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POV Hailey

Morar sozinha em um lugar tecnicamente novo e desempregada não é lá a oitava maravilha do mundo. Bom, quando digo sozinha é sem a minha família, porque não posso de maneira nenhuma esquecer de Mélany, uma amiga que fiz logo que cheguei. Ela era uma chata, sério, a pior dentre as colegas de trabalho que já tive, não que fossem muitas, mas isso logo mudou, porque como todo mundo sabe, ou deveria saber, sou de uma natureza forte, e sem muita paciência, não me deixo levar pelas pessoas, eu "puxei as rédeas" dela, e cá estamos, melhores amigas.

Moramos em um sobrado no centro da cidade, o que desconfio que não por muito tempo. Mélany também esta desempregada, e, ou arrumamos uma das duas um emprego logo, ou procuramos uma ponte na qual nos abrigar. Sinceramente, espero não precisar chegar a esse ponto.

- Hails?

Eu estava sentada na sala dando uma olhada nos classificados do jornal do dia, quando ouvi Mélany me chamar.

- Diga Mel - lhe respondi sem erguer os olhos do meu possível futuro.

- O que acha de nos empregarmos em uma cafeteria? - quando dirigi o olhar para ela percebi que também estava dando uma olhada em outro jornal.

- Tem certeza? - respondi sem muito entusiasmo.

- Como assim? Trabalhávamos em uma lanchonete, porque não uma cafeteria?

- É que, bem eu... Na verdade adoraria. - e lhe dei um sorriso sem jeito.

- Mesmo? - perguntou ela com os olhos brilhando.

- Sério.

- Olha Hails, sei que veio pra cá com a intenção de subir na vida, mas - ela veio e me envolveu em um abraço - tudo tem seu tempo. Sei que você é impaciente - eu sorri, assim como ela - mas aposto que logo encontrará alguma coisa melhor.

- O que eu faria sem você hein malinha? - disse lhe abraçando ainda mais forte.

- Sinceramente? - ela se desfez do abraço - Provavelmente você nem emprego teria, ia ir pro mundo da bandidagem, seria presa, ach...

- Mel eu já entendi, deu de draminha? - comecei a rir, amava tanto a minha amiga.

- Tudo bem, tudo bem, mas olha, sobre o emprego, no anunciado diz que podemos ir amanhã depois da hora do almoço.

- Sem problemas.

POV Justin

Acordei com celular tocando, provavelmente Scooter com mais um ensaio marcado de última hora. Atendi sem nem mesmo olhar o visor.

* ligação on *

- Fala aí Scooter.

- É assim que você resolveu apelidar sua mãe agora baby?

- Merda. Foi mal, achei que era ele.

- Palavrões a essa hora da manhã? Filho do seu pai mesmo.

- Desculpa mamãezinha do meu coração. Melhorou?

- Assim está bom. Mas então Justin, sei que você ficou de vir pra cá amanhã ou depois, mas seus irmãos estão impacientes.

- Sim, mas não posso fazer mais que isso mãe.

- Estávamos pensando em ir aí.

- Isso é sério?

- Sim querido.

- Caralho! Quer dizer, nossa! Sim, sim e sim.

- Não sabe como vão ficar felizes, bom, vamos pegar o voo amanhã e talvez chegamos perto da hora do almoço.

TOAT - The Opposites Attract ThemselvesOnde histórias criam vida. Descubra agora