Elizabeth é uma Winslet, a filha perfeita na família perfeita. Quantos segredos são possíveis manter sem manchar o nome da família? Mentiras por trás dos sorrisos, dor por trás das mentiras. Até quando ela pode suportar a pressão da perfeição?
Dezes...
Eu acho que nunca contei como me apaixonei pelo meu irmão. Bem...vou contar.
Eu tinha 9 anos...era aniversário dele.
Estávamos todos em um quarto cheio de brinquedos e sujo de brigadeiro. Eu, Taylor, Alisson e alguns amigos dele, brincávamos de verdade ou desafio.
Depois de algumas jogadas era vez da minha irmã me perguntar.
Alisson:- Verdade ou desafio? - seu sorriso era...de uma forma meio...maliciosa. E eu sabia o que ela iria me perguntar se eu escolhesse verdade. Afinal, ela era minha única amiga, por isso, eu contei que eu achava nosso irmão...bonitinho.
Beth:- Desafio!
Alisson:- Te desafio a...dar uma beijo no...- ela olhou para todos da sala e parou o olhar, malicioso, em Taylor. Eu sabia o que ela iria dizer. - TAYLOR! - a voz dela estava elevada.
Beth:- Está bom. - Taylor sorriu.
Eu inocente, dei um beijo na bochecha dele. Eu percebi seu leve sorriso. Todos começaram a rir.
Alisson:- Aah, qual é Eliza! É um bei...- quando percebeu que sua voz estava alterada, começou a sussurrar - beijo na boca.
Todos olharam para mim. Eu? Eu direcionei meu olhar para meu irmão, que no mesmo instante sorriu.
Ali:- O que acha disso Taylor?
Taylor:- Por mim... ela pode fazer isso.
Nesse instante eu me senti tão... tão criança. Ok, eu era uma criança, isso é óbvio,mas... eu me senti mais ingênua, como se eu fosse a única inocente dali. Um sentimento de raiva me invadiu, eu não queria ser a covarde que não pode dar um beijinho em uma brincadeira.
Eu fiz...sim, eu fiz...no instante eu não consegui pensar em nada além de deixar minha irmã chocada, e eu consegui, com o fato de eu fazer aquilo.
Eu o beijei, acho que durou uns... 5 segundos. Nada de língua no meio, foi só um...sei lá...beijinho de criança.
Foi nesse momento em que eu comecei a prestar atenção em Taylor.
Fiquei focada nele, tudo o que ele fazia, o que ele comia, o que gostava.
Me apaixonei pelo meu irmão.
5 anos depois, estávamos conversando sobre assuntos aleatórios e ele comentou sobre aquele dia.
Taylor:- Como foi perder o BV com uma pessoa tão maravilhosa como eu?
Beth:- Eu que te pergunto. Como foi para você perder o BV com uma rainha como eu? - eu disse sorrindo.
Ambos rimos.
Taylor:- Quem disse que eu nunca tinha beijado ninguém antes?
Beth:- Você é tão engraçado. Todo mundo sabe que você NUNCA tinha beijado ninguém.
Caímos na gargalhada.
Taylor:- Está bem...foi... até que não foi tão ruim.- quando isso foi dito eu fiz uma careta. - Estou brincando. Foi bom. E você, o que achou?
Beth:- É, sei lá, para mim também. Mas... por que desenterrar isso agora?
Taylor:- Ah, sei lá, só... lembrei disso.
Ficamos nos encarando em silêncio por um tempo. Digamos que a cena foi bem clichê. Nós aproximamos e... aconteceu. Nos beijamos, no jardim, ninguém podia saber.
Dessa vez foi um beijo de verdade. Eu amei a sensação. Me senti amada. Por quê? Vou contar.
Beth:- Se alguém nos ver, nos matam.
Taylor:- Eu sei, por isso é mais legal. Então...eu...acho que gosto de você.
Beth:- Então temos uma coisa em comum.
Taylor:- Sério?
Beth:- É, eu também gosto de mim.-disse rindo.
Taylor:- Você é muito convencida sabia.
Beth:- Uhum. Mas é sério, você tem um ótimo gosto. Não me surpreende o fato de você gostar de mim, afinal, todo mundo me A.M.A!
Taylor:- Falando sério, eu realmente gosto de você.
Beth:- É...melhor a gente entrar em casa, está esfriando.
Levantamos e no meio do caminho quebrei o silêncio.
Beth:- Gosto de você também. De verdade.
Ele sorriu.
Foi assim que começamos a nos encontrar em lugares escondidos para ficarmos juntos. Não como irmãos.
Meio clichê, eu sei.
Um mês depois ele me pediu em namoro. Eu aceitei, lógico. Foi assim que eu deixei de ser apaixonada por ele e comecei a amá-lo.
Se apaixonar é querer ficar com a pessoa e não enxergar seus defeitos. Amar... amar é querer ficar com a pessoa mesmo sabendo dos seus defeitos.
Amar era diferente. Um sentimento tão...feliz.
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Meu coração acelerava cada vez que eu o via, que eu pensava nele, que alguém falava dele.
Amo esse sentimento... Me traz paz. Conforto. Alegria. Esse sentimento se chama amor.
