[Me perdoem pela demora!! eu estava viajando!!]
-Rosie-
"Entre e se sinta em casa. Aliás, acho que ultimamente esse lugar tem sido bem aconchegante para você, não acha?" A ironia ainda estava presente naquele maldito tom de voz, e eu estava me esforçando para não fazer alguma loucura novamente. Ele continuava com as mãos atrás das minhas costas como se eu pudesse cair a qualquer momento, e os cuidados excessivos dos últimos dias estavam me deixando cada vez mais irritada.
"Harry, eu já estive no seu apartamento antes e sei bem onde devo ir, não vou cair ou me perder, pode tirar sua mão das minhas costas." Reclamei frustrada, acelerando meus passos e me jogando no sofá da sala de estar.
"Bem, não fui eu que tomei um monte de pílulas só porque descobri que vou ter um filho. Rosie, você sabe que não pode se queixar de nada, tudo o que tenho feito desde que você quase sem querer se matou foi cuidar para que não te falte nada e que fique bem." Respondeu ele com toda paciência que poderia, basicamente o que tem feito nos últimos três dias, que foi o tempo que ele e minha mãe convenceram os médicos a me deixar internada.
Não sei exatamente o que passou na minha mente naquele maldito dia, é como se eu simplesmente tenha apagado aqueles momentos da minha memória talvez por estar arrependida do que fiz, ou apenas porque me recuso a acreditar que fui hipócrita o suficiente para fazer alguma coisa da qual eu sempre não entendi, como o suicídio. Tecnicamente, eu não queria me matar, e sim realizar um aborto que, no momento e somente para mim, resolveria os meus problemas, pelo menos foi o que os médicos e as enfermeiras que conversaram comigo desde então disseram.
Realmente não sei explicar o que aconteceu comigo; não é todo dia que deixo minha mãe e um rapaz tão bonito como Harry sozinhos na sala do apartamento e corro para o meu quarto, assim como também não é sempre que me deparo com uma quantidade de remédios que nem imaginava que guardava sendo jogados em cima da minha cama e logo muitas pílulas sendo engolidas de uma vez. A última coisa de que me lembro é da face de Harry em desespero bem a minha frente, poucos segundos antes de tudo escurecer ao meu redor e eu desabar nos braços de Harry, sendo levada às pressas para o hospital.
Acordei algumas horas depois, com algumas partes do meu corpo ainda sensíveis e com a ilustre notícia de que minha suposta tentativa inconsciente de aborto falhou, já que ainda há um pequeno ser do tamanho de um gergelim crescendo dentro da minha pessoa. É claro que minha mãe e Harry ficaram felizes e aliviados com a notícia, mesmo assim não deixaram de ficar irritados comigo por quase acabar com a minha vida e, no caso da minha mãe, de me dar um sermão acompanhado de muitas perguntas em busca de explicações para eu ter feito o que fiz. Por sorte, Harry não perguntou nada, o que me deixou certamente mais tranquila.
Os dois fizeram um acordo sem ao menos me consultar, que constava em me tirarem do apartamento que divido com Anne e passar a morar no apartamento de Harry, já que agora nos teremos um bebê de olhos claros e possivelmente cabelo ruivo. A ideia não me agradou muito de início, principalmente por saber que Anne contaria a Niall antes de mim, mas depois de pensar melhor conclui que uma hora ou outra o loiro precisa saber a verdade, seja por mim ou por qualquer outra pessoa. Afinal, não posso saber por quanto tempo vou conseguir esconder isso, e uma barriga de grávida certamente não se esconde facilmente.
"Rosie? Está me escutando?" Harry chamou minha atenção, estalando os dedos na frente do meu rosto visto que eu estava distraída com os meus pensamentos. Voltei a dar atenção para o rapaz, que sorriu de lado ao notar a minha falta de atenção. Quando ele sorriu, senti uma sensação estranha no meu estômago como se algo estivesse borbulhando dentro de mim, ou como se eu pudesse observar a forma como as covinhas surgem no rosto dele e aquele maxilar bem marcado por horas. "Vamos para os quartos, eu escolhi um que acho que você pode gostar, se não ainda tem mais duas escolhas."
"Tudo bem." Concordei, observando a forma como ele indicava o caminho - que eu já conhecia - com a cabeça, ainda sorrindo de lado. Me segurei de última hora para não soltar um daqueles suspiros de garotinhas apaixonadas, eu estava longe de ser uma delas, esforçando-me para pensar em outros assuntos, mas tudo o que eu conseguia pensar é em como ele era gentil o suficiente para não me dispensar de vez depois do que fiz. Talvez ele tivesse me tratando de maneira diferente se caso eu perdesse o bebê, e esteja fazendo tudo isso pelo seu filho e não por mim. Ou talvez, na pior das hipóteses, ele possa estar gostando de mim da mesma maneira que me recuso a acreditar que estou gostando dele.
"E então, o que acha do quarto? Esse fica ao lado do meu e pode futuramente ser do bebê também, acho bem adequado pela iluminação natural mas meio inadequado pela vista que-" Harry só parou de falar quando eu o interrompi, da forma menos inesperada por ambos. Eu o beijei, diretamente e profundamente nos lábios, buscando sentir aquilo que, mesmo que não percebesse, senti desde a primeira vez que toquei meus lábios dos de Harry. Ele correspondeu ao beijo de imediato, colocando as mãos na minha cintura e puxando-me de maneira que nossos corpos ficassem colados; porém, quando tentei colocar minhas mãos nele, senti as dele saírem da minha cintura e ele se afastar de mim, separando também nossos lábios.
"O que foi?" Questionei, respirando ofegante.
"Minha querida fênix, as coisas não serão mais como antes. Se vamos ter um bebê, então é melhor deixar as coisas o mais transparentes possíveis entre nós."
"O que quer dizer com isso?"
"Quero dizer que está na hora de você conhecer a melhor ou a pior versão de mim." Dito isso ele voltou na minha direção, voltando a colar nossos lábios nos meus, dessa vez mais violentamente e com mais emoção do que jamais antes.
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se preparem agora heheh deixei o melhor para o final hehe
ily all - Mari xx
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Later Stories + hes
Teen Fictionuma oferta de trabalho estranha como contadora de histórias particular leva rosie a se envolver com harry, sem saber que é ele o escritor e ela a personagem principal de uma história um tanto quanto peculiar. ©blcksweet