bebê a bordo

Capítulo 4: primeiros chutes

Capítulo 04: Primeiros chutes.

Agosto de 2015,

Quatro meses de gestação.

Byun Baekhyun já estava em sua décima sexta semana de gravidez. Tudo ocorria, milagrosamente, bem. Contudo, como se para refutar todos os pensamentos do Byun, o quarto mês de gestação estava sendo mais complexo que os outros — talvez isso fosse algo comum, entretanto, esta era a sua primeira — única — gravidez. Portanto, o pequeno não entendia o motivo do pequeno serzinho em seu ventre está tão agitado.

As mãozinhas da pequena já podiam realizar os movimentos de abrir e fechar — em virtude dos dedos já estarem completamente reparados. Os movimentos do restante do corpo ainda era lento, podendo-se comparar a um astronauta no espaço.

— Eu estou cansado. — Baekhyun protestou em um misto de cansaço.

Chanyeol havia dado a ideia deles mesmos transformarem o quarto de hóspedes em um quartinho para a filha. A ideia era ótima — ótima em pensamento. Pois, quando foi transformada em atos também apareceram resmungos, sujeira e — muita — bagunça.

Baekhyun havia ficado encarregado de colar os papéis de parede na parte inferior enquanto Chanyeol passou a pintar a parte mais alta desta. Tudo ocorreu tranquilamente. Até trinta minutos se passarem.

Baekhyun detestava ficar sujo. E, agora, ele estava com tinta, até mesmo, nos fios loiros. Não me perguntem como isso aconteceu. Além do fato do incômodo em sua barriga, visto que a pequenina estava inquieta hoje.

— Baekhyun, eu estou responsável em pintar boa parte do quarto. — Chanyeol retrucou, olhando de relance para o namorado. — Você só precisa colocar esses papéis, não parece tão complicado assim. — falou, retocando o amarelo em uma parte mais apagada.

Talvez fosse culpa dos hormônios — ou somente muita manha — mas as palavras de Chanyeol soaram rudes demais nos ouvidos do Byun. O loirinho segurou o choro, mas foi incapaz de esconder o biquinho tristonho — ato que foi rapidamente notado pelo maior.

— Eu pensei que já tivéssemos passado desta fase sentimental, Baekhyun. — Chanyeol disse, sentindo o cansaço lhe incomodar.

Baekhyun tentou não se incomodar, mas era impossível para si. Estava exausto de se sentir assim, mas também não era algo que ele mesmo conseguia controlar. Ele tentou — de muitão — não começar a chorar devido o comentário do namorado, mas foi difícil segurar as lágrimas que insistiam em lhe manchar o rosto — já vermelho.

Claro que Park Chanyeol arrependeu-se imediatamente, não gostava em nada em ver o seu pequeno chorar, e saber que havia sido o responsável o deixava ainda mais sentido. Chanyeol largou o pincel e aproximou-se do amado, abraçando o pequeno. Arrependia-se das palavras de antes por isso buscou confortar o outro.

— Por que nos comercias da tevê quando tem grávidas eles nunca mostram a verdade? — Baekhyun perguntou, aceitando o carinho em sua cabeça.

O Byun estava curioso do porquê a mídia não mostrava a realidade de uma pessoa grávida. Não era possível aquelas mulheres sorrirem o tempo inteiro quando, na verdade, ele apenas sentia dor, fome — muita — e vontade de chorar a cada tom mais rude.

Quando Chanyeol percebeu que o menor já estava mais calmo, resolveu parar com os afazeres. Poderiam continuar depois, visto que agora ele estaria ocupado demais com o seu neném — eca, tanta melosidade. O Park arrastou o loirinho para o sofá da sala e o deixou sentado enquanto preparava um suco rápido de morango.

— Será que esse doce é capaz de tirar essas lágrimas daí? — o moreno indagou, voltando da cozinha segurando um copo com o suco na mão direita, e na esquerda um bombom de chocolate branco.

— Não. — Baekhyun respondeu monossílabo.

— Então o que é que eu posso fazer para levantar o seu humor? — o mais alto questionou, entregando o suco e o doce nas mãos do namorado.

— Pare de injetar aqueles hormônios em mim. — respondeu Baekhyun, abrindo a embalagem do chocolate. — Eu não quero me tornar alguém meloso ao extremo. — disse, mastigando o doce e tomando um gole da bebida.

Chanyeol precisou segurar a risada que surgiu em si. Oras, Baekhyun já era uma pessoa melosa ao extremo, contudo, nesses últimos meses o pequeno havia decido culpar os remédios para tudo. Tudo mesmo. Desde a sua grande preguiça pela manhã, a fome exagerada.

Por isso, e outros motivos que não precisam ser citados, Chanyeol voltou a aproximar-se do amado, só que desta vez não haviam nada em suas mãos que pudesse dar ao pequeno, portanto — apenas por não ter outra opção — Chanyeol selou os lábios vermelhinhos do Byun, sentido a mistura de morango e chocolate presente.

Baekhyun pareceu não se importar e ele mesmo aprofundou a carícia, puxando o pescoço do moreno para mais próximo de si, para que assim tivesse mais liberdade para sugar a língua do Park. E bem, o próŕio Byun não conseguia mais segurar a libido em excesso em si, por esta razão, e somente ela, Baekhyun decidiu aumentar o contato entre os corpos, roçando as peles já quentes.

Chanyeol pareceu notar a ânsia do menor sobre si, contudo não disse nada. Bem, o motivo é bastante óbvio. Ele mesmo estava ansioso em tocar o seu pequeno novamente.

Contudo, porém, todavia — Baekhyun afastou-se de imediato do moreno, olhando confuso para o que acabara de acontecer.

— O que foi? — Chanyeol perguntou, alisando os braços do loiro. — Eu pensei que você iria querer continuar. — proferiu, beijando a bochecha rosada.

— Eu quero. — Baekhyun foi rápido em responder. — Mas eu acho que alguma coisa mexeu aqui dentro. — disse, apontando para o volume na própria barriga.

Chanyeol levou a mão direita ao ventre do pequeno, alisando a pele sobre a camisa de algodão. As vezes ele se esquecia que agora não eram apenas dois. Havia mais um membro na família.

As vezes ele se esquecia que homens também choram. Principalmente de felicidade.