Capítulo 7- Sabedoria de um pai

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Julie Johnson — Los Angeles

A viagem para a casa do meu pai foi rápida. Moramos relativamente perto um do outro, cerca de uma hora até seu refúgio a beira mar.

Quando estaciono meu carro na garagem praiana, já está bem escuro, observo muitas pessoas passeando em direção a doca da praia e o calçadão. O cheiro familiar de maresia e peixe frito dos quiosques que estão lotados preenche meu nariz, fazendo-me salivar.

Desço do carro, pegando a mochila de Theo antes de tira-ló da cadeirinha adaptável para sua idade. O tempo está fresco, perfeito para uma caminhada pela praia e Theo anima-se quando vê algumas crianças brincando na areia. A casa do meu pai é realmente muito perto da praia, mais alguns passos e estaríamos com os pés sentindo a macia areia.

— Infelizmente, não viemos a passeio hoje garotão. — Informo antes que ele crie ideias sobre isso.

Ele faz um biquinho zangado, mas concorda balançando a cabeça meio chateado.

Beijo sua cabeça para amenizar sua decepção. — Na próxima, vamos vir apenas para brincar.

— Promete?

— Prometo de dedinho. — Selo nosso acordo entrelaçando nosso dedinho.

Caminhamos para as imensas portas de madeira da entrada da casa, apertando a companhia da luxuosa casa. A porta abre-se e, deparo-me com a governanta da casa que prontamente abre espaço para que eu entre no elegante hall para a sala.

A casa do meu pai é muito bonita e aconchegante. As paredes são de um vinho requintada e brilhante. Há quadros por toda parte de artistas desconhecidos. Meu pai coleciona obra de amadores, realmente bons. Os móveis são de tons suaves de bege, branco e azul para amenizar a cor vibrante das paredes.

Theo está quieto sentado no tapete, enquanto esperamos papai descer. Provavelmente deve estar na grandiosa biblioteca do andar de cima. Essa não é a casa em que vivemos depois do divórcio, mas era uma casa que íamos nas férias de verão. Depois que saí de casa e vim morar em Los Angeles de forma definitiva, meu pai decidiu se mudar também, reformando a casa e dando seu toque pessoal a ela.

Passos rápidos tiram-me de agradáveis lembrança do passado. Meu pai desce as escadas empolgado com nossa inesperada visita.

Em vez de vir me abraçar, ele vai direto para Theo, pegando-o e fazendo meu filho gargalhar com cócegas.

— O homem do vovô está na área.— Diz, com sua voz rouca de um verdadeiro cantor de rock que ele não é. Possivelmente arrasou corações apenas por ter uma voz abençoada por Deus de tão linda.

— Oi pra você também, papai.
— Brinco, dando risada do quão juvenil papai parece.

Ele é um homem que gosta de exercício e mantém um corpo bom para um cara de 55 anos de idade. Na verdade papai parece um garotão de 40 anos. Alto, forte, bronzeado e malhado. Seus intensos olhos azuis são carismáticos e atrativos, as mulheres amam meu pai por sua beleza e simpátia. Tenho muito orgulho de ser sua filha.

— Bobagem, minha garota. Hoje, a atenção é só para o netinho.
—Responde ele, vindo em minha direção, apertando-me em seus braços de forma engraçada com Theo em seu colo.

— Que surpresa mais agradável Jujubinha.

Meu pai, o senhor Richard Jhonson, é o único que me chama por esse apelido bobo. Na infância era super legal, mas depois disso, tornou-se antiquado e infantil. Ele sabe disso perfeitamente, mas ainda assim, amo que ele continue chamando-me assim, depois de todos esses anos. Jamais vou admitir isso pra ele.

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