7ºCapitulo

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Então, é assim? Vou ficar quieta no sofá porque o Harry manda? Só se fosse estúpida. Ele tinha sido terrivelmente querido e frio ao cuidar de mim. Ele é um enigma completo, não quer que eu saia mas não quer estar comigo. Será que tenho alguma espécie de segunda cabeça que o impede de estar comigo? Oh senhor, amanha começam as aulas e quero mesmo ir dar uma volta pelo campus. Pelo que vi quando cheguei aqui deve demorar uns 30 minutos só para chegar de um lado ao outro do campus.

O Harry saio e disse-me para descansar, pois a porcaria que me meteram na bebida era forte como tudo, mas não me apetece de todo ficar aqui parada.

Já estou vestida e não me parece que o Harry se tenha dado ao trabalho de voltar a brinca comigo ao esconde as chaves.

Tal como previ as chaves estão no chaveiro atras da porta, e a única coisa que tenho de fazer é pega-las e vestir um casaco.

Quando desço as escadas um homem com trinta e poucos anos está atras de uma pequena secretária. Pelo que entendo cada prédio de dormitórios ou de apartamentos tem uma espécie de porteiro, que também funciona como psicólogo quando colegas de quarto ou apartamento não se entendem. Devia arrastar o Harry até uma destas consultas, mas só o conheço á um dia. No entanto parece que já é uma semana.

Digo bom dia ao homem e verifico o meu telemóvel, tenho uma chamada não atendida da Kate, a Kate é a minha melhor amiga desde o primeiro dia no jardim-de-infância. Ela conhece-me tao bem quanto a minha mãe ou o meu pai, mas ela é sempre ela. Penso em ligar-lhe agora mas estou cansada e doí-me um pouco a cabeça e estou certa que zumbido da voz da Kate pelo telemóvel vai apenas fazer com que aumente.

Depois de dar andar pelo menos 4 vezes as voltas percebo que a minha melhor alternativa é ir até a um café e pedir um sumo de laranja. O Campus é tao grande como eu esperava que fosse e andar as voltas por ele esgotou-me muitas das minha energias.

Paro num café que está a distância de uma passadeira do campus e entro. O nome parece nomear exatamente o que quero "Joice coffe" eu quero mesmo um sumo.

O café está claramente cheio o que me faz questionar as minha intenções de lá entrar, mas aminha sede por uma sumo fala mais alto e aventuro para o espaço lotado.

Não há qualquer mesa vazia quando entro, pelo que me fico pelos bancos altos do balcão. Uma jovem com um grande cabelo loiro aproxima-se do balcão mas ignora-me. Estou certa que não o fez por mal, no lugar dela ignoraria ainda mais pessoas. Ela parece uma barata tonta e o facto de estarem uns 15 braços no ar a chamar por ela não deve ajudar.

Um sino em que não reparei quando entrei toca quando a porta se abre e um lindo rapaz de cabelo preto e olhos cinzentos entra. O rapaz que acabou de entrar parece ser a única coisa que tira a rapariga loira do transe. Ela parece suspirar de alívio quando o vê.

- Dean aleluia.- Ela suspira quando ele se aproxima.

-desculpa Tiffany. – Ele sorri-lhe e ela parece desfalecer. Ele tem um lindo sorriso torto... como o do Harry. Oh senhor agora tudo me faz lembrar ele?

-Preciso de ajuda, esquece o avental e começa a atender clientes.- Ela dispara ordens como a controladora suprema e ele abana a cabeça e ri-se.

-Bom vamos lá começar com a menina bonita com um olhar perdido.- Ele diz ao passar por mim. Coro quando percebo que ele está a sorrir-me

-Então menina bonita perdida o que vai ser?- as palavras dele são quentes como uma brisa de verão mas há alguma coisa nele que me deixa inquieta, no entanto não consigo precisar o que é.

-haa... eu... eu ainda não sei o que quero.- Gaguejo. Eu não sei realmente o que quero, algo nele me desconcentrou.

-bom eu posso aconselhar um batido de mirtilos e amoras, é a minha especialidade.- ele sorri, mas continua a haver alguma coisa de estranha no seu sorriso perfeito, as suas feições são pesadas, eu dirias que ele podia ter 26 anos e no entanto a sua cara é demasiado carregada para a sua idade. Há algo de perigoso na forma como os seus olhos brilham. No entanto o seu sorriso é caloroso. Ele é um poço de contradições... tal como o Harry. Que raiva, tudo me leva a pensar no Harry.

-aceito.- Murmuro

-claro que aceitas iria ficar ofendido se não provasses a minha especialidade.- ele sorri, como se fosse dono de um importante segredo que só ele tem o privilegio de conhecer.

Olho novamente para o telemóvel e decido responder a Kate.

"Estou bem e quero mais que tudo falar contigo. BJS Xxx. Amo-te"

Ela responde alguns segundos depois

"Queres mais que tudo? Será que vou ter o privilégio de falar de rapazes contigo? Amo-te"

Decido não prolongar a conversa e falar com ela mais tarde quando chegar ao campus. Uma suave brisa perpassa-me o cabelo e uma corrente elétrica sobe pelas minhas costas. Sou obrigada a virar a cabeça para a porta e vejo o Harry com aquele que me lembro como Louis e a rapariga que me ofereceu uma bebida ontem.

O Harry parece zangado por me ver, mas ele está sempre zangado comigo. Apesar de só o conhecer desde ontem já se mostrou inflexível em muitas coisas. A sua postura mudou e parece mais direito e tenso.

-Aqui está o teu batido.- o rapaz pelo qual denomino de Dean diz

-ohh obrigada.- sou obrigada a desviar a atenção do meu irritante colega de apartamento para olhar para o empregado de balcão.

-agora asserio diz-me se gostares estou disposto a fazer de ti uma cliente habitual.- ele sorri e tenho a ligeira impressão de que o Harry se aproxima apesar de não o ver, a sensação elétrica no fundo das minhas costas aumenta.

-bom dia.- ele diz ao que eu aposto não ser para mim, ele já me deve ter visto uma boa quantidade de vezes desde qua acordou.

 -oh bom dia Harry.- O rapaz chamado Dean sorri, mas o sorriso não lhe chega aos olhos. Eu diria que só o comprimento para manter o trabalho.

Eles ficam a olhar um para o outro e a minha cabeça dança entra eles e ninguém parece ir falar por isso digo a primeira coisa que em veem á cabeça.

-isto está excelente.- Meio que rio. Isto parece tirar ambos do transe mas não tenho bem a certeza.

-oh excelente espero que apareças mais vezes, já gora sou o Dean.- ele estende a mão e o Harry parece quer fazer alguma coisa pois os seus dedo estão a segurar a madeira da bancada com muita força. Olho com atenção para a sua mão e vejo que o seu pulso está coberto de pequenas tatuagens.

-Sou a Soph. -Agarro a mão do Dean e sorrio-lhe.

-que lindo nome soph.- ele sopra as palavras de uma que me e faz estremecer mas não parece o tipo de estremecimento que sinto quando o Harry fala.

-O que está aqui a fazer?- o Harry sussurra de uma forma calma, tao calma que quase não deteto o veneno por de trás da sua voz.

-vim passear-digo baixinho

-mesmo quando eu te disse para ficares em casa?- ele sussurra ainda mais baixo que antes

-não és meu pai Harry só te conheço á umas meras 24 horas agora por favor deixa-me beber o meu sumo.

-claro com prazer.- ele responde

-Dean.- Ele chama. – Mete a porcaria de uma tampa no copo temos de ir.- Ele cospe mal educado.

- Se a Soph quiser uma tampa para levar ela pede.- o Dean suspira, parece cansado e irritado com o Harry e as suas feições ficam ainda mais pesadas.

-o nome dela é Sophia. Mete a porcaria de uma tampa nesta merda. – Ele não grita mas é como se gritasse. O Dean fica quieto e ignora-o. O Harry salto o balcão, e o gesto repentino assusta-me, ainda não estou habituada a destreza com que ele faz as coisas.

O Harry mete a tampa no copo e arrasta-me para fora do café e isso deixa-me chateada mas por algum motivo não falo. Ele está zangado e se ele se zangar eu vou ter que ver como ele fica quando fica zangado e isso significa desenhos, eu não quero desenhar agora. Porque sei que de alguma forma o desenho vai pairar-me na mente toda a noite.

Vision 1 - The JudgedOnde histórias criam vida. Descubra agora