Prólogo

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Me lembro de ler um livro do Oscar Wilde publicado no final dos anos oitocentos. Eu era um menino normal na oitava série que odiava ler. Me lembro procurar pelas páginas do livro algo que me fizesse começar a gostar de literatura.

Estava quase desistindo quando algo chamou minha atenção. Era a parte do livro em que Wilde explicava a definição de arte para ele. Para ele, arte é a forma mais intensa de individualismo que o mundo já conheceu. Alguns anos para cá, li um artigo que falava o que Thomas Merton escreveu em seu livro. Nele, dizia que a arte nos capacita a nos achar e perder ao mesmo tempo.

A verdade é que não importa. Arte é algo diferente pra todo mundo. Para alguns, arte pode ser quadros expostos em paredes de museus e galerias e para outros, uma forma de se expressar.

A arte forma obras que não precisam ter um formato ou cor exata, e sim um significado. Arte pode ser a essência de tudo que tira o fôlego dos seres humanos ou simplesmente, algo que lembre uma calmaria no meio dos pandemônios que nos cercam.

Mas mesmo com toda sua intensidade e com sua essência tragicamente tranquila, ela pode passar despercebida por nós. De vez em quando, você conhece pessoas fascinantes. Pessoas que tiram o seu fôlego. Pessoas que nos fazem sentir que a vida é feita pra ser vivida. Pessoas que são uma mistura linda de harmonia e caos e meu Deus, Stephanie Olsen é esse tipo de pessoa.

Ela é uma obra de arte tão excepcional que chega a ser assombrador. Ela é o tipo de pessoa com que você poderia se sentar, conversar por horas e nunca se cansar. Ela é o tipo de fascinante no qual você encontra se perguntando se cada átomo que compõe o corpo dela uma dia já fez parte de estrelas, galáxias e planetas. Ela pode te cativar em todos os sentidos.

Ela é linda pelo o que ela diz e por quem ela é. Ela é indomável e meu Deus, como ela gosta de fazer isso claro para todos. Ela é intrigante na forma como o mar lava a praia, na forma como os autores e poetas escrevem e na forma que o vento dança no cabelo. Ela é arte e eu sinto que essa é a única coisa na qual eu vou ter certeza absoluta por toda minha vida.

Esporadicamente, você se encontra rodeado por um tipo de arte que é muito inexplicavelmente proeminente para ser exposta em simples galerias ou museus e as vezes você demora muito tempo pra perceber isso. Então, ela desliza dos seu dedos e você só percebe o valor daquilo que tinha depois que já não é mais seu.

Então você percebe que ela era a coisa mais próxima que você poderia chamar de lar e você se pergunta todas as noites como diabos você conseguiu ser tão fatidicamente imbecil ao conseguir perder a única motivação que você tinha para acordar de manhã.

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