CAPÍTULO VINTE E NOVE

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No aeroporto, quase choro, quando veria eles de novo. Quando eles entram no portão de embarque abraço Rafael com toda a minha força possível.
Voltamos de Uber, mas parecia que eu estava num velório.
Percebendo que eu estava triste, ele segurou minha mão até que chegássemos em minha casa.
-Quem morreu?- ele me pergunta tentando desfazer o silêncio.
-Eu não sei, essa semana foi tão tumultuada e louca e... Felipe e Gabs estavam aqui. E acabei me acostumando.

Conversamos um pouco, até que durmo.
Acordo 6:30. Rafael vai embora 8:40.
Ele já está acordado.
Chegamos no aeroporto encima da hora. Começo a chorar desesperadamente. Ele me beija, eu não quero que aquilo nunca acabe. Beijo ele de novo, até que o voo dele começou a ser chamado.
-Tchau.- digo entre lágrimas.
-Tchau.
Ele me abraça pela última vez e vai embora, sem olhar para trás.
Fico lá, chorando como uma criança.
O dia se passou e eu fiquei em casa, me sentindo mal, chorando o dia inteiro. Não dava tempo de dizer o que sinto mais, como foi rápido. Eu preciso que ele esteja ao meu lado.

Não entendo o que eu sinto por ele, mas agora é uma enorme vontade de estar com ele.

Não parava de pensar nele, o que gerava choro e desespero.
Pelo resto da semana não gravei, não saí de casa, não comi, não dormi.

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