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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

4 meses depois...

Minha casa já estava toda empacotada. Estava saindo de casa quando alguém que eu não havia notícias me liga:
•LIGAÇÃO ON•
XXXXXX: Precisamos conversar.

Na hora meu coração gela, começo a suar.
EU: R- r- rafael?
RAFAEL: Eu mesmo.
EU: Porque precisamos conversar?
RAFAEL: Porque sim. Mas tem de ser pessoalmente.
EU: Eu estou me mudando agora Rafael.
RAFAEL: São Paulo?
EU: Sim.
RAFAEL: Moro aqui há 2 meses.
EU: Você vai ter de me aguentar todos os dias da sua vida.
RAFAEL: É uma das coisas que eu mais quero.
•LIGAÇÃO OFF•

Fiquei lembrando daquelas palavras pelo resto da viagem. Pisando em São Paulo, meu coração batia mais forte, meus olhos decoravam o ambiente e vejo algo inesperado.

Duas lágrimas descem pelo meu rosto. Elas molham minha face numa velocidade absurdamente lenta igual todo o resto dos fatos.

Eram segundos, mas pareceram horas.
Fico parada, depois corro. Sem olhar para trás, chamo o primeiro táxi que estava na porta e disse meu novo endereço.
Chorava e chorava mais. Chegando em casa, me debruço sobre o colchão que me esperava. Fiquei o que pareceram semanas olhando para o teto e chorando. Não conseguia parar de pensar naquilo. Por mais que eu tentava esquecê-lo nos últimos meses, eu chorava uma lágrima. Não houve um dia em que eu não pensasse nele, ele era meu chão, minha motivação, meu objetivo, meu amor. E ele jogou fora.
Começo a chorar mais desesperadamente ainda. Comecei a falar sozinha, xingar, socar as coisas.
Aquela cena estava me deixando louca e depressiva. Meus olhos, já inchados, mas eu não parava de chorar nem sequer um minuto.
Meu telefone tocava, mas eu não atendia. Estava escutando aquele toque e me lembrando de não confiar meus sentimentos à ninguém. Me senti estúpida, tola.
Ele não merece o amor de ninguém.

Ele estava beijou outra garota no aeroporto.