Capítulo 2 - Com pé esquerdo

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No dia seguinte tive o desprazer de acordar 11 minutos antes do despertador, isso é uma das coisas que mais me estressa, por isso, meu dia começou mal.

Minha mãe talvez estivesse cansada demais, pois não levantou cedo para fazer o café, então me virei da forma que pude, e acredite, não sou nem um pouco bom na área da gastronomia.

Me arrumei, e fui para frente de casa aonde o ônibus iria me pegar para levar para o colégio, depois de pegar algumas pessoas em suas casas, entrou a Beth e logo atrás dela, vinha uma outra garota que conversava com ela, eu custei a acreditar, era ela, a garota da foto, a mesma que vi nas fotos do colégio, então meu coração acelerou desesperadamente, a mão soava, mas ao mesmo tempo estava gelada, as pupilas começaram dilatar, tentava disfarçar, mas era impossível, ela é impecável, ela deve ter percebido que eu a admirava de longe, pois olhou diretamente para mim, e eu desviei o olhar. Foi quando a Beth me gritou:

Beth: - Carlooos!!! - Todos do ônibus olharam rapidamente pra ela, e depois para mim, inclusive a menina da foto, eu quis me afundar naquele acento do ônibus e aparecer em outra dimensão.

Carlos: - Ahh! Oi - tentei não olhar para a outra garota, mas não consegui. Beth simplesmente da as costa para garota e vem sentar-se ao meu lado.

Beth: - Você perdeu a tarde ontem, foi muito legal, você iria gostar dos meus amigos - Eu assenti com a cabeça e quando olhei em volta a menina já estava do lado da Beth.

XXXX: - ELIZABETH, VOCÊ VAI ME AJUDAR COM ALGÉBRA OU NÃO, SABE QUE PRECISO DE SUA AJUDA!! - Ela pedia ajuda ao berros, mas ainda sim, sua voz era linda.

Beth: - Primeiro faz aquela torta de chocolate que você me prometeu, aí conversamos sobre algebra - Beth a olhou com um tom de desafio.

XXXX: - Então passa a tarde em minha casa, que eu faço .

Beth: - Trato feito - Ela piscou e voltou a me olhar,e a outra menina sentou no banco do outro lado do ônibus - Então... gostou da palestra?

Carlos: - Foi legal.

Beth: - Que feio - Ela balança a cabeça em sinal de desaprovação - essa palestra acontece todo semestre, e ninguém nunca diz " Foi legal".

Carlos: Na verdade, eu não prestei muito atenção.

Beth: - Então, mudando de assunto, vai conhecer meus amigos hoje a tarde !

Carlos: - Isso foi uma pergunta?

Beth: - Você é um recém chegado, não tem nada melhor para fazer, e também não tem escolha - pensei em contestar, mas ela estava certa.

Calos : - Okay! ,mas depois das aulas, eu irei ligar para minha mãe.

Beth: - Também tem que chegar antes dás 00:00 , por que senão sua carruagem vira abóbora de novo, ou algo do tipo - eu me senti infantil, mas sempre avisava minha mãe quando iria demorar, isso fazia ela confiar em mim.

Carlos: - Eu vou ligar assim que sair da aula, aí podemos ir - fingir não ter ouvido o insulto.

Beth: - A Gab vai - Ela fala sorrindo.

Carlos: - Quem é Gab - eu pergunto com vergonha, pois já imaginava a resposta.

Beth: - Gabrielle, a menina que você não tira os olhos. - Não tive coragem de negar, ou de confirmar, só me calei e esperei o ônibus chegar a escola.

O ônibus chegou a escola, e eu teria aula de matemática no primeiro horário, e a Beth me falou que o professor era o antigo coordenador do colégio, por isso deveria ficar de olhos abertos com ele.

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