Se você tocar no meu amigo de novo eu vou cegar você.

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E então a pessoa que todos esquecemos que estava ali se manifestou, Dany, eu encostei-me à parede do bar e esperei para saber como aquilo iria se desenrolar.

- Espera ai, Eric, esse garoto, vocês? Não! Como você nunca me contou o acidente de moto, realmente aconteceu? – A voz dela era um misto de raiva e desapontamento.

- Isso Eric, conta pra sua namorada, como foi seu "acidente de moto". – Eu tinha a impressão que Nico não queria fazer aquilo, mas era inevitável, ele precisava desse momento.

Eric não tentou se defender nem nada ele ficou lá parado, ele estava ficando impaciente, imagino que ele carregava um rancor, eu não sei muito bem como explicar isso, mas ele também ama ou amava o Nico, mas aquela situação deve ter sido demais para ele, mas mesmo assim o que ele fez a seguir não é nem um pouco justificável.

- Escuta aqui seu viadinho, eu não gosto de você, aquilo foi uma fase, eu gosto de garotas, então que tal você ir procurar o que fazer? Não tem que sentar no colo de alguém não? – Eu não acreditava no que eu estava ouvindo, aquilo não iria acabar bem, mas se tentasse levar Nico embora dali, aquilo nunca seria resolvido.

- Claro você fala que gosta de mulheres agora, mas quando estávamos nós dois sozinhos a sua conversa era outra, e outra sou "viadinho" mesmo e gosto muito, você não passa de um bosta, a escória da sociedade, tem vergonha de si mesmo, deixa a sociedade te influenciar se baseando no que eles irão pensar, tenho nojo de você. – Nico fez tudo que eu menos esperava cuspiu com tudo no Eric.

O que veio a seguir foi algo rápido e diferente, eu não sou um cara brigão, mas sei me defender.

- Voce vai ver quem é a escória. – Falando isso Eric, partiu para cima de Nico e começou a soca-lo, Nico não queria machucar ele, apenas o deixou e se defendeu, mas ele intencionalmente acertou-o no estomago o derrubando, não fiquei parado.

- Hey, desgraçado, aqui. – Assim que ele se virou, soquei seu olho e seu nariz um com cada um dos punhos, ele caiu para trás, assustado, provavelmente, algumas lembranças voltaram, ajudei Nico a se levantar. – Se você tocar no meu amigo de novo eu vou cegar você.

Dany se abaixou e foi tentar ajudar, ele estava com o olho inchado e seu nariz sangrava, ela o ajudou a se levantar, eles se levantaram e foram correndo para o outro lado da rua, dali seguiram embora para o centro.

- Wow o que aconteceu aqui? Por que o Eric tá correndo com o nariz sangrando e o olho inchado? Nico você bateu nele? E vadias contemplem o vencedor de mais uma batalha de dança, isso não sai tão bem quanto eu imaginei – Will estava com um grande sorriso rosto, coisa não muito comum.

- Nós saímos por dez minutos e vocês já sai na mão com o ex do Nico, espanta a namorada dele e ainda machuca a mão. – Com o rosto ele aponta para minha mão, que graças a adrenalina eu não havia percebido que ela estava muito inchada.

- Ah isso não é nada, não se preocupe agora Will me conta sobre essa batalha de dança, cara, você escolheu uma boa musica, mas mesmo assim achei-a arriscada.

- Que isso, "Counting Stars" é fácil demais, além de que eu já sabia que ele iria escolher aquela musica, ele achou que sendo uma musica mais fácil iria dar uma surra em mim, vocês querem saber dos detalhes? – Will olhava direto para mim e Nico.

- Talvez outra hora. – Nico disse e ambos concordamos.

- Nossa você o humilhou e ainda pegou a libanesa, que noite para você Will. – Nico tentava soar feliz, mas sua voz soava mais como uma coisa amarga, ele provavelmente tinha seguido em frente o que diz respeito ao Eric.

- Bom nem preciso perguntar sobre o que houve aqui né? Pela sua mão já imagino que você brigou com o Eric – Ana exalava ironia.

- Não acho que posso chamar aquilo de briga, geralmente em uma briga as duas pessoas batem, mas não foi bem isso que aconteceu. – Olhei para o relógio já marcava mais de uma da manhã, estávamos em um beco, atrás de um bar, fugindo de caras que podem ainda estar no bar – Aonde vamos agora? Não sei se é seguro voltar para o bar, podemos dar de cara com eles ainda.

Não sei o que houve àquela hora, talvez ver todos nós ali, bem e reunidos tenha me deixado aliviado, eu sentei no chão e comecei a rir, não um riso forçado, um riso leve e descontraído.

- Do que você esta rindo idiota? Estamos fugindo de projetos de neo-nazistas e você senta no chão atrás de um beco, nada higiênico, higia se mataria agora se ela não fosse imortal, mas qual a graça? – Ana se ajeitou e sentou-se ao meu lado, os outros deram de ombros e simplesmente fizeram a mesma coisa.

- Estava lembrando sobre a vez que quase fomos ao México, graças a mesquinharia do Nico.

-Hey – Nico interviu. - Eu não sou mesquinho, apenas não acho normal águas custarem quatro dólares cada, se formos ao andy's tomamos de graça.

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