Armario

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Eu e meu namorado estávamos na festa de encerramento da escola de bruxas. Dançávamos, cantávamos, pulávamos, bebíamos essas coisas normais de festa, até ele ficar bêbado e eu também.

Subimos as escadas da casa de transmutação e fomos para a sala. Não nos julgue.

Ele tirou a camisa, ficando só de calça e eu já estava apenas com as roupas íntimas. Ele me agarrou e eu Cruzei minhas pernas em volta de sua cintura.

Nos beijamos sentindo o gosto de cerveja barata, aquele era nosso ultimo ano em Wisnord, só encerramos o beijo para conseguir fôlego. O mesmo me pôs em cima do birô e começou desabotoar a calça. Repentinamente, um barulho de passos vêm em direção a sala. Ele se troca, mas já como o meu é mais complicado, eu me escondo no armário, só escutando a porta se abrir.

- O que você esta fazendo aqui? - Uma voz grossa perguntou

- Eu estava procurando minha caneta, já estava indo embora - Disse meu namorado, tentando tirar o desconhecido da sala.

De repente, eu escuto um barulho surdo que parecia algo chocando contra a parede.

- Calma cara, o que eu fiz? - Disse meu namorado, em pânico.

Meu coração parou e eu não sabia o que fazer até parar de ouvir a voz dele.

Eu saí do armário aos gritos ao ver meu namorado estirado no chão sem a cabeça

Uma onda de ódio e medo subiu em meu corpo. Disparo-me em direção ao assassino, mas quando me apróximei, minha pressão diminuiu, tateio minha palma sobre minha barriga localizando uma lâmina gélida atravessando meu abdômen. Desco meu rosto direcionando-o para o ferimento avistando uma espada dourada, agora minha pressão cai de vez e minhas pernas ficam moles impedindo-me de continuar em pé, estirada no chão, tento estancar o sagramento.

Estava ficando frio, em desespero começo a me arrastar tentando sair da sala. Algo me segura pelo pescoço, o medo faz o sangue jorrar no casaco dele fazendo-o me aremessar no chão.

-Por favor, não- começo a lacrimejar sentindo meu rosto pegajoso de sangue, já estirada no chão vendo um rastro vermelho. Sinto seus braços me segurando e me colocando dentro do armário, sem conseguir me debater apenas começo a chorar.

Amanhã inicia-se o ano letivo. Em meio a esse pensamento, todos os alunos que se preparam para o desafio de ficar oito meses dentro de Wisnord ficam nervosos. Com o clássico pensamento de achar vão fazer algum de burrada como cair no meio de todo mundo, correr e acabar acertando o nariz em uma parede de vidro que não devia existir, entre outras coisas desagradáveis.

Emilly Colocou seu fone de ouvido dourado com "spikes" e selecionou em sua playlist do Mp3 "colors ", que por acaso era sua musica favorita do momento.

Eram sete da manhã e estava chovendo, com a música ficou perfeito. Pequenos prazeres, que faziam estar no paraíso, musica alta, fone de ouvido, suco de laranja preparado por Charlie, e roupas, muitas roupas de frio. Ou pelo menos era até o diabo bater na porta com tanta força que se caso ela não abrisse imediatamente alguém iria arrombar a porta forçando-a retirar seu fone, se levantar e atender.

Com a porta semi aberta, Kelly se revela a responsável pelas "batidas" que pareciam mais socos. Emilly soltou uma expressão questionadora junto um sorriso torto dando um bom dia forçado sem nem ao menos abrir a porta, bloqueando a outra metade impossibilitando sua entrada.

Blood Witch - A caça as bruxas (Primeiro Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora