Anormal

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Corríamos escada acima; não podia ver o início nem o final desta, mas sabia que eles estavam perto.
-Romeu!- O garoto já não conseguia correr, então o levei no colo.
Finalmente chegamos ao último andar, no qual todos estavam apreensivos.
-Vá! -Empurrei Romeu para dentro do auditório, mas ele se agarrou a mim. -Não tenha medo. Eu irei te proteger...
Ele me olhou confiante e marchou para dentro da sala.
Fiquei bem na frente das portas de vidro; tinha certeza que Romeu podia me ver tanto quanto todas as outras 20 crianças lá dentro. Eu estava pensando em coisas boas que fiz com aquele garoto - nossas idas ao bosque, à praça... quando ouvimos o estrondo. A pressão exercida contra os corpos fora do auditório fez órgãos e ossos ficarem esmigalhados, assim como as portas de vidro.
Pude sentir o sangue que tomava conta de meus pulmões, mas a visão turva me dava a certeza de que desmaiaria antes de morrer sufocada. Porém, eu lutava contra isso. Romeu precisava de mim e eu não conseguia nem respirar. Vi quando alguém saiu puxando o garoto pela escada e o levou para algum lugar; então, apaguei.
...
Acordei na minha cada. Estava suada, com dores e me sentia a pessoa mais impotente do mundo.

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2016 ⏰

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1001 noites de pesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora