27. Desistir nunca é a solução

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- Agatha? - Freddy disse em um quase sorriso vendo ela entrar pelo seu quarto.

- Eu vim te ver.. - Agatha disse tímida, enquanto dava pequenos passos.

- Vem aqui. - Freddy apontou pra a cadeira do seu lado, e ao mesmo tempo desligou o videogame. - Aconteceu alguma coisa?

- Não.. Só estava com saudade! - Ela disse entrelaçando seus dedos com o do Freddy, enquanto fazia carinho. Sorriu fraco.

- Tem certeza? - Freddy perguntou e ela balançou a cabeça afirmando que sim. - Que bom, pois eu também senti a sua falta. - Ele sussurrou em seu ouvido, fazendo Agatha se arrepiar. Um sorriso bobo tomou conta de seu rosto rapidamente.

- Então, me beija. - Agatha disse em um sussurro, aproximando seu rosto com o de Freddy enquanto olhava os olhos dele, depois passeou o olhar em seus lábios.

- Só se for agora. - Freddy respondeu da mesma maneira. Segurando-a pelo queixo e selando seus lábios de uma maneira calma, pra quê pressa? A nenhum momento o beijo foi intensificado, eles estavam aproveitando cada segundo daquele beijo. Se separaram depois de um tempo por falta de ar. As vezes tenho que admitir que meu irmão é um fofo, não é mesmo?

Dois dias haviam se passado e eu e não havíamos tido mais nenhum contato, tirando o contato visual, é claro. Eu não sei se ele estava fazendo de propósito, mas ver que ele não estava mais se importando estava me irritando. Quer dizer, eu pedi pra ele sumir da minha vida, eu sei. Mas ele nunca me escutou, por que escutaria agora? Bem agora? Quem sabe seja o melhor mesmo.


Fernanda foi na minha casa durante a tarde nos últimos dois dias, mas eu nem sequer via o Jos. Eu e ela estávamos cada vez mais próximas. Ela inclusive me contou que Jos estava estranho nos últimos dias. Disse que ele estava inquieto e mais estressado do que normal. Sim, passou pela minha cabeça que era a responsável por isso, mas essa ideia logo saiu da minha cabeça. Afinal, ele nunca gostou realmente de mim.


O aniversário de Fernanda era naquele dia e eu estava cheia de dúvidas. 'Eu deveria ir? Qual seria a reação dele quando me visse?'. Bia veio passar a tarde na minha casa, depois de perceber que eu precisava conversar com alguém.


- O que esta acontecendo? - Bia perguntou, se sentando em minha cama ao meu lado.

- Por que ele esta agindo daquele jeito? - Eu perguntei, intrigada.

- Ele está agindo como você. - Bia sorriu fraco.

- Ele nem olha mais na minha cara. - Eu bufei. Sim, aquilo estava mesmo me incomodando.

- Você acha que ele não gosta mais de você? - Bia arqueou a sobrancelha, como se soubesse exatamente o que eu estava sentindo.

- Ele nunca gostou. - Eu olhei pra ela, confusa. - Mas ele nunca me tratou assim. - Eu encarei o chão, sem saber o que pensar.

- Você sente falta dele correndo atrás de você. - Bia sorriu.

- Não é nada disso. - Eu disse, irritada. Eu não queria assumir isso em voz alta, ok? - Eu acho que é até melhor. Assim eu esqueço ele mais rápido. - Eu forcei um sorriso.

- Você não esta conseguindo esquecê-lo, não é? - Bia sorriu fraco. Olhei pra ela como quem diz 'como é que você sabe?'.

- Eu odeio ele por isso. Eu me odeio por isso. Ele é só mais um garoto, qual o problema em esquecer? - Eu disse, furiosa.

- Talvez ele não seja só mais um garoto. - Bia riu, sabendo que estava me deixando ainda mais confusa.

- Ta, vamos mudar de assunto se não você vai começar com aqueles assuntos de novela mexicana. - Eu disse revirando os olhos e Bia gargalhou. - Eu vou ou não no aniversário da irmã dele? - Eu perguntei, indecisa. Eu queria uma segundo opinião sobre o assunto.

Until You ArrivedOnde histórias criam vida. Descubra agora