Emilly Sophie

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Hey hey, meu nome é Emilly Sophie Louise de'la Valerie Carlotta Miranda II, acharam grande? Vocês desmaiariam se vissem minha árvore genealógica.

Venho de uma família rica e bastante renomada. Meus pai trabalham no conselho da magia, impondo a lei como deve ser imposta e minha mãe faz as melhores roupas mágicas de todo o mundo mágico.

Graças ao meu pai, que havia feito vários inimigos durante seus julgamentos, tive que fazer artes marciais desde muito cedo com os melhores professores e graças a minha mãe, que é estilista, eu tive que aprender a fazer um delineado, maquiagem e balé, e com isso acabei me tornando bem flexível, o que ajuda nas artes marciais e sou ótima com disfarces.

Desde pequena eu tinha aptidão pra adivinhar as coisas, e em uma dia qualquer eu simplesmente adivinhei que meu poder era de adivinha. Bom, eu não consigo prever todas as coisas, como qual é a próxima cor da gravata listrada que meu pai vai vestir, mas eu fico sabendo de coisas que vão fazer muita diferença na vida de algumas pessoas.

Tirando o fato de adivinhar coisas, eu não sou muito boa no resto, minha avó até tentou me ensinar tarot ou coisas do tipo, mas eu não simpatizei muito bem com aquelas cartas, mesmo assim, eu não ia desistir facilmente. Eu não podia.

Sabe por quê? Porque toda as gerações da minha família são bruxos conhecidos e conceituados. Então eu ficava preocupada com o fato de não saber nem manipular cartas.

Peguei meu celular dando início a minha playlist. Eu mesma que fiz.

Peguei o grimório da minha avó, tentando novamente recitar alguma coisa que fizesse o mínimo de sentido pra mim. Mas eu não sabia o que aquela língua significa.

Meu celular vibrou, eu peguei ele e sem querer deixei o livro cair no chão, abrindo-o em uma página avulsa.

—Feitiços de coloração?! Não custa nada tentar.

Recitei algumas palavras enquanto estendia a mão, e ela começou a brilhar, não um brilho fraquinho, parecia que tinham jogado Glitter no sol e colocado ele na palma da minha mão.

Minha mão formigava, e eu estava ansiosa por não sabe o que colorir. Desistindo de procurar algo inútil, passo a mão entre as mechas lisas do meu cabelo repetidamente, fazendo os fios mudarem de cor de forma rápida, como para roxo, azul, verde, e laranja.

Consegui deixar meu cabelo de varias cores até que misturou tanto que ficou sem nenhuma. Ou seja, platinado. Adorei, não era todo dia que algo do tipo acontecia, queria só ver se minha mãe ia aplaudir ou dar na minha cara, até porque não sei como desfazer isso.

Desci as escadas ate a cozinha, onde minha mãe conversava com meu pai sobre a compra dos materiais.

- Vamos? - Ele pergunta e eu sorrio, pegando a lista que estava em cima da mesinha. No momento não falaram nada, ambos pararam de tomar seu café da manhã e encaravam meu cabelo.

—Mãe? - Depois de um tempo pergunto vendo os dois paralisados.

—Errr... eu gostei! - Ela responde meio atrapalhada voltando a realidade.

Afinal, não era descolorir do tipo descolorir com descolorante. Aquilo era magia.

—Pai? -pergunto ansiosa.

Antes que eu pudesse perceber ele já estava correndo atrás de mim gritando algo sobre não estragar o cabelo com uma tesoura de "clock tower", o mesmo tentava me alcançar entretanto graças a minha habilidade de adivinha facilmente escapei dele.

Quando ele finalmente desistiu de cortar meu cabelo ou meu braço, não sei direito pelo tamanho da arma, fomos a caminhos de New Orleans, uma cidade linda com um sabor de antiga. Havia bastante coisas que lembravam bruxas, mas também coisas modernas. Fui falhando repetidamente em conseguir ler as cartas, até chegar numa loja. Meu pai se despediu de mim, me dando dinheiro.

Blood Witch - A caça as bruxas (Primeiro Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora