Jolari - Melhores Amigos(CONCLUÍDO)

26

Minha briga com a Júlia foi o assunto comentado durante o intervalo.
Todos olharam para mim quando entrei no refeitório e cochichavam.
A Júlia não assistiu a terceira aula, nem voltou para a sala. Mas estava perambulando de um lado para o outro no refeitório.
Seu olhar chegou no meu, um sorriso de quem iria aprontar algo plantou no seu rosto, e seu olhar faiscava.
Revirei os olhos e me virei, indo para a mesa com a Mharessa.
Praticamente joguei a bandeja na mesa, e me sentei.
Lari: Será que eles abrem os portões para que eu vá embora? Odeio que eu seja o centro das atenções.
Mharessa: Amiga, aproveita! Você está sendo o assunto da escola.
Lari: Eu não gosto disso. — dei de ombros e peguei a caixa de suco.
Mharessa: Você soube que o João terminou com a Júlia? — por isso que o João falou com ela daquele jeito.
Lari: Nossa.
Mharessa: Foi ontem, durante a festa. Ele meio que chutou ela, falou um monte, ela saiu arrasada. — falou rindo.
Lari: Fincaria sentida se fosse a mesma Júlia de antes, mas agora? Bem feito. — a boca da Mharessa abriu e ela olhou além de mim.
Quando ia olhar, senti um líquido ser jogado na minha cabeça.
Levantei de imediato, vendo aquele líquido branco descer por meus cabelos, me molhando toda.
Me virei, dando de cara com a Júlia, com uma caixa de leite nas mãos, e aquele mesmo sorriso ali.
Tirei os cabelos da frente do rosto.
Lari: Você é doente? Porra ein! — gritei.
Júlia: Não sou doente, amor. A única doente aqui é você!
Lari: Quero ver me chamarem de doente quando eu esfregar essa sua cara na boca de um fogão — avancei nela.
Meu alvo foi seus cabelos.
Puxava seus cabelos com força, enquanto ela tentava soltar minhas mãos e gritava.
Suas unhas postiças cravaram nas minhas mãos, mas não soltei, só puxei mais seu cabelo.
Uma roda de pessoas se formou em volta de nós, enquanto eu ouvia a Mharessa gritando para bater mais.
Em um movimento rápido, alguém me pegou pela cintura e me rodou, me afastando da Júlia.
Lari: Me solta — gritei, me debatendo.
Suas mãos me seguraram forte.
João: Calminha ai, não vou te soltar — falou no meu ouvido.
Parei de me debater.