Perhaps.|| l.s

5. Sad girl.

HARRY STYLES POV.

Duas semanas se passaram. O aniversário do Liam estava perto, e eu decidi que por ele, iria ser uma pessoa normal e organizar uma festa surpresa.

Louis, Niall, Celine e eu estamos muito empolgados com o fato de surpreendê-lo. Louis disse que iria chamar dois amigos em comum e eu não vi problema.

Estava chegando na casa do meu analista quando vi que Louis estava andando com um cara. Eles estavam rindo. Como amigos. Tentei me esconde, mas estava perto da porta.

- HARRY! - Louis me chamou.

Dei um sorriso acenando e tentei me controlar pra não surtar. Michael, meu analista, abriu a porta.

Louis andou até mim.

- E aí? Como você tá?

- Eu tô bem, esse é seu amigo?

- Sim, Stan esse é o Harry.

Apertei a mão de Stan, cumprimentando-o e fui simpático.

- E quem é esse? - Louis perguntou.

Fiquei sem saber o que responder e já estava surtando quando Michael disse:

- Sou tio do Harry, e você é...?

- Louis Tomlinson, prazer em conhecê-lo. - ele disse sendo gentil.

Conversa vai, conversa vem, Louis disse que tinha que ir e que depois me ligava e eu disse que tudo bem. Me despedi dele e de Stan e quando estávamos sozinhos, consegui relaxar e disse:

- Valeu por essa.

- Por que simplesmente não conta a verdade?

- Já falamos sobre o pequeno problema que tenho com a verdade. - disse e me sentei no sofá.

Michael se sentou na poltrona que está acostumado à usar e disse:

- O que está sentindo?

- Tive o mesmo pesadelo hoje, procuro focar em sentimentos bons que ainda possam existir mas... as cenas daquela noite são as piores. Elas voltam com tudo.

- Os remédios ainda fazem efeito?

- Fazem. Por horas. Depois tudo começa. - disse. - Sinto que vou começar à pirar de verdade.

- Talvez você devesse contar o que sente pra alguém. - falou.

Eu ri. Eu já tinha medo de contar o que sentia pra ele, agora imagine para qualquer pessoa na rua. Por favor. Eu não confio tanto nas pessoas à ponto de me abrir pra elas na primeira oportunidade.

- Não.

- Harry, isso que te faz mal. Esconder tudo. - ele disse, me encarando. - Você precisa contar o que sente.

- Eu já faço isso com você, já estou bom. - falei. - Eu não confio rápido nas pessoas. Você sabe que demorei quatro meses pra falar com você direito.

Ele assentiu. Sabia que eu estava certo.

- Contar só pra mim não tem efeito algum, eu vejo isso. Deveria tentar confiar em alguém e desabafar. Assim, podíamos te ajudar melhor.

Fechei os olhos suspirando. Eu não ia conseguir. Mal consigo respirar sem me sentir culpado, sem me sentir um merda. Era sufocante.

- E o Niall?

- Eu dou trabalho demais à ele. Niall não merece se preocupar comigo desse jeito. - falei.

- Já que acha que não tem com quem se abrir, podia escrever um diário. Colocar seus pensamentos pra fora. - disse ele.