Jolari - Melhores Amigos(CONCLUÍDO)

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Sentei em uma das cadeiras da frente da mesa do professor e cruzei os braços.
Diretor: Antes que diga qualquer coisa, Júlia — se sentou em sua cadeira —, queria lembrá-la que essa escola possui câmeras, e sei muito bem que começou, não preciso que fale.
Júlia: Vai dizer que a culpa foi minha?
Diretor: As duas vezes que você chegou na Larissa, foi para provocá-la, garanto que você também tem culpa.
Júlia: Ela sai imune na história?
Diretor: Não. Claro que não, mas se ela te bateu foi por causa de suas provocações, Senhorita Gomes.
Júlia: Minha cabeça está dolorida, ela me machucou, sabia?
Diretor: Senhorita Taques, poderia me contar detalhadamente o que houve?
Lari: Simples, ela mexeu com quem está quieto — dei de ombros.
Ela riu sarcástica.
Júlia: Sabia que meu namorado terminou comigo por sua causa?
Lari: Sabia que eu não me importo?
Júlia: Você estava se jogando para cima dele no corredor — bateu o pé no chão.
Lari: Eu estava conversando com o Thomaz e o Gustavo — dei ênfase no nome dos meninos — em nenhum momento me virei para falar um simples oi para o João. Você chegou me provocando, óbvio que não iria ficar quieta. Acho que sempre soube disso. Agora, se seu único ato de maturidade e fazer aquele tipo de coisa que fez comigo no refeitório, parabéns para você.
Diretor: Por que bateu nela, Larissa?
Lari: Por que ela mereceu. — arquei a sobrancelha.
Diretor: Por que bateu nela, Larissa? — repetiu.
Lari: Por que ela virou uma caixa de leite na minha cabeça. Por ela me provocou. Por ela não cala a merda dessa boca. — o diretor riu.
Júlia: Cala a boca, estúpida.
Lari: O senhor permite-me estragar a sua mesa com a cara dela? — o diretor colocou a mão na boca.
Diretor: Larissa, aguarde lá fora. Chamarei os pais de vocês. As duas levarão advertência.
Lari: Meu Deus, isso está me parecendo uma creche — murmurei para mim mesma quando levantei.
Fui até a porta e abri, saindo e me sentando em um banco na frente da diretoria.
Coloquei meus cotovelos sobre a coxa e escondi meu rosto no meio das mãos.
João: E aí? Foi expulsa? — levantei o rosto.
Respirei fundo.
Lari: Não, para sua alegria. — ele se apoiou na parede, ao meu lado.