Emoções Invisíveis

Capítulo 3 - Quase como um tolo

        Não foi difícil acordar no dia seguinte, não após o dia maravilhoso que tive. Então levantei disposto, e me vesti para escola, cheguei ao ponto de ônibus 30 minutos antes do ônibus.
Estava tão ansioso para vê meus novos amigos, em especial a Beth .O ônibus chegou rápido, e após uns minutos parou no ponto e como no último dia, ela entrou acompanhada por sua amiga Gab, que dessa vez não gritava, apenas riam enquanto Gab contava algo a ela, a Beth veio ao meu lado que já estava ocupado por um menino que se não me enganei é dá minha sala de religião, a Beth sentou bem atrás de mim .

Beth- : Forasteiro, boas novas! - e me cutucou enquanto falava entusiasmada

Carlos -: conte-me senhora hiperatividade - Ela não riu, mas o garoto do meu lado sim

Beth - : Simon pare de prestar atenção na conversa dos outros - Ela deu um tapa na cabeça do garoto. - Então, a pequena festa de ontem, foi muito melhor do que você imagina.

Carlos- : Como assim ?

Beth- : Você perdeu muito tempo dormindo. Enquanto estávamos deitados no chão, a Mary beijou o Daniel, e não que ele tenha gostado, mas, ele retribuiu . E por último e não menos importante, Karen uma amiga da Gab, te achou bonitinho.

Carlos- : Quem é Karen?, E qual o problema com ela ? - Ela riu, e novamente o Simon riu e levou outro tapa.

Beth- : Suas perguntas serão respondidas hoje, pois você a conhecerá no final dá tarde, e hoje poderá ligar pra sua mamãe, e não esquece de avisar que vai ter seu primeiro encontro. - É um dom dela me fazer sentir infantil. - Você ficou tão interessado no seu primeiro encontro que não percebeu que eu falei, que a Mary beijou o Daniel.

Carlos:- Agora faz sentido o por que do Daniel fazer aquela cara quando ela pediu para deixa-la em casa. Mas o Daniel te falou algo ?

Beth:- Ainda não, mas ele não tem escolha.

   
     Ao chegar na escola fui correndo para a aula de álgebra, que era uma das melhores aulas que tinha no colégio, mas como sempre as coisas boas acabam rápido e veio o martírio, a aula de Educação física com o grandioso professor Ronny, que mas parecia o pai do Teddy, a diferença que ao professor faltava cabelo e altura, porém não faltava arrogância, o que só exaltava mais a semelhança.

Ronny:- Hoje será o básico, basquete para os garotos e ginástica para as garotas. - neste momento uma garota gritou.

XXX:- Quero jogar basquete professor

Ronny:- E eu queria ter meu cabelo de volta, e não ter mais que dar aulas para garotas mimadas, mas não temos tudo que queremos, assim como você não vai jogar basquete.

    Fui obrigado a jogar ao lado de Teddy e seus fãs, conheci um dos jogadores de basquete do time da escola, Roland, e ele me ajudou com as jogadas, não fui tão ruim quanto pensei. No final da aula estava juntando minhas coisas para ir ao vestiário tomar banho e Roland me chamou:

Roland:- Carlos, sempre que precisar de ajuda com os arremessos, pode me chamar.

Carlos:- Não pretendo me tornar jogador, mas, obrigado.

Roland:- Ahh, ei - Ele fez uma pausa, e tossiu, neste momento ele me pareceu tímido. - Você e a Beth..?

Carlos:- Somos apenas amigos. - eu ri.

Roland:- Ah sim, mas, ela tá saindo com alguém?

Carlos:- Nunca perguntei, conheço ela a pouco tempo.

Roland:- Ahh... Entendo, mas ela faz questão de exaltar sua repulsa pelos jogadores do colégio.

Carlos:- Acho que quis dizer, que ela não gosta do Teddy e dos seus fãs sem cérebro.

Roland:- Ainda sim, vamos esquecer esse assunto

Carlos:- Tudo bem, mas deveria falar com ela

Roland:- Eu passo, eu acho ela fascinante, mas o jeito impulsivo dela me assusta um pouco.

Carlos:- Te entendo, ainda não me acostumei, mas ela é bem legal, eu acho....

Naquele momento nossa conversa se encerrou, tive que ficar para recolher as bolas com alguns outros alunos que também não tinham tanta aptidão no mundo dos esportes. E foi quando percebi que o Simon estava catando as bolas de basquete junto com os outros alunos