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CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

Eram quase cinco da manhã e eu quase não conseguia mais piscar, de tão inchados meus olhos.
O toque do telefone não parou, até que eu enxergo:
FELIPE

Atendo sem hesitar:

FELPS: O que aconteceu com você?

Pensando nas melhores palavras, desabo no choro e não consigo falar.
FELPS: Me fala onde você está que estou indo até aí agora.

Desligo o telefone e mando uma mensagem, dizendo o meu endereço.

*VISÃO RAFAEL*

Não conseguia pensar como ela estaria se sentindo. Fui um completo idiota de ter dado atenção para aquela garota.

*FLASHBACK ON*

Estava olhando para o desembarque como um louco. Meu coração se enchendo de esperanças.

-Oi gato!- uma garota me chama.
Hesito e olho para trás para ver se haviam me chamado.
Ela se inclina e me da um selinho, me abraçando, fazendo que eu não conseguisse sair. Ela esticava a língua, mas eu não cedia e fechava a boca com força. Depois de alguns segundos vejo, de relance um vulto correndo, com a mão na cara.
Empurro aquela menina que me beijava para longe e corro atrás do vulto.
Era ela.
Eu gelei,  e não consegui mais me mover.

*FLASHBACK OFF*

*VISÃO LETÍCIA*

Meia hora depois Felipe chega e me abraça com força.
Me preparei mentalmente para esse momento, mas o plano não funcionou, desabei em lágrimas de novo.

Uns minutos depois, quando consegui parar o choro e comecei a contar a história para ele:
-Eu estava vindo para cá, no aeroporto, quando eu olhei para fora, ele estava beijando uma garota. Não sei se era selinho ou beijo mas...- uma lágrima desce quente.

-Eu não acredito que ele fez isso.
-Eu também não acreditava.-respondo.
-Não nesse sentido... Eu acho que ele não fez isso. Ele não tem culpa.
-Como assim ele não tem culpa?Então se eu te pegar neste exato momento eu não tenho culpa?!- aumento o tom de voz.
-MAS EU ACHO QUE ELE NÃO BEIJOU ELA.
-Me põe num hospício então porque eu estou ficando maluca!
-Deixa de romancezinho! Vocês não estavam namorando mesmo.

Algumas lágrimas caem.

-Olha... eu não quis dizer isso.- ele vai se arrependendo.
Mas no momento em que ele disse isso eu já havia empurrado ele para fora e batido a porta na cara dele.