Sentei-me bruscamente e vai com a cabeça em algo. Grunhi de dor e ao abrir os olhos dei conta de que estava no quarto do dormitório, mas na cama do Jooheon... Provavelmente adormeci enquanto ele me carregava para "casa" como ele disse. Passei a mão na testa e senti aquela área dorida... "Só falta agora ficar com um alto e uma nódoa negra!" resmunguei baixinho, mas não o suficiente visto que o Kyun se sentou na cama a coçar os olhos.
-Não consegues dormir mais uma vez?- o rapaz perguntou descendo as escadas do beliche.
-Pesadelo...- disse num suspiro- E para melhorar bati com a testa...
-Estás bem?- ele perguntou claramente preocupado comigo.
-Dói-me a testa...- queixei-me e o rapaz passou a sua mão no local que me doía para tentar aliviar a dor.
-Vem comigo.- disse e segurou a minha mão levando-me para fora do quarto.
Segui-o até à casa de banho, ele acendeu a luz e examinou todo o meu rosto. Em seguida foi até aos armários procurando alguma coisa, quando a encontrou pousou-a ao lado do lavatório e eu reparei que era um pequeno kit de primeiros socorros. Não entendi o que ele estava a fazer até encarar o meu reflexo no espelho. Eu tinha um pequeno corte na testa, era isso que me doía, não sei como não me dei conta...
Kyun segurou a minha cintura e elevou o meu corpo para me sentar na bancada em que o lavatório estava inserido. Aquele toque causou-me um arrepio inexplicável que percorreu todo o meu corpo quase o deixando dormente. Sorri nervosa, nunca havia sentido isto e era um tanto estranho que a primeira vez fosse com ele...
O mais velho pegou num pedaço de algodão e pôs água, em seguida levou o mesmo pedaço até ao pequeno corte para o limpar. Senti a água fria entrar em contacto com a minha testa e mais um arrepio percorreu o meu corpo. Ele sorriu levemente ao aperceber-se do ocorrido e eu não consegui evitar que as minhas bochechas mudassem de cor. Depois de cinco minutos eu já tinha um curativo na testa para me lembrar que não me devo sentar tão depressa na cama.
-Queres voltar para o quarto?- o mais velho perguntou e eu neguei com a cabeça- Então vamos para a sala...
Fomos em silêncio até ao cômodo e ficámos sentados no sofá durante um pouco até ele decidir envolver-me nos seus braços de uma maneira carinhosa.
-Sabes que pareces uma criança quando ficas com sono?- ele perguntou quase num sussurro.
-Nós não temos muita diferença de idades Kyunie.-afirmei brincando com ele.
-Mas tu és diferente sabes?- ele começou- Brincas como se tivesses dez anos, como se não pensasses nas consequências... Mas na verdade calculas cada passo que dás...- ele respirou fundo e continuou- Levas as coisas a sério e brincas com as coisas más que te acontecem...
-Já não te estás a referir a quando estou com sono pois não?- perguntei tentando perceber até onde aquela conversa iria.
-Não só... Mas quando estás ensonada sentes tudo em maior quantidade e ficas mais criança...- ele disse sorrindo- És perfeita assim.
Ele sorriu largo e beijou o curativo que me tinha feito na testa. Não ficámos ali muito mais tempo, apenas o suficiente para eu voltar a ter sono. O Kyun voltou para a sua cama e eu para a do Jooheon, visto que cada vez que adormeço fora de horas acordo ali. Aconcheguei-me e afundei a minha cabeça na almofada do rapaz inalando o perfume ali presente. O cheiro era quase intoxicaste mas bom de uma certa forma. Eu seria capaz de o reconhecer sem muito esforço, por ser tão característico.
Por apreciar tanto o aroma e ainda estar a ter dificuldade em dormir, abracei uma da duas almofadas que estavam na cama. Esse abraço fazia-me sentir acompanhada, como se ele estivesse ali ao meu lado mesmo que isso não fosse verdade. É irônico como ele consegue ser tão presente e ao mesmo tempo ausente nos pequenos acontecimentos na minha semana aqui.
"Talvez seja um exagero da realidade, uma maneira contrária de se ver as coisas mas o que eu sinto não me engana. Todos eles são diferentes, uns mais sérios e outros mais brincalhões, mas são uma família unida entre eles. Ajudam-se uns aos outro quando há dificuldades, mesmo que isso signifique o sacrifício. Levam a sério o amor das fãs, têm olhares que transbordam a mais pura das sinceridades e os corações recheados de amor. Sei que cada lágrima que eles derramam é sentida, é verdadeira, cada riso é encantador porém estridente... Mas é isso que os torna especiais, que os torna eles.
Neste pouco tempo aprendi a viver numa casa cheia de gente que se gosta, aprendi a apoiar os outros e a deixar que os outros me apoiem, aprendi que tenho de vomitar perante a pessoa certa ou vou acabar toda suja...
Sei que foi pouco tempo, que sou uma idiota de pensar que eles daqui a alguns anos ainda se vão lembrar de mim, mas eu preciso aproveitar o tempo que me resta custe o que custar. Sei que as pessoas me vão olhar com outros olhos, mas eu não baixarei a minha cabeça enquanto eles ainda conseguirem colocar um sorriso no meu rosto apenas por cantar.
Vou sempre levar estes rapazes na minha memória porque não tem como esquecer...
Eu apoiei-me neles e eles em mim e pela primeira vez, confiei em alguém de fora para saber o que acontecem nas minha noites...
Obrigada rapazes por me fazerem feliz, mesmo que por tempo limitado."
Acabei por adormecer com estes pensamentos na cabeça, por vezes gostava de fazer este tipo de diálogo interno para assimilar informação e para me preparar para algo que exigiria um emocional forte.♡♡♡
Oi!!!
Obrigada a todas as leitoras que ficam votos nos capítulos!! Fico feliz e orgulhosa de dizer que a nossa fic atingiu hoje as 100 estrelinhas e continuou a subir o número.
Espero que realmente gostem do que está aqui escrito e que continuem a ler o que vem por aí.
Beijos
Da vossa Vi♥︎
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Roommates
FanfictionEla ganhou um concurso e teve a possibilidade de passar uma semana com os seus ídolos sem puder sair de perto deles. Sem saberem quem é o seu bias todos se aproximam e fazem planos para descobrirem, alegrando assim toda a semana. Entre o medo do pas...