Ele ainda dormia tranquilamente na cama, enquanto ficava de pé o observando. Eu deveria sentir raiva, focar planejando coisas para atrapalhar o casamento dele, mas em vez disso eu ficava completamente relaxado. Mas em vez disso me lembrei do que ocorreu mais cedo... O vi parado no lago, completamente imóvel e indefeso contra aquele urso que iria devorá-lo (isto não é uma trocadilho para dizer que eu sou o urso em questão, tudo bem?), e corri para salvá-lo.
Sempre protegi os outros e fiz disto um ofício, ainda mais se tratando dele, desde o primeiro momento em que nos encontramos, onde o defenderia de tudo e todos. Mas ele decapitou um urso para me salvar e fez isso sem olhar para trás ou ficar com medo... Senti tanto orgulho! Louis era um bambino corajoso e extremamente heroico. Passei as costas da minha mão no rosto dele enquanto sorria comigo e por fim disse baixinho.
-- Louis... Amore mio acorda! - o balancei devagarinho.
-- Deixe-me dormir... Hummm... - ele resmungou baixo.
-- Amor anda! Temos que ir cedo... - disse deitando ao lado dele enchendo de beijinhos.
-- Não me amola ... - ele se virou do outro lado irritado colocando o braço no rosto.
-- Mas que fedelho manhoso é esse? - disse começando a fazer cócegas na cintura dele.
-- Hahahahaha pare Lorenzo! Está bem, eu estou acordado! - ele se postou de joelhos no colchão com as mãos pousadas no colo. - Detesto acordar cedo! Sempre tive vontade de matar esse galo maldito que insiste em cantar tão cedo. - ele grunhiu.
-- Ah mas foste tu que queria voltar para Florença não é? - falei coçando o meu queixo.
-- Sim, mas... Humpf... Carregai-me para o banheiro? Estou indisposto - ele riu colocando o dedo na boca de um jeito inocente.
-- Suba em minhas costas Vossa Alteza! - ri enquanto ele pulou nos meus ombros e segurei as pernas dele.
-- Ficaste fortão não é... - ele falou com a voz cheia de malícia enquanto passava a mão no meu peitoral.
-- Sim... E tu gostas não é seu pequeno devasso. - gargalhei rouco - Mas se bem que... Se ficares comigo vai ter tudo isso aqui pra tu.
Ele não falou nada, mas ainda me acariciava com os dedinhos descendo e subindo. Fui para o banheiro e pousei ele com cuidado no chão. Virei-me de costas e ele disse.
-- Ah... Mas aonde pensa que vai?! - ele falou.
-- Como? - perguntei.
-- Não irás tomar banho comigo oras? - ele perguntou olhando-me.
-- Humm... Queres que eu fique aqui contigo? - disse caminhando até ele envolvendo-o em um aperto.
-- Oui! - ele disse manhoso e amolecido, enquanto roçava o meu nariz no pescoço branquinho.
-- E quer que eu te aperte bem desse jeito dentro dessa água morna, enquanto eu entro dentro de tu, daquele jeito bruto que gostas? - falei descendo as minhas mãos pelas curvas das costas enquanto ainda o abraçava. - Quer que eu seja o teu homem aqui não é... O teu macho alfa, que te faz incandescer como fogo... - beijei o pescoço.
-- OUUUIIIIII!!! - ele quase pulou de alegria.
-- Pois vai ficar querendo. - falei o soltando.
-- COMO É QUE É? - batendo o pé no chão dando um chilique.
-- Exato. Está noivo... Tens que ser fiel a tua noiva que irás desposar. Por isso... - falei passando a mão no meu pau sorrindo com cinismo - Não irei mais te tocar.