Capitulo 2

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Não conseguia responder, o medo tomava conta de mim, sentia as minhas pernas bandas como nunca tinha sentido antes, podia jurar que por mais alguns minutos eu desmaiaria ali mesmo
- HEIN?! EU TE FIZ UMA PERGUNTA- o mesmo continuou só que dessa vez com um tom mais alto e rude
- abaixe a arma, não vê que assim você só a assusta? - outro deles respondeu, de canto de olho reparei que com muita dificuldade ele estava sendo carregado por dois colegas, pressionando sua mão contra seu estômago, curvo de tanta dor. O mesmo abaixou sua arma guardando entre a calça e a cueca, mais calmo ele perguntou mais uma vez
- você é médica? - sua pele branca se destacava em meio ao sangue que escorria de seu rosto, pude perceber a aceleração de sua respiração e a adrenalina que ainda dominava o seu corpo
- sim, tragam ele para cá - respondi abrindo uma das sala de emergência, lavando minhas mãos e rapidamente colocando luvas descartáveis enquanto eles ajudavam aquele com ferimento no estômago a se deitar na maca 
- eu vou ajudar o amigo de vocês mas para isso vocês precisam esperar lá fora - pedi licença para todos eles enquanto aquele mais estressado dizia rapidamente ao seu amigo
- tranquilidade chefe, tranquilidade - fechei a porta e voltei a preparar os remédios e utensílios que eu iria utilizar, ele observava cada passo que eu dava, ele era forte e mesmo soando frio parecia acreditar no melhor que pode acontecer
- p-perdoe o Marquinhos- agora eu já sabia o nome do cara que parecia ser o seu ombro direito. -ele só está com os sentimentos à flor da pele - ele continuou dessa vez com a voz trêmula, os seus olhos estavam fechados e sua cabeça pressionava forte a maca em que ele se deitava
- está tudo bem - coloquei a mascara - esse é um remédio para você não sentir dor durante a operação, está tudo bem, daqui a algumas horas você já vai estar descansando

Crimes capitais - entre o amor e a guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora