- Essa tonalidade levemente roxa de seu rosto combina com sua pele, querido Greg.
O sarcasmo na voz dela era palpável. Eu estava vagando entre o tesão é o ódio. Quer dizer: mesmo sufocando, eu estava duro como nunca! E, claro, ela gostou do que viu. Foi se abaixando devagar enquanto levava minhas roupas até o chão. Eu não podia vê-la já que era impossível olhar para baixo. Só senti quando sua mão começou a subir pela parte interna de minha coxa numa carícia delicada. Engraçado, lembro de já ter feito isso em muitas mulheres. Mas não lembro de já ter sentido esse carinho antes. Uma coisa ardeu por dentro de mim. A sensação na pele era boa – apesar que o toque leve chegava perto de provocar cócegas – mas tinha junto uma coisa de que eu era apenas um objeto. Será que é porque eu fazia nas meninas com esse sentido (quer dizer, tocava por dentro de suas coxas para lhes dizer que elas estavam disponíveis para mim como objeto de prazer)?
O pior de tudo é que eu gostei. A pele delicada dela roçando na minha, subindo de leve por dentro de minhas pernas... Eu já antecipava o toque no meu pau, mas o que veio foi sua língua. Só a ponta, tocando-me por baixo... Tão hot e inesperado que, mesmo sem ar, soltei um longo gemido. Então ela foi arrastando a língua ao longo do meu membro, por baixo, até chegar na ponta. Ficou só um minuto brincando ali e então me engoliu. UAU!
A coisa estava ficando realmente boa! Eu nem lembrava mais do pescoço. Pra quê respirar quando se ganha um boquete desses, não é mesmo? Naquele minuto o que me incomodava eram as mãos amarradas. Dava tudo pra agarrar aquela ruiva pelos cabelos e controlar seu ritmo e movimentos. Mas ela gostava de brincar de outro jeito. Gostava de estar no comando. Mimada e mandona. Martha estava certíssima!
Eu estava começando a relaxar e curtir. Estava começando a achar que aquela poderia ser uma noite divertida. Mas o mundo não queria que eu relaxasse. Porque, inesperadamente, a campainha tocou.
O susto se transformou em pânico quando a safada levantou com toda calma, gritando um já vai bem sonoro. Gritei pra ela me soltar, mas a voz nem saiu. Queria subir minhas calças, me recompor, mas qual o quê. Estava firmemente amarrado. E o pior é que no meu desespero, me mexendo para tentar me livrar, o nó da gravata apertou ainda mais.
Acompanhei o toc toc do salto de Gabrielle no piso de madeira e conseguia imaginar a bunda dela dançando no mesmo ritmo dos passos. Devo ser louco! Eu estava quase morto de falta de ar. E desesperado por estar nu na varanda. Mas ainda assim morria de tesão ao imaginar o corpo daquela mulher divina.
A chave girou no trinco e a porta rangeu ao ser aberta. Não estávamos mais sozinhos e eu pirava de angústia e tesão ao mesmo tempo.
Nos instantes seguintes reinou um silêncio angustiante. Cheguei a imaginar que minha cliente tivesse saído, largando a porta aberta e eu nu na varanda! Isso só não me desesperou mais do que perceber uma luz se acendendo bem na minha frente. Havia um prédio que dava exatamente para aquela varanda e agora um sujeito chegava na janela. Não demorou muito para que ele entrasse e retornasse com mais dois caras. Começaram a acenar para mim. Um deles sacou um celular e nem fez questão de desligar o flash. Queriam mesmo que eu percebesse que estavam me fotografando!
Que situação, meu deus, como fui cair nessa roubada?
- Não te disse que ele era bem dotado? Sempre tivesse certeza disso. E ainda por luxo tem esse ar bobinho. Sabia que você ia curtir.
Pelo santo padre dos pecadores! Essa voz! Eu conheço essa voz! Não é possível! Não...
- Olha só quem chegou pra brincar com a gente, Greg.
Num vestido curto e justíssimo, de couro negro, minha velha amiga Martha olhava descaradamente meu pau com o sorriso mais lascivo desse mundo.
Quis perguntar que porra era essa. Ou mandar ela chupar logo meu pau que latejava de tanto tesão, ou ainda avisar que tinha uns caras fotografando a gente (os flashes não paravam), mas minha voz não saia. Respirar estava se tornando uma agonia. E eu não devia estar com um aspecto muito bacana.
- Difícil saber qual cabeça tá mais roxa hein, meu caro colega?
- Será que ele aguenta, perguntou Gabrielle rindo muito.
- Ele tem esse jeitinho de pobre coitado, mas é forte, Brielle. Confie em mim.
Ao dizer essa frase Martha se encaminhou para a ruiva – e não para meu corpo, como eu esperava – e tascou-lhe um longo beijo de língua. As duas me olharam com uma cara muito safada e começaram a se agarrar na minha frente.
- Bem, se ele não aguentar vai morrer feliz. Todo homem sonha em ver duas mulheres se fodendo, não é, Greg?
E começaram o baile. Mãos passeando sobre pele nua. Roupas ficando pelo caminho (na janela os homens faziam a festa... se elas não estivessem me enforcando eu poderia avisar, mas daquele jeito que as coisas iam, eu era inocente). Não sei se pra me causar inveja, ou se pra mostrar que dominava o ofício, Martha partiu na frente, sugando os seios de Gabrielle que começou a gemer despudoradamente. A morena não deixou por menos e correu sua língua em sentido descendente e agora estava com o rosto enfiado entre as pernas da ruiva gostosa. Santo padre! Eu queria estar em condições de ver detalhadamente o que faziam! Pela maneira como minha cliente abria as pernas, gemia e rebolava, aquilo devia estar maravilhoso!
A essa altura eu não sabia mais o que era respirar. Fosse pela excitação, fosse pelo nó a cada instante mais apertado (isso era mesmo possível ou só impressão minha?), a minha sensação era de que não havia ar disponível. Quis gritar mas o som que saiu era falho, rouco e muito baixo. As meninas se divertiam e não pareciam lembrar de mim. E meu amigo Linguiça, ao invés de se solidarizar com meu desespero, mantinha-se em pé e feliz como nunca em sua vida!
Tentei chamar a atenção das garotas chutando o ar, mas com cuidado para não me sufocar mais ainda. Com as mãos amarradas, o pau hirto, a cara roxa, e sacudindo os pés num ritmo que estava mais para baião do que rock, eu devia estar completamente ridículo. Tanto que Gabrielle começou a rir quando me viu e Martha parou o que estava fazendo para ver o que acontecia.
- Você quer o presunto fresco ou cozido?
- Prefiro fresco, respondeu a milionária às gargalhadas. E as duas vieram na minha direção. Martha segurou minhas mãos pelo cinto enquanto sua colega desamarrava minha gravata. Minhas pernas perderam a força e eu teria metido a cara no piso se não fossem as duas segurando minhas cordas. Nunca tinha me sentido um fantoche até então. Mas agora eu o era, e naquele segundo compreendi que as duas podiam fazer o que bem entendessem de mim.
- Aproveita que está a meus pés e lambe meus dedos, escravo.
A última palavra foi dita pausadamente, num tom mais rouco e numa inflexão de voz flutuante, quase cantada. Quem conseguiria resistir a um pedido desses? Deixei minha língua passear por seus dedos que apareciam sob o bico da sandália.
- Não é assim, seu incompetente. Chupe-os. Um por um.
E ergueu um pouco a ponta do pé empurrando seus dedos contra meus lábios enquanto puxava com vigor a gravata, provavelmente para me lembrar que o ar que agora inundava meus pulmões era uma dádiva sua. Sem pensar duas vezes, obedeci. A sensação de ter seus dedos, um por um, dentro de minha boca, enquanto a ouvia dizendo coisas como "bom menino" e "escravinho obediente" misturava-se a um turbilhão de sentimentos Dois deles rivalizavam para ganhar minha atenção. Um deles era o meu orgulho ferido que me mandava levantar e mostrar àquelas duas quem mandava. O outro era um sentimento mais dócil, quase infantil, que se regozijava em ouvir aquelas coisas. Esse sentimento, qual um azarão, foi correndo por fora e agora lutava, cabeça a cabeça, contra meu orgulho. Comandados por esse sentimento de bem-estar, meu coração disparava e meu pênis latejava de prazer.
Quando achou que já era o suficiente a ruiva puxou a gravata e Martha, em sincronia, puxou meus braços para cima. Fiquei em pé e recebi ordens de segui-las para o quarto. Tentei fazer exatamente o que me disseram, mas esqueci das calças arriadas, tropecei e caí. Dessa vez não houve proteção: meti a testa no chão provocando gargalhadas nas meninas.
- Pelo visto ele não consegue ficar longe dos teus pés, Brielle!
Minha colega falou aquilo num tom debochado ao mesmo tempo em que abaixava minhas calças até os tornozelos.
- Meu deus, que bunda branca é essa, Greg. Cê tá precisando pegar um sol!
- Cuidaremos disso em breve, Má. No fim de semana podemos levar nosso cachorrinho para a praia, o que acha?
Entre piadas e risos foramme arrastando para o quarto, Brielle usando minha gravata como uma rédea curta.
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O Gerente
RomanceGreg só queria cumprir as metas financeiras impostas por seu chefe. Ao invés disso conseguiu levar seus gráficos... de prazer... às alturas! O que acontece quando um gerente inseguro é colocado como responsável pela conta da cliente mais rica do ban...