Capítulo 4 - Sedução
Não havia cavalheirismo em Heitor quando se tratava de Clarisse Correa. Ao abrir a porta, entrou primeiro e afastou as cortinas.
A morena veio logo atrás, olhando no entorno; haviam móveis cobertos por lençóis brancos que os protegiam da poeira. Estavam, naquele momento, na casa que Heitor mencionara no mês anterior, quando se encontraram para marcarem a data do casamento civil.
Dias depois, ele resolveu levá-la até o local para que conhecesse. E também para averiguar se a casa não precisaria de uma reforma ou algo do gênero.
— É uma bela casa — Clarisse disse, enquanto Heitor puxava os lençóis para descobrir os móveis.
— Sim. Minha mãe adorava esse lugar. Tem um jardim magnífico lá trás.
Como resposta, ela apenas abriu um sorriso lacônico. Não havia entendido com exatidão por que Heitor a convidou para conhecer a casa em que morariam depois do casamento, mas resolveu não contestar e aceitou acompanhá-lo. Estranhamente, em sua presença, Heitor não estava mais tão estúpido ou irritado, ainda que continuasse levemente mal-educado. No entanto, suas grosserias e irritações haviam diminuído consideravelmente.
— Os quartos são no andar de cima. — Proferiu, já subindo as escadas.
Clarisse o seguiu, um pouco encantada com o lugar.
— Lembrando que iremos dormir em quartos separados — ele esclareceu, como se fosse necessário.
Clarisse nada respondeu, apenas revirou os olhos e continuou a segui-lo. Heitor chegou a um dos quartos. Os móveis daquele cômodo também eram protegidos por lençóis brancos. O quarto era grande para os padrões que Clarisse estava habituada; havia uma escrivaninha, guarda-roupa embutido, mesa para computador e uma poltrona.
— Você pode ficar com esse. Era do Daniel quando, ocasionalmente, vínhamos para cá com meus pais.
— Não acha indelicadeza da sua parte escolher por mim? — Ela indagou, os braços cruzados.
— Você está me forçando a me casar com você, vai morar na minha casa e sobreviver às custas do meu dinheiro. Você não tem direito de escolha, garota. — Heitor rebateu, ríspido, e a apressou a acompanhá-lo para que lhe mostrasse o restante da casa.
Heitor estava contando alguma história — talvez interessante — sobre os dias de sua infância que passara ali. Teve a impressão de tê-lo ouvido dizer algo sobre alguma peraltice dele e do irmão Daniel, mas estava dispersa demais observando o lugar — a grandeza e o requinte da casa — para se atentar a qualquer coisa que ele lhe contava. Só se deu conta quando Heitor, naturalmente, soltou uma risada, enquanto ainda relatava:
—... o Daniel apanhou mais do que eu. Ele foi estúpido em me dar cobertura. Papai ficou furioso... — Heitor desenhou um sorriso encantador nos lábios.
Clarisse teria perdido a firmeza nas pernas se fosse em outra época.
Perdida na conversa, ela apenas ofereceu um sorriso e balançou a cabeça em negação, rindo um pouco:
— Vocês moleques... — e sua declaração pareceu o suficiente.
Heitor chegou ao segundo quarto, três ou quatro portas depois do anterior. E era três vezes maior que o primeiro.
— E esse aqui... — enunciou com jocosidade e orgulho — vai ser o meu quarto.
— Você tem uma suíte presidencial?
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Contrato de Casamento 2 - O spin-off de Heitor Müller (REPOSTAGEM)
RomanceATENÇÃO! Essa história já foi postada na íntegra, retirada para ir a Amazon, e agora será repostada novamente, a pedido dos leitores. Atualizações aconteceram todo domingo. Após o último capítulo, a história ficará na plataforma somente mais 48 hora...