Capítulo 3

14.5K 1.1K 478
                                    

-É incrível- a jovem diz admirada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-É incrível- a jovem diz admirada.

Ela observava o disco de vinil girando, a música invadindo o ambiente, e o híbrido a observava, simplesmente encantado.

-Esse é um dos clássicos, acho que você vai gostar de algo mais atual- ele diz.

Arya levanta o olhar confusa. Pelo tom de seu anjo, ele deu a entender que era velho, mais não era o que parecia.

-Eu adorei, gosto de coisas antigas- ela deu de ombros, suas mãos se balançavam no ritmo da música.

De repente, o original tem uma ideia, ele se aproxima da menina, e estende sua mão. Mesmo em dúvida ela aceita.

-O que estamos fazendo?-ela pergunta curiosa.

-Dançando- ele diz apenas, sorrindo de lado.

Ele coloca a mão dela em seu ombro, e entrelaça a outra na sua. Em passos lentos, eles começam a se mover.

Tudo aquilo era tão novo. A dança. A proximidade. Os sentimentos queimando em seu peito. Ela não entendia, no entanto, queria mais, muito mais.

-E então?- ele pergunta, inclinando sua cabeça o suficiente para poder olhar nos olhos dela.

-É divertido- ela sorriu, sentindo suas bochechas queimarem.

Num ato inesperado, ele a girou, fazendo com que a menina gargalhasse.

Ele sorriu, um sorriso feliz e sincero, era quase como, se sua crueldade desaparecesse.

-Eu poderia me acostumar com isso- Arya sussurrou, deitando sua cabeça no peito do original, absorvendo seu perfume.

Apesar de não admitir, Klaus também poderia se acostumar com aquilo, isso se, tudo lá fora não o obrigasse a ser mal.

Depois de dançar, e almoçar juntos, o hibrido levou Arya para um pequeno tour pela casa, e também pelo jardim.

Encantada com a biblioteca, foi onde os dois passaram a tarde.

Vez ou outra Klaus lia um poema em voz alta, arrancando sorrisos da menina.

Arya se sentia completa, seu anjo era bonito, gentil, e muito atencioso. Toda vez que ela o olhava nos olhos, sentia uma coisa estranha na barriga. Sensações quentes e brilhantes, tudo muito intenso e acolhedor.

Era fácil se esquecer que havia um mundo lá fora. Anos rezando para sair, e agora ela não conseguia desejar estar em outro lugar que ali, ao lado de seu anjo.

Deixando seu livro na mesa, ela se acomodou ao lado do original, esse, que instantaneamente sorriu ao notá-la.

-Eu estava pensando...-ela iria perguntar sobre ele, mais ficou em dúvida assim que seus olhares se encontraram.

-Pode me perguntar qualquer coisa, Sweetheart- ele disse, era fácil de ler as expressões dela.

-Eu não sei nada sobre você- assim que ela disse, percebeu um sobra no olhar dele, algo estava errado- ãn...você tem família?

-Irmãos, sim- Klaus não revelaria a verdade a ela, gostava da admiração que a jovem tinha sobre si - Elijah e Rebeka.

A jovem estava curiosa, e esperou que ele continuasse a falar, mas ele permaneceu em silêncio.

-Vocês estão brigados ou algo tipo?- ela tentou adivinhar.

-Algo do tipo- ele sorriu irônico, deixando ela ainda mais curiosa.

-Eles fizeram algo ruim pra você?- ela tinha o cenho franzido, realmente preocupada.

Surpreso, Klaus fitou a jovem por alguns minutos.

-Porque você acha que eles fizeram algo ruim, e não eu?- ele disse sério.

-Não acho que você tenha feito algo ruim, você é meu anjo- ela disse óbvia.

Confusa. Foi assim que a menina ficou quando o seu anjo se levantou de rápido, tinha algo de muito sombrio em seu olhar.

-Existe um mal nesse mundo- o tom frio dele a assustou- e eu faço parte disso. Tudo de ruim e cruel, eu...

-Não diga isso- ela disse, se levantando e tocando o rosto dele, numa tentativa se suavizar sua expressão carregada.

-Eu sou mal, Arya- verde contra azul, ela se viu presa ao olhar dele.

-Não seja bobo, anjo- ela sorri sincera- você não é mal, eu tenho certeza que não.

Ela o abraçou, e como se por reflexo, ele a apertou contra si.

Aquilo era uma grande ironia. Ela acretiva que seu anjo era bom, quando na verdade ele era um dos monstros que assombravam a todos.

Depois de ter certeza que a jovem dormia, e de que estava bem, Klaus deixou a casa. Pensamentos conflituosos e um sentimento estranho no peito, era essa sua situação.

Ser forte, poderoso, temido, nunca foi um problema, ele gostava disso.

Ele sabia que Arya tinha algo especial, além de inocência, ele sentia o poder emanar dela, esse foi um dos motivos pelo qual, ele a manteve a salvo.

Havia duas opções. Continuar com a garota em sua casa, usar ela contra seus inimigos. Ou deixá-la ir, mantê-la segura e permitir que ela conhecesse o mundo.

Ou talvez, ficar com ela, longe de todos, mostrar tudo a ela. 

Mas isso não era uma opção, não realmente. Infelizmente, ele tinha inimigos, ambições.

Tudo se confirmou quando se encontrou com Marcel e soube por quem procuravam. Sabia que era sua Arya, o que o deixou ainda mais em dúvida.

Ele seria capaz de eliminar a pequena inocente, que era uma ameaça a sua vida?

Innocence  - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora