CAPÍTULO TRINTA E SEIS

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GENTE SOU EU, CELLBOLITA. ESSE CAPÍTULO FOI ESCRITO COM AS SEGUINTES MÚSICAS:
Escute, se possível
-Tribalistas: Velha infância
-Whitney Houston: Will always love you

VELHA INFÂNCIA

Parte de mim não o perdoou, mas eu podia viver com isso.
Estava me sentindo mais leve e com menos vontade de chorar.

Começou a crescer em mim uma vontade enorme de ver aquela pessoa que me fez rir e chorar.

Tomo um banho, para melhorar minha cara de quem morreu e sobreviveu magicamente.
Dessa vez, passei bastante maquiagem para esconder as olheiras e coloquei um vestido florido.

Estava tão ansiosa que não peguei o elevador. Fui deslizando pela escada de tal leveza que eu estava me sentindo.
As palavras foram poucas, mas tocantes. Não queria ter dito só um eu te amo, eu queria ter dito para sempre.
Saio do prédio, respirando fundo e desejando que ele estivesse ali.

WILL ALWAYS LOVE YOU

Sinto uma mão tocar a minha cintura. Acho que eu pensei fundo demais.
Então me viro e vejo dois olhos azuis, me encarando com um sorriso.
Ocorreu como em um filme. Ele se aproximou e eu me aproximei, nossos lábios se tocaram.
Depois de meses separados, nosso coração permaneceu junto.

Foi um beijo incrível, senti algo que eu jamais senti quando beijei alguém, amor.
Eu queria passar o resto da minha vida ali, ao lado dele.

Quando nosso fôlego não nos permite mais continuar, digo:
-Oi!
Ele ri um pouco.

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