido, prometo te recompensar . - fala sugestivamente, fazendo meu pau inchar.

Vanessa é a típica patricinha, pais donos de haras filha caçula de dois irmãos herdeira de uma fortuna incalculável, inconsequente usa e abusa de todo tipo de entorpecentes.

-Vamos, Vanessa eu vou dirigindo. - falo cedendo mais uma vez aos seus caprichos.

Na ida à festa que os amigos dela estão dando foi tudo tranquilo sem o menor problema.

-Toma, bebe isso. - fala me entregando um copo com um líquido estranho.

-O que é isso? - Isso é uma mistura de bebidas que vai te deixar nos céus

-Hoje não Vanessa, e por favor não insista, o caminho é longo e perigoso  suficiente sem beber, imagina eu tendo bebido. -Falo sério olhando bem no fundo dos seus olhos.

A festa rola solta muita bebida muifa droga galera toda muito alta e eu sóbrio, estou com medo de até aceitar uma água medo de ter droga dentro.

Não sou um anjo e nem hipócrita para falar que não bebo e nem nunca usei drogas nem que seja para experimentar. Só que hoje não estou a fim, melhor me sentar lá fora e pegar um ar enquanto deixo Vanessa a vontade.

-Vamos? Está na hora. - falo para ela.

-Iiii ga...gatoooo o que voxe tem de lindo tem de chaato, maix vamox extaaaa na hora mexmo. - fala com uma voz embolada

-Xabe ( soluço) se eu morresse hoje, morreria felisi (soluço). - não dou muita importância para o que ela falou e pegamos a estrada olho de relance, vejo que ela dorme sem o cinto de segurança, vou parar depois da curva e coloca-lo. Mas de repente vejo dois faróis altos vindo em nossa direção, até que não vejo mais nada só sinto dor e escuridão.


Flashback off


Quando estávamos voltando um motorista de caminhão bêbado invadiu a contra mão e bateu de frente no nosso carro , enquanto eu fiquei em coma, Vanessa teve morte imediata, ela não usava o cinto de segurança.

Saio dos meus devaneios quando ouço um trovão a distância, não tinha percebido que fazia tanto tempo que eu estava aqui ironicamente dou um assovio e Trovão vem a meu encontro vamos conversando lado a lado vendo a tempestade que está se formando nos céus, o cinza  pintado no ceu é como um reflexo dos meus sentimentos


Então galera é isso, eu e minha beta, minha alfa e eu decidimos fazer uma brincadeira pra saber se vocês desconfiam ao menos quem seja uma de nós ou as duas.
Primeira dica....
Ambas somos autoras, não tão famosas mas autoras.

A Garota Da Cidade Onde histórias criam vida. Descubra agora