Capítulo 5 - Atração

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Julie Johnson — Los Angeles

Sedutores olhos azuis brilhantes me fitam com uma intensidade avassaladora, fazendo todo meu corpo formigar ao ser observada com tanta atenção.

Lentamente, um meio sorriso sexy pra caralho se forma em seus delineados lábios cerejas. Meus pensamentos vagam para aqueles lábios carnudos, deslizando com ardor pelo meu pescoço e no que ele poderia fazer para mim em outros locais. Instantaneamente sem conseguir me controlar, sinto um aperto em meu núcleo, deixando-me desconcertado na frente de todas essas pessoas.

Tento sair do meu estupor repentino de desejo. Meu embaraço diante dessa situação incomum, deve ser nítido para todos. Não faço ideia de quanto tempo estamos olhando um para o outro, só sei que devo obrigar meu olhos a se desviarem daqueles pecaminosos olhos cinzas, antes que seja tarde demais pra mim.

Antes de virar os olhos para os produtores, noto que o senhor Gostoso, com G maiúsculo, lança-me um sorriso zombeteiro. Uma luz pisca em minha cabeça com seu comentário inicial ao adentrar a sala.

Qual é o problema dele? Não podia ser educado, fingindo que não ouviu o que estávamos falando? Obviamente, com toda aquele prepotência e arrogância enraizado em seu corpo, duvido que ele possa se incomodar em deixar outra pessoa constrangida. Resolvo ser melhor que ele, ignorando seu tom zombeteiro, dando uma de inocente.

Usando meu tom mais neutro, pergunto:

— Quem é você?

Falho miseravelmente em parecer casual. Minha voz saí rouca e ofegante. Parece que acabei de correr uma maratona.

Sinto-me nervosa e quente diante de seu persistente olhar penetrante. Meu núcleo continua dilatando. Carente e buscando algum tipo de alivio. Sem nem perceber, meus olhos se voltam para os dele. Naquela guerra de olhares sem fim. Difícil decifrar a cor de seus olhos, pois sua pupila dilatada está cada vez mais escura e intensa. Entretanto, seus olhos são a coisa mais linda que já vi. De um azul tão belo e selvagem que estão queimando a minha pele com o ardor de sua apreciação.

— Sou Robert prazer.
— Diz, aproximando-se com toda impotência de seu corpo muito malhado e definido. Ele chega na minha frente e estende a mão, lentamente eu a seguro sentindo uma mão forte e grande.

Ele é um verdadeiro gigante, pois preciso me esticar para trás na cadeira para olha-lo de tão alto que é.

Minha mente divaga pensando no que sua macia e ao mesmo tempo dura mão poderia fazer por mim, mas algo muito estranho acontece e não passa despercebido por nenhum de nós. No momento que sua mão toca a minha, um choque passa por todo meu corpo fazendo-me arfar. Ele também sente, encarando-me com a sobrancelha franzida em confusão. Desvio os olhos, sendo incapaz de enfrentar a intensidade de seus questionadores olhos cinzas.

Mike que está nos observando atentamente como se estivesse tentando decifrar um enigma decide se pronunciar, quebrando o silêncio que instalou-se na sala de reunião.

— Robert será seu companheiro de trabalho e par romântico, Julie.

Não tenho ideia de como processar essa pequena informação crucial para minha vida. Meu peito aperta com uma sensação totalmente desconhecida para mim. Só sei que não posso fazer isso... Não posso, não posso e não posso!

Quando a Kate disse que ele era bonito, achei que estivesse exagerando como sempre faz. Entretanto, a cadela estava dizendo a verdade, posso até dizer que estava sendo muito modesta. O homem é absurdamente gostoso. Um legítimo deus Grego com seu corpo esguio e forte, sua dominante postura de leão. Posso imaginar como o homem é debaixo de todo o tecido desse terno que abraça essa potência de masculinidade.

Amor de cinema VOL.1Onde histórias criam vida. Descubra agora