19. Eu te amo

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- Ana... - Alguém sussurrou no meu ouvido. Pensei estar sonhando e nem me movi na cama. - Ana! - A voz disse um pouco mais alto. Me virei pra ver quem era.

- Jos? - Eu disse, assustada. Não tinha nem amanhecido. O que ele estava fazendo ali? Eu estava sonhando?

- É, sou eu. - Jos riu e se agachou em frente a minha cama.

- Ta maluco? O que você ta fazendo aqui? - Eu disse, rindo.

- Eu quero te mostrar uma coisa. - Jos riu o mais baixo que conseguiu.

- Ás 5 horas da manhã? - Eu arqueei a sobrancelha, depois de olhar o horário no meu celular.

- É, ué! Dá pra levantar logo? - Jos voltou a rir.

- Tem certeza que você não está sonâmbulo? - Eu sorri, enquanto me sentava na cama.

- Levanta de uma vez! - Jos suspirou, revoltado.

- Ta, to indo. - Eu disse, quase gritando. Jos voltou a ficar de pé, assim como eu.

- Fala baixo, você vai acordar a Bia! - Jos disse, bravo.

- A Bia já sabe.. - Eu disse, colocando um sobretudo por cima do pijama.

- O QUE? - Jos quase gritou. Eu comecei a rir. - Como assim 'ela sabe' ? - Jos disse, assutado.

- Tem certeza que quer falar disso agora? - Eu arqueei a sobrancelha. Eram 5 horas da manhã e estávamos de pé ali no meio do meu quarto.

- Ta! Vem. - Jos revirou os olhos e estendeu sua mão para que eu a segurasse. Eu olhei pra mão dele, sem entender. - Confia em mim? - Jos perguntou, depois de ver que eu hesitei em segurar sua mão.

- Eu devo estar louca, mas sim, eu confio. - Eu sorri e segurei sua mão. Ele sorriu fraco, antes de começar a andar e me puxar com ele. - Desculpa perguntar mas, o que nós estamos fazendo? - Eu perguntei e ri.

- Para de fazer pergunta e vem logo. - Jos riu, balançando a cabeça negativamente. Descemos as escadas e passamos pela sala. Fomos em direção a cozinha. - Fiz esses chocolates quentes pra nós. - Jos soltou a minha mão e me entregou a caneca.

- Obrigada. - Eu sorri, encantada. Eu não sei o que estávamos fazendo, mas ele estava sendo incrivelmente fofo.

- Vamos.. - Jos voltou a segurar a minha mão e a me puxar. Saímos no quintal.

- Não vai me dizer que você vai me jogar na piscina de novo? - Eu parei de andar e ele virou-se pra mim, arqueou a sobrancelha.

- Você ta falando sério? - Jos perguntou, quase rindo.

- Claro que eu estou. Você já fez isso uma vez. - Eu tentei não rir.

- Eu só faço isso quando quero tirar você de perto do Mark. - Jos disse e riu.

- Não tem graça, besta. - Eu fingi estar brava.

- Claro que tem. Você ficou tão brava. - Jos continuou a rir.

- Cala a boca, vai. - Eu revirei os olhos.

- Ta, anda logo senão não vai dar tempo. - Jos voltou a me puxar.

Ele me levou pra cima do gramado do quintal da tia Janice. O lugar era alto, então dava pra ter a visão do horizonte de Nova York. - Senta ae. - Jos disse, se sentando. Eu fiz o que ele pediu e me sentei ao seu lado. Jos ficou olhando o horizonte, que naquele momento estava escuro. Eu olhei pro mesmo lugar que ele estava olhando e não entendi. Só haviam prédios ali.

- O que nós estamos fazendo mesmo? - Eu disse, antes de tomar um gole do meu chocolate quente.

- Fica olhando. - Jos disse, sem olhar pra mim. Continuei a olhar pro mesmo lugar. - E em 5,4,3,2 e 1... - Jos contou até que o sol começasse a nascer naquele exato lugar em que olhávamos. Foi simplesmente a cena mais linda que eu já havia visto até hoje. O sol subia aos poucos por detrás dos enormes prédios de Nova York.

Until You ArrivedOnde histórias criam vida. Descubra agora