New Orleans, 12 de março de 2011 às 00:21

30 3 0
                                    

New Orleans, 12 de março de 2011 às 00:21

Tivemos dias terríveis entre a quinta-feira e hoje a noite. Vou contar tudo o que aconteceu, para não esquecer e para deixar registrado, caso algo aconteça com a gente.

Na quinta-feira, dia 10, saimos novamente para procurar a balconista do restaurante. Batemos na porta, mas o restaurante estava fechado. Muito estranho, por ser perto da hora do almoço. Um segurança que estava lá dentro nos informou que estavam todos no enterro da balconista. Ela foi assassinada em frente ao cemitério. Foi estrangulada.

Ficamos chocadas. Resolvemos passar lá para ver o enterro da moça, e quem sabe conversar com mais alguém sobre o que aconteceu.

Quando chegamos lá, estavam há poucos minutos de colocar o caixão no mausoléu. Nesse instante, Renata me puxou de canto e disse que estava ouvindo a voz da balconista. Ela me disse que sabe quem a matou e quer que Renata a ajude a localizar a pessoa.

Logo que acabou o enterro, conversamos com o dono do estabelecimento e ele disse que de uns dias para cá a moça estava tendo surtos estranhos, e acha que ela estava se drogando e foi morta por dívida com drogas. Eu não acredito muito. Acho que hoje acredito mais na Renata do que no dono do restaurante

Na sexta-feira a noite acordei com um grito da Lívia. Corri até o quarto e vi Renata de pé ao lado da cama, com a mesma fisionomia assustadora de antes. Ela tremia, e arranhava a parede. Até que uma hora ela saiu correndo pela casa e começou a bater no guarda-roupa que colocamos na frente das frases que ela escreveu na parede. Tentamos segura-la. Ela me deu um tapa muito forte e agarrou Lívia pelo pescoço. Quase a matou, se não fosse a Sara bater com uma vassoura em suas pernas. Resolvemos amarrar a Renata até que ela voltasse ao normal.

Tudo ia bem, até que nessa madrugada Renata começou a falar com uma voz grossa e estranha. Disse que todas nós iamos morrer e que iriamos arder no inferno por toda a eternidade. Estamos muito assustadas

Renata ainda está amarrada. Pela manhã devo procurar um padre ou alguém para tirar isso dela. Não sei mais o que fazer.

Publicado por: Maria A. C.

O Diário de Maria Onde histórias criam vida. Descubra agora