O que pesa mais? Meu ego ou um hobbit?

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Antes que eu pudesse pensar qualquer outra coisa, eu cai no sono, não sei por quanto tempo eu dormi, mas sei que não passaram mais que trinta minutos, eu não me sentia descansado, até mais cansado, dormi com um turbilhão de pensamentos, isso acaba com a cabeça, com alguns sonhos estranhos, lembranças da maldita noite que passamos no hospital, mas acabo me deixando esquecer, vou até a cozinha comer alguma coisa, por que descobri da pior maneira possível que não se come em baladas, nada como um ótimo sanduiche de pasta de amendoim e geleia, nutritivo e fácil, como uns três logo de uma vez para saciar, termino meu ultimo sanduiche, corro para me arrumar, vou para casa da Ana, nós dois íamos juntos, e encontraríamos os outros lá

- Olá Hobbit, ainda tá brava?

- Não enche avatar, você me deve um subway.

- Claro, me deixe ver na minha agenda, posso te pagar no dia depois de amanha do ano que não vem.

- Continua com essas gracinhas minha mão vai se divertir.

- Quem é o cara que tá dando em cima de você, e que vai inaugurar o bar?

- Não tenho certeza do nome dele, ele é loiro, usa sempre terno e é muito gato.

- Um cara adulto e loiro? Que legal quase não encontro desses. - disse em um tom um pouco convencido.

- Alguem me ajuda aqui, por que sozinha não vou conseguir carregar esse seu ego.

- Ah gata não se preocupa, carrego meu ego e você, um em cada ombro tranquilamente.

- Então tá, vamos lá. - Ana veio para perto de mim e começou a se apoiar no meu ombro.

- WOW! Eu não sei se essa é uma boa ideia, meu ego pode ser extremamente pesado as vezes.

- Calado servo, leve sua rainha até o bar. - tais palavras foram ditas com um ar superior - E evite arvores, fiz meu cabelo hoje, vamos lá servo, ande.

- Você sabe que depois disso, não devo mais nada né? Então tá, vou carregar a senhora princesa Léia.

- Oh nobre cavaleiro jedi, me leve até esse magnifico bar.

Então ambos caímos em risadas e corri com ela em meus ombros, se isso acontecesse a um tempo atrás talvez eu estivesse com meu coração acelerado e ate com falta de ar, eu sempre tive uma queda por ela, desde que eu a via na escola, eu era um pouco tímido até uma certa idade, mas com o tempo fui mudando, começando a andar com o Will e vendo com que facilidade ele fazia aquilo e tudo mais, ambos ficamos interessados na Ana, mas por sorte eu disse é minha primeiro, isso é algo muito respeitado no Bro Code (falo dele mais tarde) comecei a me aproximar da Ana, saímos junto com o grupo dela, dois caras, Rachel e Ana, nós eramos muito próximos sempre que ela me via corria e me abraçava muito forte, mas quando fui tentar algo a mais fui barrado, ela simplesmente recusou e disse que não teria condições de fazer aquilo, ela não se imaginava tendo um relacionamento amoroso comigo, sugeriu que fossemos amigos ou nada, acabei aceitando mesmo não sendo de bom grado, lembro que tomei muito achocolato aquela noite, com café, e não conseguia parar de pensar nela, e então Will me contou que tava saindo com a Rachel, aquilo me deixou dividido eu estava feliz pelo meu amigo, mas ao mesmo tempo triste por mim mesmo, minha incapacidade, ele notou isso, e claro eu já tinha contado isso e graças a isso ele parou de sair com a Rachel, ele dispensou a numero um da escola para poder me apoiar acabei que superei aquilo tudo, suprimi em uma área inacessível do meu subconsciente , agora eu a vejo como irmã, mas matar um sentimento nunca é fácil, ele se aloja em você como uma raiz na terra e quanto mais você alimenta ele, mais forte ele vai ficando e no final a única coisa que se pode fazer é arrancar pela raiz, tirar tudo de uma vez, se sobrar qualquer semente daquele sentimento ele pode ressurgir com a mínimo de esperança, por isso o amor e a guerra caminham juntos, os dois mataram a humanidade, claro que a guerra não trouxe qualquer beneficio para nós, já o amor, alguns casos o amor floresce e torna-se uma linda flor que se alimentada direito pode ser tornar um jardim muito belo, o amor é complicado, eu mesmo não me dei tão bem com ele.

- Leo posso perguntar uma coisa?

- Claro Ana.

- Voce acha que vai ficar tudo bem com o Nico?

- Não sei, mas eu espero que sim adoro ele, não conseguiria suportar ver meu amigo morto por causa de tradições centenárias imbecis e um trio de preconceituosos com masculinidade frágil.

- Eu não quero que ele se machuque mais - ela parecia querer chorar, mas se segurou - ele já perdeu o Eric, eles se amavam, Leo e foram separados.

Desci-a dos meus ombros e a abracei.

- Não se preocupe Ana, Will e eu não vamos deixar nada de ruim acontecer com ele, tem nossa palavra, agora precisamos ir senão vão pensar que nos perdemos - Disse tentando me segurar mais acabei caindo na gargalhada.

- A pessoa se perde uma vez para ir em uma festa a dois anos atrás e vocês ficam relembrando isso sempre que podem, vocês são um bando de imbecis.

- Imbecis que você adora né anã, entendeu, anã? - Continuei gargalhando e ela cada vez mais brava.

- Hahahahahaha, muito engraçado palhaço, vamos logo - Ela seguiu em frente sozinha, com os braços cruzados e uma cara de poucos amigos, corri e alcancei-a.

O Que Fazer Antes de se ApaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora