-A sério, Harry, não foi nada.- Tento libertar o queixo, mas ele não deixa.
-foi o Dean, o Louis? Fala comigo.- Ele ordena. Mas porque haveria eu de falar com ele? conheço-o á apenas dois dias e se não fosse ele a discussão com o meu pai nunca tinha existido.
-Não foi ninguém ok? Doeu-me a cabeça e deixei a caneca cair.- Não é totalmente mentira, na realidade doeu-me a cabeça. A única diferença é que parti a caneca num enorme ataque de raiva.
É mais ou menos por isto que eu sou tao controlada quando tenho poder nas minhas emoções e sentimentos. Sei o que pode acontecer se me perder. Se deixar alguém afetar-me. As pessoas magoam-me demasiado facilmente. É mais fácil se for simpática para elas, assim tenho uma maior segurança de que também o serão para mim.
- A parede está manchada de chá. Tu atiraste a chávena! - ele insinua
-sim Harry eu atirei. Tu atiraste o telemóvel eu atirei uma chávena.- isto parece cala-lo
-porque te doeu a cabeça que raio andas-te a comer ou a fazer?- pelos vistos isto não o calou completamente.
-não comi nada de mal, apenas bolachas e chá.- Respondo mais meigamente.
Ele vai até aos pacotes de tudo o que eu comi e olha para mim escandalizado. Ele apanha todos os sacos de bolachas, bolos e gomas e depois regressa até mim.
-chamas a isto nada de mal? Isto é como pedires para ficar doente.- ele está absolutamente em estado de choque.
-olha eu não sei quanto a ti, mas tu e a tu mãe nunca agarraram numa data de porcarias e viram um filme juntos? É que bem, eu já e estou com saudades da minha ela está do outro lado do mundo e eu tenho saudades. Comer doces é uma boa forma de evitares o stress.- Acabo por dizer.
Ele mante-se calado. Estático, como que a absorver tudo o que disse.
Lembro-me de uma noite o meu pai e o meu irmão terem ido acampar por causa de uma aposta comigo e com a minha mãe. Foi a primeira vez que comi tantos doces de seguida. O meu pai nunca mos deixava comer. Pelo menos não em grandes quantidades. Naquela noite eu e a minha comemos tantos que passei três dias na cama com uma dor de barriga.
Ele recupera a compostura e continua.
-não Sophia eu nunca fiz isso com a minha mae. Só para que saibas por causa desta tua brincadeira vou ser eu que vou começar a cozinhar a e escrever a nossa dieta cá em casa.- ele responde
-fixe o teu esparguete e a carne estavam ótimos.- digo mal educada. Mas que raio de passa comigo?
-só te queria impressionar nessa noite. Espera até veres o que é que eu como todos os dias.- Ele acaba por dizer. Como assim impressionar? Como assim vai deixar de fazer comida boa?
Oh senhor vou morrer á fome.
-fixe cozinha o que quiseres, de qualquer forma não me podes obrigar a comer.- bato o pé no chão e vou em direção á porta do quarto, mas paro antes de avançar mais. Estive ali á escaços minutos a sofrer com uma visão dos diabos, não preciso de voltar lá para dentro por enquanto.
Calços as minha pantufas que tem uns porquinhos engraçados a frente e chiam, e digiro-me para a casa de banho a fazer barulho com as pantufas.
A risada do Harry provoca-me um arrepio no couro cabeludo. É um som mágico. Finjo-me amuada e rodo sobre mim própria para o encarar.
-que é?- pergunto fingindo-me mal-humorada, e tentando em vão esconder o sorriso que ameaça bailar-me na face.
-nada, nada.- Ele gargalha. Adoro o som, vai ser o meu novo toque de telemóvel.
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Vision 1 - The Judged
FanficHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...